Discurso durante a 33ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Agradecimentos ao Diretor do DNIT, Jorge Fraxe.

Apelo para a melhoria da BR-364.

Autor
Sérgio Petecão (PSD - Partido Social Democrático/AC)
Nome completo: Sérgio de Oliveira Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO FEDERAL.:
  • Agradecimentos ao Diretor do DNIT, Jorge Fraxe.
ADMINISTRAÇÃO FEDERAL.:
  • Apelo para a melhoria da BR-364.
Aparteantes
Sergio Souza.
Publicação
Publicação no DSF de 21/03/2013 - Página 11625
Assunto
Outros > ADMINISTRAÇÃO FEDERAL.
Indexação
  • AGRADECIMENTO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, INAUGURAÇÃO, CASA PROPRIA, BENEFICIO, POPULAÇÃO CARENTE, ESTADO DO ACRE (AC), ELOGIO, ESCOLHA, GENERAL DE EXERCITO, CARGO PUBLICO, DIRETOR, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT).

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (PSD - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Senador Paulo Paim, mais uma vez presidindo a sessão do Senado, venho à tribuna nesta tarde e noite de hoje - e prometo que serei bem breve, até porque temos outros oradores -, para, primeiramente, tratar de um assunto e, até por questão de justiça, fazer um agradecimento. Agradecimento à Presidente Dilma por ter contemplado o nosso Estado, o Estado do Acre, com 3,5 mil casas. Casas essas que, com certeza, vão ajudar - e muito - principalmente aquelas pessoas mais carentes do nosso Estado; aquelas pessoas que moram naquelas áreas alagadiças, um problema sério na periferia, especialmente, da nossa capital.

            E foi feita uma festa bonita! Eu tive a preocupação de conversar com o Deputado Gladson Cameli, que inclusive participou da audiência, com o Ministro das Cidades, sobre essa liberação.

            Para ser bem exato, foi em torno de 3,5 mil casas. É preciso que a verdade seja dita. Lógico que eu gostaria que fossem 10 mil casas, 20 mil casas. Até porque nós precisamos. O Acre é um Estado pobre, e, com certeza, a construção dessas casas aquece a economia do Estado. Mas o que nós temos de concreto, segundo o Deputado Gladson Cameli, que participou da audiência, é a construção de 3,5 mil casas.

            Eu lamento que, na solenidade, segundo a imprensa, o Vice-Governador do meu Estado tenha perdido uma grande oportunidade de agradecer também à Presidente Dilma por esse benefício, pela liberação desse recurso. A informação que nós temos é que ele passou a solenidade toda me agredindo, como se o mandato do Senador Petecão não estivesse ajudando, aqui, a votação de projetos importantes para a Presidente Dilma.

            Às vezes tenho discutido com alguns amigos aqui, do Partido dos Trabalhadores. Ouvi ainda agora o Senador Jorge Viana falar das pesquisas que mostram a Presidente Dilma numa situação, de certa forma, até confortável, números favoráveis. E às vezes não entendemos por que, no Acre, esses números não são tão favoráveis. Esses números não expressam a vontade do Brasil como um todo. Temos que reconhecer isso, pelo menos as pesquisas têm mostrado.

            Eu penso que atitudes como essa do Vice-Governador, que, podendo, nessa oportunidade que ele tem, oportunidade ímpar, de agradecer à Presidente Dilma, de falar da importância da obra, ele apenas nos agride e nos calunia. Infelizmente, não respeita nem a ausência. Mas o povo do Acre, com certeza, sabe tratar essa situação.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu não poderia deixar de vir à tribuna, nesta noite de hoje, para fazer um agradecimento. Mais um agradecimento. Eu sou um daqueles que entendem que a gratidão é uma das virtudes importantes do ser humano.

            Hoje, nós tivemos uma audiência pública lá na Comissão de Infraestrutura, Comissão da qual eu faço parte, com muito orgulho, como Vice-Presidente. E temos como Presidente o Senador Fernando Collor, Presidente Fernando Collor. Ontem, à noite, eu estava participando de uma partida de futebol e disse que tinha que sair cedo, porque nós teríamos uma audiência pública hoje, às 7h30 da manhã, e os Deputados Federais, que estavam conosco, não acreditaram.

