Discurso durante a Sessão Solene, no Congresso Nacional

Comemoração do ano da Contabilidade no Brasil.

Autor
João Vicente Claudino (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/PI)
Nome completo: João Vicente de Macêdo Claudino
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do ano da Contabilidade no Brasil.
Publicação
Publicação no DCN de 19/03/2013 - Página 1010
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, SENADOR, DEPUTADO FEDERAL, AUTORIDADE, PRESENÇA, SESSÃO SOLENE, COMEMORAÇÃO, ANO, CONTABILIDADE, BRASIL, COMENTARIO, IMPORTANCIA, PROFISSÃO, CIENCIAS CONTABEIS, RELAÇÃO, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, PAIS.

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmo Sr. Presidente, Senador Luiz Henrique; Exmo Sr. Deputado Damião Feliciano; Exmo Sr. Deputado Hugo Napoleão, representando a Câmara Federal nesta sessão solene do Congresso; meu caro Presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Contador Juarez Domingues Carneiro; meu caro Presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade, Contador José Martonio Alves Coelho; minha ilustre e vibrante digna representante das mulheres contabilistas do Brasil, Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim, Presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis; ilustre Dr. Valdir Pietrobon, Presidente da Fenacon; Srs. Senadores e Srªs Senadoras; Srs. Deputados e Srªs Deputadas, permitam-me, em nome do Presidente do Conselho Regional de Contabilidade no Piauí, o Contador Elias Dib Caddah Neto, que tem feito um trabalho brilhante em todo o Estado, em prol do desenvolvimento da Contabilidade, abraçar todos os presidentes de Conselhos Regionais de todo o Brasil. (Palmas.)

            Permitam-me ainda, em nome dos conselheiros representantes do Estado do Piauí no Conselho Federal de Contabilidade, a Contadora Gardênia Maria Braga de Carvalho e o Contador Joaquim de Alencar Bezerra Filho, saudar todos os conselheiros do sistema contábil brasileiro. (Palmas.)

            Senhores e senhoras funcionárias do Conselho Federal de Contabilidade, senhores e senhoras estudantes que ocupam as galerias desta Casa, em nome de vocês saúdo o futuro da classe contábil brasileira. (Palmas.)

            Através da Rádio e da TV Senado, abraço cada um dos 500 mil profissionais da Contabilidade, dos 400 mil estudantes e o representante das 80 mil empresas de contabilidade de todo o Brasil.

            A Contabilidade, uma das mais antigas profissões do mundo! Do papiro aos mais modernos sistemas de informações; da contagem registrada em pedras, como é o caso dos registros no Parque Nacional da Serra da Capivara, lá no meu querido Piauí, nos ensinamentos do saudoso Professor António Lopes de Sá, aos mais modernos modelos de Controladorias; do Método das Partidas Dobradas de Luca Pacioli às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público e às Normas de Padrão Internacional; dos Guarda-Livros aos homens de transformação social; enfim, dos primórdios ao ano 2013 - o Ano da Contabilidade no Brasil.

            Quantas histórias! Quantas conquistas! E o que nos atrai é exatamente a importância que têm esses profissionais da contabilidade e as próprias Ciências Contábeis para o desenvolvimento sustentável da nossa Nação.

            No Piauí não foi diferente e temos que aproveitar uma solenidade como esta para enaltecer a história da contabilidade também no Piauí. A contabilidade teve um maior reconhecimento pela sociedade nas ultimas décadas. E grande parte deste reconhecimento, tenho que fazer esse registro, deve-se à família Raulino. Só essa família, percebam, senhoras e senhores, já constitui uma banca de contadores: são mais de 20 contadores desde o patriarca José Raulino Castelo Branco.

            Presidente Juarez, pegando esse conceito que V. Exª nos colocou hoje pela manhã, trazendo esse conceito moderno de que o americano já coloca o contador como o médico patrimonialista das organizações, uma família como essa teríamos que estudar o código genético, ir ao DNA, porque tenho certeza de que há um DNA específico para a contabilidade.

            E os seus ensinamentos fizeram com que os tres filhos contabilistas marcassem passos na história da contabilidade no Piauí. Falo do Raulino Filho, que foi Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí, e que movimentou a classe, sendo um marco de transformação social e hoje é Diretor da Fenacon; do Dr. Corsino Castelo Branco, que atualmente é Vice-Presidente do Conselho Regional de Contabilidade; da figura emblemática e agradável, o José Lopes Castelo Branco, conhecido entre nós como o "Castelinho", que já foi Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade e, hoje, é membro da Fundação Brasileira de Contabilidade e Presidente do Sindicato dos Contabilistas do Piauí, um piauiene - Exmo Deputado Hugo Napoleão - em quem tínhamos que buscar o exemplo da auto-estima, porque todas as vezes que vinha à reunião do Conselho Federal de Contabilidade trazia um filme sobre a importância do Piauí e as belezas que o Piauí possui para contagiar os conselheiros dos outros Estados.

