Pronunciamento de Ana Amélia em 11/04/2013
Discurso durante a 48ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Registro da realização da Convenção Nacional do PP; e outro assunto.
- Autor
- Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
- Nome completo: Ana Amélia de Lemos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA PARTIDARIA.:
- Registro da realização da Convenção Nacional do PP; e outro assunto.
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/04/2013 - Página 17673
- Assunto
- Outros > POLITICA PARTIDARIA.
- Indexação
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- REGISTRO, REALIZAÇÃO, CONVENÇÃO NACIONAL, PARTIDO PROGRESSISTA (PP), ELOGIO, ATUAÇÃO, LIDER, PARTIDO POLITICO, IMPORTANCIA, ATIVIDADE POLITICA, PAIS.
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco/PP - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Caro Presidente Casildo Maldaner, Srªs e Srs. Senadores, nossos telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, é sempre importante, Senador Casildo, fazer o que V. Exª fez, assim como o Senador Walter Pinheiro, que mencionou as obras na Bahia, na capital, Salvador. O Senador Sérgio Souza acabou de ocupar esta tribuna para fazer a abordagem dos temas relacionados à questão da chamada logística ou infraestrutura.
Tudo o que nós abordamos hoje, seja o etanol, seja as obras viárias na capital da Bahia, seja no caso do feijão ou da inflação, tudo está diretamente relacionado à nossa competitividade. E, nesse particular, nós estamos perdendo terreno, lamentavelmente, a passos muito largos, um País muito rico, com clima, com solo, com capacidade de trabalho, com tecnologia. Nós temos que nos insurgir contra esse estado de coisas, porque essa perda de competitividade está atingindo setores vitais e relevantes para a economia brasileira.
No caso do seu Estado, Senador Casildo Maldaner, como no do Paraná, do Senador Requião, e no do meu Estado do Rio Grande do Sul, nós estamos perdendo competitividade, pelo que fui alertada pelos produtores, pelos avicultores. Hoje, a produção de frangos nos Estados Unidos é mais barata que no Brasil, uma situação impensável cinco anos atrás. A produção de soja no Brasil é mais cara que nos Estados Unidos. Tudo por conta da nossa logística deficitária.
O Senador Requião foi um Governador eficiente, no Paraná, e sabe, porque o Paraná é um Estado muito bem-servido. Por isso, tem o compromisso e entende bem dessas necessidades em todo setor. Podemos até divergir na questão de portos, mas toda essa logística envolve porto, envolve ferrovia, hidrovia, envolve todo o modal de transportes. Então, nós precisamos sempre estar atentos para a abordagem desses temas.
Fico feliz, como Senadora, de estar preocupada também com isso e de todos os colegas estarem na mesma direção, trilhando esse caminho.
Mas venho ocupar a tribuna, hoje, por um motivo especialíssimo, que é a convenção nacional do meu Partido, o Partido Progressista, que quer dizer, resumidamente, “primeiro, as pessoas”.
Essa sigla, esse slogan, cunhado no meu Estado, o Rio Grande do Sul, pelo nosso Líder, Celso Bernardi, Presidente do PP, hoje fez uma convenção nacional.
Aqui está um grande pensador do Partido Progressista do Rio Grande do Sul, Persival Puggina, que assiste a esta sessão e a quem saúdo pela presença.
Na gênese da palavra “partido” - par-ti-do -, na própria palavra está a natureza da atividade política, que é exatamente parte. O partido é parte, só que, hoje, o PP não é partido, é PP unido.
A própria Ministra Ideli Salvatti, que representou o Governo da Presidente Dilma Rousseff na Convenção Nacional do Partido Progressista, fez referência e perguntou quantas tendências tem o PP.
O PP é brasileiro. Há o PP gaúcho; o PP catarinense, do nosso querido Esperidião Amin, do Aldo Rosa, da Beth Tiscoski. Há o PP do Dornelles, no Rio de Janeiro; o PP do Ciro Nogueira; o PP do Cassol, de Rondônia; o PP do Ricardo Barros, lá no Paraná.
É esse o PP que hoje sai, sob a liderança de um grande líder - um grande líder! -, eu diria meu guru político, que se chama Francisco Dornelles, que todos os senhores aqui acompanham e cuja dedicação zelosa e exemplar veem, porque ele tem também na genética a velha cepa política: sobrinho de Tancredo Neves e sobrinho-neto de Getúlio Vargas.
Quer dizer, a política está no DNA do nosso grande líder, que hoje transferiu o comando do partido, mas que continuará sendo o grande inspirador, pelo seu exemplo, pela sua integridade moral, pelo seu comprometimento ético, pela sua responsabilidade na abordagem de todos os temas nacionais.
Aqui mesmo, nós divergimos, quando se discutiram os royalties do petróleo. E ele, como um jovem iniciando na política, aqui brigava e gritava para defender o Rio de Janeiro, cumprindo rigorosamente o que dispõe a Constituição, porque nós somos defensores do Estado. E ele aqui fez o papel dele.