            Aqui, eu queria parabenizar o Senador Collor pela sua postura, pela forma com que tem conduzido a Comissão de Infraestrutura. Antes das 7h30, ele já estava lá no plenário, na Comissão, aguardando, para que nós começássemos a audiência.

            Principalmente o povo do meu Estado sabe que fui Deputado Estadual por três mandatos; fui Deputado Federal e estou aqui, no Senado, há dois anos. Eu confesso que nunca havia participado de uma audiência pública em que eu pudesse sentir tanta garantia, em que eu pudesse, Senador Paulo Paim, sair daquela Comissão com um sentimento da verdade.

            O General Jorge Ernesto Pinto Fraxe, Diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes(DNIT)... E eu me lembro que esse DNIT, quando cheguei aqui, no Senado, era alvo de tanto escândalo! Havia tantos pronunciamentos aqui contra o DNIT!

            Quero parabenizar também a Presidenta Dilma pela escolha do general.

            Esse homem me transmitiu uma segurança tão grande! Saí dali convencido de que nós temos, à frente do DNIT, uma pessoa que está preocupada com este País. Isso não foi dito só por mim, mas foi dito pela maioria dos Senadores que estava ali desde cedo, deste 7h30 da manhã. Um número expressivo de Senadores reconheceu no general um homem com vontade de ajudar o Brasil e, principalmente, a Amazônia.

            Ele é um amazônida, de Roraima, e eu não sabia, eu soube hoje. Eu fiz questão de abordar apenas dois assuntos com o general, mas são dois assuntos que lidam diretamente com o sentimento do povo acreano. Primeiro, a construção da ponte do Rio Madeira.

            Eu fiquei muito feliz com a fala do general. Elsobre o quele garantiu a construção daquela ponte, que é de fundamental importância para os rondonienses, porque ela é dentro do Estado de Rondônia. E eu já vi aqui, várias vezes, o Senador Raupp lutando pelos interesses dessa ponte. Mas, em especial, essa ponte vai beneficiar o povo acriano, porque é a ponte que cruza o Rio Madeira e um pedaço do Rio Abunã; é a continuidade da BR-364, que é a estrada que dá acesso à nossa capital e a todo o nosso Estado. Corta praticamente o Estado todo. Vai até Cruzeiro do Sul.

            Eu fiquei muito feliz, mas feliz mesmo, quando ele disse que o edital da ponte já tinha sido liberado.

            Então, eu queria aqui, mais uma vez, parabenizar a Presidente Dilma. Parabenizar! Parabenizar o general pela sua postura em trazer a verdade, porque quantas audiências já tive, lá no DNIT, cobrando essa ponte, e sempre se dizia: “A ponte já foi licitada”. Depois: ‘‘Cancelou-se a licitação”. Na verdade, até hoje nós não entendemos o que estava por trás da não construção dessa ponte. Mas, como eu já disse, eu penso que a situação da ponte foi resolvida.

            Outro assunto que abordei é um assunto sobre o qual, hoje, com certeza, todo acriano quer saber, principalmente as pessoas que moram na região do Juruá e também nos Municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e todo o Vale do Juruá. É a situação da BR-364. Fiz algumas perguntas que todo cidadão de Cruzeiro do Sul, com certeza, se tivesse a oportunidade que eu tive à frente de um diretor do DNIT, iria fazer. Não tenho dúvidas disso. Quantos telefonemas recebo, todos os dias, ou, então, mensagens, através do Facebook, de e-mails, de pessoas pedindo para que possamos fazer alguma coisa para resolver a situação da BR-364.

            Mas se criou, lá no Estado, uma ideia. Quem fala sobre essa estrada, quem ousa argumentar contra ou a favor dessa estrada tem a pecha de ser contra a estrada. Confesso que não conheço nenhum cidadão, em sã consciência, que seja contra essa estrada, porque ninguém pode ser contra essa estrada. Ninguém. Nenhum cidadão acriano - seja do Juruá, seja do Alto Acre - pode ser contra a estrada. Nós sabemos da importância que tem essa estrada.

