Pela ordem durante a 41ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Publicação
Publicação no DSF de 04/04/2013 - Página 14783
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, EMPRESARIO, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, eu tenho que ouvir...

            A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP - RS) - O próximo orador inscrito é o Senador Benedito de Lira. Por isso, ele fez a gentil advertência.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Ele disse assim: “Eu só lhe dei dez minutos. Não passe disso.” Então, eu vou atendê-lo com muito gosto.

            Srª Presidente, eu quero fazer um registro: se minha mãe, D. Dadá, estivesse viva, teria feito aniversário no dia 1º de abril. Penso que minha mãe era uma das poucas verdades do dia 1º de abril. E, com o passamento da minha mãe, tenho uma dor muito grande, que sinto até hoje. E não tenho nenhuma necessidade de que essa dor passe. É como se ela tivesse partido hoje. Assim, o passamento da minha mãe aos 57 anos de idade - muito nova a minha mãe - me abalou muito.

            Depois da morte da minha mãe, nada me abalou tanto - convivi com outros passamentos, de amigos e até de familiares - do que o passamento de um amigo, Rony Lins.

            Rony Lins foi meu empresário, meu assessor, empresário das minhas filhas e de uma série de artistas no Brasil, um amigo pessoal, leal, verdadeiro, uma pessoa a quem tive o privilégio de apresentar Jesus, Srª Presidente. Bom pai de família, dois filhos, casado com Gabi, a quem mando o meu abraço, a minha solidariedade e a manifestação do meu sofrimento junto.

            No sábado passado, Senador Benedito, o Rony colidiu de frente com uma carreta, na região da Safra, na entrada de Cachoeiro do Itapemirim, às 5 horas da manhã. Ele simplesmente foi moído. Ele simplesmente foi moído, desfigurado; uma tragédia horrorosa!

            As pessoas que conviveram com ele e as da minha convivência falam as mesmas coisas que estou dizendo, Srª Presidente. Eu nunca, depois do passamento da minha mãe, fiquei tão abalado com a morte de alguém.

            O Rony me acompanhou na CPI da Pedofilia, em quase todos os cantos deste País. Ontem comecei a abrir o YouTube, para ver as oitivas da CPI pelo Brasil e os locais onde aconteceram as prisões de pedófilos, gente indigna, que abusa de crianças no País. Ele estava junto. No momento em que era decretada a prisão, ele estava sempre ali, do meu lado - nos momentos difíceis, de ameaça de morte, de uma série de coisas.

            Ontem abri o YouTube para olhar a passagem da CPI em Arapiraca, Senador Benedito. Na hora da prisão daqueles religiosos que foram julgados e condenados por júri popular - diga-se de passagem - no seu Estado, estava ele lá, o Rony, do meu lado. Uma figura inesquecível!

            E neste momento - não sei se terei outra oportunidade, se terei disposição para fazer - expresso a minha gratidão a Deus por ter convivido com esse rapaz, com sua família. Para ele nada posso dizer, porque ele já passou, mas quero dizer à sua esposa e a seus filhos que vou continuar a postos, à disposição e que eles não serão desamparados. Não serão desamparados, porque amigo que é amigo não se pode deixar para trás nem sangrar no caminho. Reafirmo à esposa dele, à família que nós vamos continuar ao lado, no sentido de suprir todas as necessidades neste momento difícil do passamento do meu amigo Rony. O que fica é a saudade.

            Se alguém entrar no YouTube e olhar as últimas palavras no celular de Rony Lins, verá uma mensagem tremenda de esperança, de vida. Está no celular dele e está no YouTube. Tive a felicidade ontem de olhar uma última foto que eu fiz, no dia do aniversário dele. Coloquei essas palavras dele na foto e postei no meu Facebook. Uma fala tão segura, tão determinada, gentil, amorosa, uma fala de ânimo, de força, de quem crê em Deus, de quem estava vivendo tudo aquilo.

            Fica a saudade desse meu amigo, meu sentimento de dor e a minha solidariedade a essa família tão bonita, que o meu amigo Rony Lins construiu enquanto viveu.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/04/2013 - Página 14783