O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, em primeiro lugar, fazer-lhe um pedido. Não tenho condições físicas de falar da tribuna por conta de problemas da locomoção das minhas pernas.

            Portanto, eu pediria a V. Exª para fazer o meu pronunciamento de onde me encontro.

            O SR. PRESIDENTE (Romero Jucá. Bloco/PMDB - RR) - V. Exª tem o direito de falar onde quiser nesta Casa e neste plenário.

            O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN) - Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Romero Jucá. Bloco/PMDB - RR) - Portanto, V. Exª pode fazer o seu discurso da sua bancada, Senador Garibaldi.

            O SR. FRANCISCO DORNELLES (Bloco/PP - RJ) - Sr. Presidente, pela...

            O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de trazer a esta Casa um tema que considero um dos mais importantes para o País, em especial, para o meu Estado, que é o incentivo às fontes alternativas de energia renováveis, em especial, a energia eólica.

            A natureza foi muito generosa para com o Rio Grande do Norte. O Estado tem um potencial inigualável em termos de produção de energia eólica. As condições de vento do meu Estado são uma das melhores do mundo para a geração desse tipo de energia. Somando esses fatores à invejável capacidade produtiva do Estado, considero de suma importância que se busque dar continuidade a todo trabalho já desenvolvido. Nesse sentido, faço um apelo para que o Governo, juntamente com o setor privado, incremente os investimentos nessa área.

            O potencial eólico do País está concentrado hoje, basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os Estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul.

            A energia eólica apresenta inúmeras vantagens econômicas e ecológicas. Em primeiro lugar, é inesgotável. Em segundo lugar, é uma das fontes mais promissoras de energia, podendo competir, em termos de rentabilidade, com as fontes tradicionais. Além disso, causa um dos menores impactos ambientais, pois não utiliza água, não emite gases poluentes, nem gera resíduos.

            Por tudo isso, temos de incentivar a produção de energia eólica. Temos que buscar uma contrapartida, criando mecanismos para gerar mais receitas aos Estados produtores, motivando o crescimento desse setor, o que será o tema do meu próximo pronunciamento.

            Sr. Presidente, quando sugerimos incrementar a participação dos setores público e privado nessa área, é no sentido de evitar os atrasos em obras federais que, inclusive, estão impedindo a operação dos parques eólicos, afetando os investimentos e onerando os custos do setor no Brasil.

            Hoje, por exemplo, há 26 parques eólicos prontos no Rio Grande do Norte e na Bahia, mas todos estão fora de operação, porque a Chesf ainda não instalou as linhas de transmissão para levar a energia produzida ao consumidor. Esses parques ociosos têm uma relevante potencialidade instalada. Se estivesse em operação, a energia gerada seria capaz de iluminar todo o Rio Grande do Norte.

            Sr. Presidente, concluo dizendo que é necessário tão pouco para obtermos os benefícios com a implantação dessas linhas de transmissão. Por isso, rogo aos setores competentes que deem a atenção e celeridade devidas ao problema, a fim de colocarmos em funcionamento o que já está pronto para ser usado.

            Muito obrigado.