            Tenho certeza de que todo mundo gostaria de fazer as perguntas que fiz. Entre as perguntas que fiz ao general, uma era sobre quando a obra vai ser concluída. Queremos saber quando é que essa obra vai ser concluída. Essa obra já vem se arrastando por muitos anos, muitos e muitos anos. Como o próprio Senador Jorge Viana disse - ele estava lá na audiência -, foi no governo dele. Ele deu continuidade, já vinha de outros governos. Sabemos que o BEC trabalhou naquela estrada, mas nunca houve um aporte de recursos tão grande como houve no governo Jorge Viana, como no governo Binho e, agora, no governo Tião Viana.

            Então, nós queremos saber quando é que essa estrada vai ser concluída. Todo acriano quer saber quanto foi gasto nessa estrada. Gostaríamos de saber, é preciso saber, até para que nós possamos fazer a defesa da estrada. Tenho certeza de que todo cruzeirense quer saber quanto custou cada quilômetro dessa estrada.

            O Senador Jorge Viana estava lá e falou como se, lá, no Acre, só tivéssemos essa estrada. Não podemos ser injustos. Na política, você não pode ser injusto. 

            Nós temos que reconhecer que o Governador Orleir construiu a estrada de Sena Madureira, o Governador Orleir construiu a estrada de Brasileia. Nós temos outras estradas no Acre, não temos só essa estrada. Agora, o sonho de todo acriano, de todo cruzeirense, de toda a população que mora às margens daquela estrada é vê-la construída, eu tenho certeza, por todas as dificuldades passadas.

             E nós sabemos que construir estradas na Amazônia é muito difícil. Isso foi dito pelo Senador Jorge Viana, que na sua época a logística era muito difícil. Salvo engano, segundo ele, veio pedra da Colômbia, veio areia não sei de onde.

            Uma das perguntas que fiz ao General... Eu não sou engenheiro, não tenho conhecimento nessa área, por isso fiz a pergunta, e aceito críticas também, é salutar, normal aceitar crítica. Perguntei e pedi que ele fizesse um relatório justificando essa decisão que, até hoje, Senador Paulo Paim,... Já perguntei a outras pessoas. Depois da nossa audiência, chegou um técnico querendo mais explicações sobre isso. Até hoje, eu quero saber por que essa estrada começou do final, de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, para Sena Madureira. Nós temos uma estrada que chegava até Sena Madureira, que foi construída pelo então Governador Orleir.

            Ora, se já havia uma estrada aqui, é lógico... E se me provarem, como disse o Senador Jorge Viana, que fez questão de enaltecer - eu acho que ele tem méritos, temos que reconhecer -, como se aquela estrada fosse uma epopeia. Realmente, é uma estrada difícil, isso nós temos de reconhecer, mas quantas estradas difíceis há neste Brasil? Eu tenho certeza de que essa estrada, a BR-364... E conheci a estrada que liga Iñapari, no Peru, até Cuzco. Ela corta a Cordilheira dos Andes. Uma estrada dificílima. E a estrada está lá, construída, e começou depois da BR-364.

            É isso que não entendo. O pior é que lá no Acre, no meu Estado, se você fala dessa estrada, você já passa a ser tachado como inimigo da estrada, você já passa a ser tachado como uma pessoa que é contra a estrada, o que não é verdadeiro. Não somos contra a estrada. O que nós queremos é a estrada, porque sabemos que foi gasto um montante de recurso muito grande, mas muito grande mesmo.

            Eu conversava com o Deputado Federal Flaviano Melo, que inclusive já fez requerimento no sentido de que possamos ter essa informação. Se esse requerimento não for suficiente faremos mais alguns.

            Segundo o General, ele já teve mais de dez conversas com o Governador Sebastião Viana para encontrar uma alternativa, um meio de concluir nossa estrada. O General falava de novas tecnologias, com que hoje podemos contar, falava do túnel da chuva, em que se pode construir no inverno. Hoje, a tecnologia está avançada. Não existe estrada difícil, não existe estrada impossível, não existe. Existem estradas diferentes de outras. Mas não podemos aceitar esse argumento, depois do montante de recursos gastos nessa estrada e aquele povo do Juruá, o povo daquela região não ter uma estrada digna.

