Pela Liderança durante a 34ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração pelos 47 anos de fundação do PMDB.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM, POLITICA PARTIDARIA.:
  • Comemoração pelos 47 anos de fundação do PMDB.
Publicação
Publicação no DSF de 22/03/2013 - Página 11859
Assunto
Outros > HOMENAGEM, POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), DEFESA, LIBERDADE DE EXPRESSÃO, IMPORTANCIA, CRIAÇÃO, PARTIDO POLITICO, LUTA, REDEMOCRATIZAÇÃO, PAIS.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, Srªs e Srs. Senadores, antes de iniciar meu pronunciamento sobre o aniversário do PMDB, eu ainda queria dizer que esqueci de falar, no meu aparte ao nobre Senador Ruben Figueiró sobre as etnias indígenas, que nós temos hoje no Brasil mais de 300 etnias, que têm sido de fundamental importância para a preservação das nossas florestas.

            Eu quero dizer que não sou contra, de maneira nenhuma, as reservas indígenas, até porque elas têm sido, principalmente na Amazônia, uma entidade importante para preservar as nossas florestas. E se tiver que criar reservas, ampliar reservas, que seja dentro das áreas de preservação, das áreas que estão em florestas, e não onde já há colonos assentados.

            Nós somos contra desalojar 1.500, 2 mil, 3 mil produtores rurais para poder criar novas reservas. Então, que se criem reservas dentro... O Brasil preserva ainda 50% das suas florestas. Só na Amazônia Legal, nos nove Estados da Amazônia Legal, são 83% de preservação florestal. Ali daria para criar muitas reservas, ampliar e criar reservas indígenas, mas sem desalojar os nossos produtores que foram assentados pelo Incra.

            Mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao completar 47 anos da fundação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB, no próximo dia 24 de março, temos muito a comemorar. A legenda surgiu, como todos sabem, de uma medida autoritária do regime militar, que, com a edição do Ato Institucional nº 2, o AI-2, dissolveu os partidos políticos e instituiu o bipartidarismo. Coube ao antigo MDB a aglutinação de todos os que se opunham ao regime autoritário.

            Se a agremiação nasceu da longa noite da ditadura, cresceu à sombra da árvore da liberdade, pois a grande luta, naquele período nebuloso de nossa história, foi precisamente pela restauração das liberdades democráticas. Por essa causa, Sr. Presidente, muitos membros e grandes líderes do PMDB dedicaram a sua vida e arriscaram o seu mandato. Quantos foram cassados? Não parece casual, portanto, que um dos nossos maiores líderes, Ulysses Guimarães, considerasse a coragem um dos predicados indispensáveis aos políticos.

            Imbuído dos nobres sentimentos do destemor e da coragem, o PMDB não hesitou, neste Parlamento e nas ruas, em combater a ditadura e em participar ativamente das grandes lutas pela abertura política, das campanhas pela anistia e pelas Diretas Já, da eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral até o momento maior da Constituinte de 1987/1988.

            Refundamos a democracia brasileira, fazendo política. Como lembrava Tancredo Neves, fazer política significa buscar o diálogo, exercer a persuasão, despertar o raciocínio de todos por meio de “consensos parciais, até chegar ao grande consenso nacional”. Foi isso que aconteceu com a redemocratização do nosso País. Essa é a arte da política que o nosso Partido tem procurado exercer.

            O PMDB nasceu na luta pela restauração da democracia em nosso País, e sua prática política também com ela se identifica. Por isso, acomodamos em nosso Partido tantas opiniões diferentes, diversidade essa que tem sido uma das marcas de nossa atuação política, naturalmente, sempre respeitando o que o nosso estatuto prega como seus objetivos programáticos: “a construção de uma Nação soberana e a consolidação de um regime democrático, pluralista e socialmente justo, onde a riqueza criada seja instrumento de bem-estar de todos”.

            Outra questão, Sr. Presidente, uma conquista histórica de que nós não abrimos mão, é a liberdade de expressão e de pensamento. Isso o PMDB tem manifestado em todos os nossos encontros nacionais, em nossos fóruns, em nossas convenções. Na última convenção, quando lá esteve a Presidente da República, Dilma Rousseff, numa homenagem ao PMDB, nós aprovamos uma moção, mais uma vez, reforçando a continuidade da liberdade de expressão e de pensamento por que o PMDB tanto lutou.

            Tudo isso colaborou para que formássemos o maior Partido brasileiro, com quase 2,5 milhões de filiados, ou seja, 16% daqueles que se associam a partidos políticos.

            Srªs e Srs. Senadores, estamos falando de um Partido com forte apelo popular, profundamente capilarizado em todos os quadrantes deste País e enraizado no cotidiano de seus habitantes.

            Há muitas eleições, temos ultrapassado o patamar, por nenhum outro partido alcançado, de mais de mil prefeitos eleitos, Senador Moka, mais de 800 vice-prefeitos. Um em cada cinco prefeitos brasileiros pertence ao PMDB.

            Nas últimas eleições, fizemos quase 17 milhões de votos e elegemos aproximadamente 8 mil vereadores. Os números falam por si. A nossa destacada representação nas duas Casas do Parlamento conduziu-nos a essa situação peculiar de presidirmos, ao mesmo tempo, a Câmara dos Deputados, com o Deputado Henrique Alves, e o Senado Federal, com o nobre Senador Renan Calheiros.

            Temos ainda o Vice-Presidente da República, grande líder político do Estado de São Paulo - por que não dizer de todo o Brasil -, o Presidente Michel Temer, que tem feito a diferença.

            Assim como o PMDB fez a diferença nos momentos mais duros, mais difíceis da nossa história, hoje o PMDB, com o Vice-Presidente da República, com o Presidente da Câmara dos Deputados, com o Presidente do Senado Federal, continua fazendo a diferença nas conquistas para o povo brasileiro.

            Comemoremos, Sr. Presidente, portanto, um dos melhores momentos da nossa história.

            O PMDB, a depender de nós, vai continuar fazendo história no nosso País, elegendo prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, Deputados Estaduais, Deputados Federais, Senadores, governadores, para, quem sabe, breve - porque nós estamos trabalhando com a possibilidade de uma reedição da chapa Presidente Dilma e Presidente Michel Temer para 2014 -, em 2018, o PMDB preparará, até lá, um nome nacional para disputar a Presidência da República.

            Já ocupamos esse cargo e acho que está na hora, como maior partido do Brasil, a voltar em breve a ocupar o cargo de Presidente da República.

            Era o que tinha, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/03/2013 - Página 11859