Ontem, aqui, divergimos. O partido, também. Alagoas não pensava como o Rio Grande do Sul em relação à questão do Fundo de Participação dos Estados. Não era uma questão partidária, era uma questão federativa, como é a questão dos royalties. Mas o fizemos num entendimento, num respeito muito grande de convivência.
Então, o legado de Dornelles é incalculavelmente alto e precioso, é esse patrimônio que ele deixa ao Partido depois de comandá-lo com muita habilidade e competência. Deixa o Partido livre em 2010, para que, em cada Estado, em cada região, com suas características próprias, com suas tendências políticas, com sua história de participação nos Estados, tivesse a liberdade de escolha. Assim foi a grandeza de Dornelles. Não há dúvida de que o seu sucessor, construída essa composição, ele sendo Presidente de honra - será sempre -, com o comando do nosso Senador Ciro Nogueira, representante do Piauí, tendo como Vice-Presidente o Deputado Mário Negromonte, da Bahia, que foi Ministro das Cidades.
O Partido Progressista tem hoje 474 prefeitos em todo o Brasil, dos quais, Srs. Senadores, 134 do meu Estado, o Rio Grande do Sul, que tem como presidente, já mencionei, Celso Bernardi, que, aliás, fez um brilhante pronunciamento em homenagem a Francisco Dornelles, falando em nome de todos os representantes dos Estados. São mais 400 vice-prefeitos progressistas, 4.927 vereadores, dos quais 1.168 atuando nas câmaras municipais do Rio Grande do Sul. No Congresso Nacional, somos 5 Senadores e 44 Deputados Federais.
É importante reforçar também que o PP está presente em duas das maiores capitais brasileiras, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com Alcides Bernal, e Palmas, no Tocantins, com Carlos Amastha. Mas queria fazer referência também ao Vice-Governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, um grande líder que comandará um conselho político criado e anunciado hoje por Ciro Nogueira, para ter um pensamento político e uma orientação com vistas a 2014. E o Ministério das Cidades comandado pelo dedicado Deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, que vem fazendo um trabalho que está orgulhando a todos nós.
Eu queria dizer que a cerimônia de hoje foi extremamente importante. Foi a primeira convenção nacional de que participei depois que me filiei ao Partido, em 2009, para, em 2010, disputar o cargo majoritário como Senadora com dois grandes políticos, o Senador Paulo Paim, que foi reeleito, e o ex-Governador Germano Rigotto, do seu Partido, o PMDB.
Hoje, estavam lá presentes, além da Ministra Ideli Salvatti, que falou pelo Governo, o Presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves, falando pelo PMDB, que fez um belo pronunciamento; o Senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais; o Presidente do PSDB, Deputado Sérgio Guerra; os Senadores do PT Humberto Costa, Wellington Dias e Walter Pinheiro; além de Gilberto Kassab, ex-Prefeito de São Paulo e Presidente do PSD; da Governadora do Rio Grande do Norte, que é do Democratas, Rosalba Ciarlini, ex-Senadora que aqui nesta Casa conviveu; e o Senador Agripino Maia, do Democratas.
Queria saudar também e, de certo modo, homenagear aqui o nosso querido Senador Francisco Dornelles, a quem já fiz muitas referências. A nossa Bancada é integrada, além dele, pelo novo Presidente, que sai do Senado também, Ciro Nogueira, que entra com sangue novo, como se diz, e com a disposição de continuar construindo a história de um grande partido. Além de Dornelles, nosso Ivo Cassol, de Rondônia; nosso Benedito de Lira, de Alagoas, que preside a importante Comissão de Agricultura e Reforma Agrária; e eu, modestamente dando aqui a minha contribuição ao Partido Progressista, que pretende começar a escrever, ou continuar escrevendo, uma história de colaboração.
Hoje eu gostei muito quando Ciro Nogueira disse que o PP era conservador. Eu me assustei um pouco com a palavra. Eu não gosto de carimbos, eu não gosto de nomes, siglas - isso às vezes é fruto de um pouco de preconceito. Mas ele disse que usava a palavra “conservador” porque quer conservar as conquistas obtidas na estabilidade econômica; conservar os avanços que o Partido ajudou a construir em muitos setores, como a própria estabilidade conquistada com o Plano Real - o PP estava presente -; conservar aquilo que os governos atuais também construíram - Lula e, agora, Dilma. Conservar; conservador no sentido de preservar valores que são essenciais a uma boa democracia e à construção de um partido sólido que respeita a convivência com ideias diferentes porque isso faz parte do processo democrático.
Então, o Partido Progressista está de parabéns, mas, especialmente, homenageio e renovo os cumprimentos ao grande e valoroso Francisco Dornelles. Desejo muito sucesso a Ciro Nogueira, a quem ajudarei, sem dúvida, a fazer o PP crescer cada vez mais.
Muito obrigada, Sr. Presidente.