            Agora, o que me chamou a atenção - gostei muito das palavras do General Fraxe - é que, de maneira alguma, o DNIT vai receber obra mal feita, o que nos tranquiliza, porque esse é o sonho de todo acriano. Não podemos prever se teremos governos generosos, como tivemos agora, tenho que reconhecer. O Presidente Fernando Henrique ajudou, o Governador Jorge Viana reconheceu isso de público...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - ... assim como o governo Lula. Não tenho palavras para agradecer pelos investimentos que foram feitos em nosso Estado. A Presidenta Dilma tem investido em nosso Estado e esteve lá. E eu fico pensando como explicar para a Presidente Dilma essa performance dela no País e lá no Acre. A prova foi a eleição. A Presidente Dilma perdeu no primeiro e no segundo turnos. Falta alguma coisa, e penso que o que falta é a Presidente Dilma chamar para si a responsabilidade da nossa BR-364, colocar ali a cara do Governo Federal.

            Gostei muito quando o General Fraxe disse: “Senador, nós vamos construir essa estrada porque, como eu conheço a Amazônia, nós sabemos da importância que tem essa estrada para a sua região, para o seu Estado”. E disse mais, que tem um livro de multas debaixo do braço. Perguntei a ele como será quando ele chegar ao Acre com esse livro de multas e multar as empresas que, de forma inadequada, construíram aquela estrada, e ele afirmou que vai jogar duro, vai jogar pesado. Vai receber mais uma vez o Governador Tião Viana. Ele precisa receber o Governador Tião Viana para responder as perguntas que eu lhe fiz e farei por escrito.

            Agora, o que me preocupou na fala do Senador Jorge Viana, que estava na Comissão, é que ele disse que há um monte de parasitas que tentam atrapalhar a construção da estrada. Ora, como seria importante que o ex-Governador e hoje Senador da República Jorge Viana revelasse quem são os parasitas, até para que possamos tornar público quem são os parasitas que atrapalham essa estrada - ou parasita, pode ter sido um adjetivo que ele usou -, os homens, as pessoas que estão atrapalhando essa estrada.

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - Falou-se lá em Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União. Tem que dizer quem é que está atrapalhando. As pessoas que estão atrapalhando a realização desse sonho dos acrianos têm que ser responsabilizadas. É o Tribunal de Contas da União? É o DNIT que está atrapalhando? É o Governo Federal?

            Só um pouquinho, Senador Sérgio.

            É o Governo Federal que está atrapalhando? Tenho certeza de que não é. Ou é o Governo do Estado? Ou é o Deracre, que tocava essas obras? Até porque as obras foram passadas para o Estado. São as empreiteiras? Foram as licitações? Tem que dizer quem são esses parasitas, porque, quando se generaliza, fica ruim. Eu fiquei até preocupado quando foi dito isso, porque pode estar acusando o pessoal do DNIT também.

            Concedo um aparte ao Senador Sérgio.

            O Sr. Sérgio Souza (Bloco/PMDB - PR) - Meu caro Senador Sérgio Petecão, acho que foi muito prudente e importante a vinda do Diretor do DNIT, o General Fraxe, aqui no Senado Federal, atendendo a um convite da Comissão de Infraestrutura. Não tive oportunidade de estar lá por conta de outras comissões, mas eu gostaria de fazer uma reflexão incluindo o Acre, que é a porta de entrada para a América Central. O Acre é a porta de entrada para a Bolívia. A rodovia ou as estradas vão passar pelo Acre para ligar ao Pacífico. É importantíssima essa infraestrutura viária, rodoviária no Acre. O Brasil está planejando um país e buscando a construção de estradas por todos os Estados. Eu tenho viajado bastante pelo Brasil, inclusive de carro. Recentemente, conversei com a Senadora Ana Amélia e ela disse que foi até o Acre e, do Acre, fez uma viagem por alguns países da América do Sul. Então, veja só a importância disso. Quero congratular V. Exª e parabenizar pelo seu pronunciamento em favor da otimização e da realização de uma estrada que eu sei que não é só para o povo acreano, mas para todo o Brasil. Parabéns.

