Pela Liderança durante a 12ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para os avanços alcançados nos dez anos de governo do PT. (como Líder)

Autor
Inácio Arruda (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/CE)
Nome completo: Inácio Francisco de Assis Nunes Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Destaque para os avanços alcançados nos dez anos de governo do PT. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 22/02/2013 - Página 5148
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, PRESENÇA, ORADOR, COMEMORAÇÃO, DECENIO, GESTÃO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PRESIDENCIA DA REPUBLICA, COMENTARIO, REFERENCIA, DESENVOLVIMENTO, PAIS, TEMPO, GOVERNO, PARTIDO POLITICO.

            O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estive ontem, Presidente, Senador Jorge Viana, na cidade de São Paulo, para acompanhar um ato comemorativo dos dez anos de governo democrático e popular, tendo à frente o Partido dos Trabalhadores, numa aliança com o meu partido, o Partido Comunista do Brasil, com o Partido Socialista Brasileiro, com o Partido Democrático Trabalhista, com o PMDB, com o PR, com o PRB, que estava ali presente. Várias outras legendas participam desse arco de aliança. Algumas participaram e já deixaram.

            Considerei muito importante a comemoração. Uma década é um tempo curtíssimo do ponto de vista histórico, mas demonstrou, nesse curto espaço de tempo, o quanto se pode fazer se tivermos orientação política, determinação e firmeza na condução do propósito.

            Qual era a máxima que Lula pôs à frente, especialmente à frente desse projeto - um operário, um torneiro mecânico, retirante nordestino? A de que não poderia existir democracia, liberdade, se nós não pudéssemos oferecer ao nosso povo, aos nossos filhos, um país onde eles pudessem viver dignamente. E estabeleceu uma regra simples, como foi toda a sua vida: garantir que todos brasileiros tivessem direito ao café da manhã, ao almoço e a ter direito a um jantar. Se conseguisse essas três coisas, ele já se considerava realizado do ponto de vista de governo.

            E tenho assim a impressão de que recebendo o País em grandes dificuldades - e todos aqui acompanharam como o País foi entregue ao Presidente Lula, um país economicamente quebrado, de joelhos perante o Fundo Monetário Internacional, numa situação delicadíssima nas suas finanças, grandes dificuldades, depois de ter vendido parte significativa do seu patrimônio, das empresas estatais brasileiras, vendidas a estrangeiros e financiadas pelo próprio BNDES, quer dizer, uma coisa super estranha e vergonhosa, mas que existiu -, depois de receber o País dessa maneira, Lula começa a governar com essa aliança e tira o País do fundo do poço. Livra-se desse endividamento acachapante com credores internacionais, que levava o País a ficar, vergonhosamente, de joelhos perante o Fundo Monetário Internacional. Livra-se dessa tragédia.

            Hoje, nós somos credores do Fundo Monetário Internacional. Hoje, nós articulamos a política internacional. Hoje, o País é respeitado. Hoje, somos convidados a fazer parte do cenário internacional como protagonista, e não como coadjuvante. Aqui articulamos e fortalecemos a estrutura do Mercosul, da Unasul, da Celac, dirigida neste momento por Cuba. É uma situação nova, do ponto de vista interno, os avanços que nós conquistamos. A alimentação foi garantida ao povo.

            Mas se busca fazer mais; busca-se melhorar a infraestrutura, retomar o parque naval brasileiro, que foi liquidado. Não se construía navio no Brasil e se dizia que não havia mais tecnologia. Coisas absurdas desse ponto de vista.

            Hoje, a Petrobras constrói navios no Brasil, constrói plataformas, constrói sondas. Então, os avanços são significativos, extremamente significativos. Exige que voltemos, seguidamente, a esta tribuna para demonstrar os êxitos alcançados. Não só para demonstrar os êxitos alcançados nestes últimos dez anos de Lula e dois anos de Dilma, mas para mostrar os caminhos novos que essa vereda - que foi aberta por Lula - pode permitir ao País alcançar. É para isso que nós somos chamados, não só o Executivo, mas também o Legislativo. Qual o nosso papel no passo seguinte que o País tem que oferecer na educação, na saúde, na infraestrutura? Não pode, por exemplo, sobrar grãos no Centro-Oeste e faltar no Nordeste. É o problema dos gargalos da infraestrutura que ainda teimam em existir no nosso País. Não pode o País conviver com remessas bilionárias para o exterior, como temos assistido, sem que a gente resolva antes esses gargalos que permanecem em áreas significativas, inclusive na área da produção científica e tecnológica. “Digo que temos muito que comemorar”, afirmou o Presidente do meu Partido, Renato Rabelo, ontem, no ato, em São Paulo. É verdade: temos muito que comemorar. O governo de Lula foi um governo exitoso e o Governo de Dilma dá passos significativos. Temos muito que comemorar, mas temos muito, muito que fazer. Há muita coisa para fazer e é preciso manter unido esse arco de alianças que permitiu que chegássemos até aqui.

            Sr. Presidente, considero essa iniciativa da comemoração algo positivo para demonstrar o que foi essa década, o significado dessa década, sobretudo para abrir os novos horizontes para o nosso País. E nós temos força, energia, capacidade e gente boa no País para produzir o novo passo que o nosso País necessita e espera de cada um de nós.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/02/2013 - Página 5148