O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu quero, inicialmente, saudar todos que estão nos assistindo pela Rádio e pela TV Senado; agradecer a V. Exª e agradecer ao Senador Paulo Paim pela gentileza da permuta, para que eu pudesse falar na ordem invertida.

            Minha palavra é muito rápida, mas é uma palavra extremamente importante para o meu Estado de Roraima. Trata-se exatamente, Sr. Presidente, da audiência que tivemos, no final da semana passada, junto com o Governador Anchieta, com o Ministro da Agricultura, Toninho Andrade, o novo Ministro da Agricultura.

            Estivemos lá, referendando um acordo que já havia sido construído com o Ministro Mendes Ribeiro, da Agricultura, com a minha participação, inclusive visando às ações do Orçamento Federal de 2014.

            No Orçamento Federal de 2014, não havia recursos previstos para o necessário em relação à defesa animal e vegetal do nosso País. O País apontava a falta de recursos para combate às dificuldades das fronteiras e à contaminação, tanto animal quanto vegetal.

            Em contato com o Ministro Mendes Ribeiro e sua equipe de trabalho, nós alocamos recursos para que o Brasil pudesse exercer, efetivamente, a proteção de suas fronteiras. A sanidade vegetal e animal têm que ser uma prioridade no Brasil. O Brasil é um País produtor, é um País que tem produzido de forma esplendorosa, aumentando safra a cada ano, tem um grande rebanho bovino, e estava à mercê, efetivamente, de pragas e de doenças que entram pelas fronteiras, notadamente no Norte do Brasil. E, nesse caso específico, falo do Estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela e com a Guiana, onde havia muitos problemas de sanidade vegetal, como a mosca da carambola, como a cochonilha rosada.

            Roraima também é um Estado que não é declarado ainda livre da febre aftosa. Por conta disso, nós vemos a nossa produção ficar prejudicada. Fiz um acordo com o Ministro da Agricultura para colocar os recursos de que Roraima precisava, de que o Brasil precisava, para que pudéssemos, efetivamente, ter uma ação pronta, forte, enérgica, no sentido de proteger as fronteiras. Nós colocamos os recursos e agora pactuamos com o Ministro que até o próximo ano, até março ou abril do próximo ano, com a vacinação que está ocorrendo, iniciando hoje, e depois com a pesquisa sorológica que vai ser feita, nós teremos condição de declarar Roraima livre da febre aftosa, para que tenhamos condição de vender a nossa produção.

            Damos um exemplo: um país vizinho ao nosso, a Venezuela, comprou, no ano passado, em 2012, quase US$1 bilhão de carne de gado do Paraná, de Mato Grosso, de Rondônia, do Pará. Senador Paulo Paim, Roraima não vendeu um tostão de gado à Venezuela exatamente por conta da limitação de não ser uma área livre da febre aftosa.

            Com essa mudança, com essa vacinação que estamos iniciando e com todos os pontos que serão seguidos dentro desse programa, sem dúvida nenhuma teremos condição, no próximo ano, de retomar a produção e, mais do que isso, de iniciar a venda de produtos à nossa vizinha, com a condição especial de fornecer dentro de uma logística muito mais simples do que a que a Venezuela vem utilizando.

             Então, as minhas palavras aqui são de, primeiro, registrar a importância desse acordo com o Ministério da Agricultura, tanto para a sanidade vegetal quanto para a sanidade animal.

(Soa a campainha.)

            O SR. ROMERO JUCÁ (Bloco/PMDB - RR) - E também anunciar o nosso trabalho e os recursos alocados por mim, para que tenhamos condição de ficar livres da febre aftosa no próximo.

            Quero agradecer ao Ministro Toninho Andrade por ter feito esse compromisso, inclusive registrando que irá a Roraima fazer os anúncios e os atos necessários, para que tenhamos condição de liberar os recursos.

            Então, fica aqui este anúncio; ficam aqui o nosso compromisso, o nosso agradecimento e a nossa confiança nos técnicos e dirigentes da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), que têm condições técnicas efetivas de cumprir essa programação, que aprovamos e pactuamos com o Ministério da Agricultura.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.