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - Agradeço o aparte do Senador Sérgio Souza. Conversei com a Senadora também. Ela voltou empolgada pelas belezas das cordilheiras. É verdade. Ela não teve o desprazer de viajar pela BR-364 no sentido Cruzeiro do Sul. Ela pegou a BR-317 e a Transoceânica, em território peruano. A estrada está novinha. Aquilo que eu disse: é uma estrada que, com certeza, as empreiteiras que construíram em território boliviano tiveram muitas dificuldades, porque corta as cordilheiras. Eles construíram a mais de 3.000 metros! Se para andar já é difícil...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - Já concluo, Senador Paim.

            Imagine para construir uma estrada daquela. E está lá a estrada e muito bem feita.

            O que me preocupa é que eu conversava com alguns empresários lá de Cruzeiro do Sul, e criou-se a expectativa de que a estrada sairia o mais rápido possível. Quantas inaugurações já houve dessa estrada? Perdi as contas. E os empresários desativaram suas estruturas. Antigamente, as mercadorias vinham para Cruzeiro do Sul por intermédio de grandes balsas, que as traziam por um frete baixo. Hoje, pelas condições precárias em que está a estrada, só estão liberados caminhões com até oito toneladas. A estrada novinha e só podem passar caminhões com oito toneladas.

            E aí? Lógico que os empresários, os comerciantes de Cruzeiro do Sul estão pagando um frete caro. O povo de lá, com certeza, está pagando uma mercadoria mais cara. Então, precisamos dar uma satisfação a essa população.

            Fica aqui meu agradecimento ao General Jorge Ernesto Pinto Fraxe, Diretor do DNIT, pela bela exposição no dia de hoje. Mostrou segurança, mostrou firmeza e, acima de tudo, mostrou um compromisso muito grande com este País.

            Também lamento aqui, para finalizar... As coisas ruins ninguém deveria fazer, mas vou fazer porque, se não registrar... Até porque as pessoas ficam... Ontem, o Governador Tião Viana (Sebastião Viana), desesperado, foi a um canal de televisão e me acusou, me chamou...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - ... de “assaltante da democracia”. E olha que ele não é a pessoa mais adequada para falar em democracia. A forma como ele conduz nosso Estado, a forma como trata seus adversários políticos... Ele me acusou de “assaltante da democracia” por conta de uma relação, de uma decisão interna do PSB. O Líder maior do PSB do Acre deu um basta! O PSB do Acre não vai mais ficar debaixo das ordens do Governador Sebastião Viana. Eles têm um candidato a Presidente. Eles vão trilhar o caminho deles. Aquelas pessoas que não trilharem o caminho do candidato deles é porque não eram do partido.

            E aí, como se eu... É verdade, eu tenho relação...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - ... com o Senador Rollemberg, eu tenho excelente relação. Quando Deputado Federal, participava do mesmo Bloco do PSB lá na Câmara. Hoje, gozo, graças a Deus, da amizade do Governador Eduardo Campos. E o Governador disse-me: “Olha, o PSB do Acre não vai mais ficar sob a guarita do PT do Acre, ele vai ter luz própria”.

            E o Governador, como sempre tem de arrumar um culpado, ele acha que eu fui o culpado de o PSB sair de baixo da saia dele. Então, é lamentável, porque, quando isso parte de um governador, chamar de assaltante, é muito ruim. Até porque ele, que esteve nesta Casa, foi Senador, deveria dar um bom exemplo. Mostrou total desequilíbrio. Como nós já estamos acostumados lá no Acre, essa é apenas mais uma do Sebastião, tentando impor, a duras penas, as suas regras do jogo.

            (Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO PETECÃO (Bloco/PSD - AC) - Como nós não temos medo, fomos eleitos pelo povo do Acre, estou aqui para defender os interesses do Acre. Todos os projetos que forem do interesse do Acre eu estarei votando. Tenho dito, já tive oportunidade de dizer pessoalmente à Presidente Dilma: conte comigo para lhe ajudar. O que for de interesse do povo do Acre, pode ter certeza, eu vou votar.

            E vou fazer mais, vou estar aqui em todas as ações. Não sou convidado para as ações do Governo Federal no meu Estado, mas em todas as ações do Governo Federal que levarem benefício para o meu Estado eu vou estar aqui, nesta tribuna, agradecendo, porque a Presidente Dilma não merece pagar o preço de algumas coisas erradas que acontecem lá, como pagou na eleição passada. Ela não merece!

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/03/2013 - Página 11625