            Mas também não poderia deixar de citar os ex-presidentes do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí, os Contadores Luiz Carlos Veras, Raimundo Neto de Carvalho, Josimar Alcântara e Antônio Gomes das Neves. Cada um, ao seu estilo, marcou história e conquistou o reconhecimento em nosso Estado.

            Sem correr risco de errar, afirmo: em tudo há contabilidade!

            Sou economista, mas estudei contabilidade, por dois anos, na Unifor, no Estado do Ceará. Sou empresário e venho de uma família de empresários oriundos da Paraíba, com passagem pelo Maranhão, mas fincada no Estado do Piauí. E em nossas empresas temos, no tripé de sustentabilidade, a contabilidade, inclusive com participação em tomadas de decisão.

            Se falarmos das instituições governamentais, temos que reconhecer a relevante importância da contabilidade para o controle dos sistemas de arrecadação e realização de gastos públicos, para a confecção de balanços sociais, para a regularidade fiscal e a segurança da captação e aplicação de recursos, para os controles, para a transparência, enfim, para a sustentabilidade.

            Se falarmos de política e de eleições - um segmento, uma ramificação nova na contabilidade -, temos que atentar para a contabilidade dos partidos políticos e das respectivas campanhas eleitorais. E aqui eu não poderia deixar de, novamente, registrar o trabalho do contador e conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, o amigo Joaquim Bezerra, quem tem sido nosso contador nas campanhas eleitorais e tem nos tirado de aflições e sempre nos colocado como ficha limpa no processo, tendo a conduta sempre aprovada pelo Tribunal Regionlal Eleitoral.

            É essa a importância que tem a contabilidade, e o profissional da contabilidade, meu caro Juarez, que nos motivou, ao tomar conhecimento do projeto 2013 - Ano da Contabilidade no Brasil, a propor uma sessão conjunta aqui no Congresso brasileiro, proposta que contou também com a iniciativa da Deputada Iracema Portella - que hoje se encontra, tenho que fazer este registro, nos Estados Unidos, fazendo um curso na Universidade de Harvard -, pela Câmara Federal, para homenagear essa profissão.

            A iniciativa desse projeto levará à sociedade brasileira o conhecimento, muitas vezes deturpado, de quem é o profissional da contabilidade: um agente transformador da sociedade, um promovedor de responsabilidade social. Parabéns, Juarez, pela iniciativa e pelo trabalho que você, incansavelmente, vem desenvolvendo, no Brasil e no mundo, em nome da contabilidade brasileira.

            A Contabilidade é uma das classes de profissionais que mais organiza eventos nacionais e internacionais em todo o Brasil, como o Congresso Brasileiro de Contabilidade que, no ano passado, aconteceu em Belém do Pará, e reuniu cinco mil profissionais. Isso é fruto de uma profissão que se preocupa com a educação continuada, com a formação e a renovação de conhecimento dos profissionais. Neste aspecto, temos que registrar o trabalho da Vice-Presidente Maria Clara Cavalcante Bugarim, que conduz, com maestria, a organização dos eventos e do desenvolvimento profissional da classe contábil no Brasil.

            Uma classe só tem representatividade quando ela aposta na formação politizada de seus representantes. E, com a permissão do nosso Presidente Juarez, tenho que fazer menção ao ex-Presidente Martonio Alves Coelho, que se dedica às articulações políticas e ao relacionamento com o mundo político - aliás, isso faz parte do currículo de um cearense legitimo.

            O ser humano - quero deixar, aqui,...

(Soa a campainha.)

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (Bloco/PTB - PI) - ... um pouco o lado técnico para um lado mais do sentimento - é um contabilista na sua essência, pois é natural que costumemos fazer balanços de tempos em tempos na vida pessoal, pesando os ativos e passivos, acertos e erros, e, assim, em uma contabilidade autocrítica, avaliarmos os nossos próprios resultados.

            Quando se fala das profissões que tratam de números, mesmo tendo as ciências contábeis no segmento das ciências humanas, avaliamos estes profissionais como pragmáticos, frios e sem sentimentos, principalmente quando classificamos esses profissionais como contabilistas, consultores, auditores ou outros afins.

            Compreendemos que, por trás dos orçamentos e relatórios de execução orçamentária, afeitos à contabilidade pública, encontraremos o sentimento de esperança de um povo, que, mesmo alheio aos dados expostos, entende a relação entre o bom investimento nas áreas prioritárias da ação pública, em todos os entes federados, e a possibilidade de uma vida mais digna e o exercício de nossa cidadania plena.

            Quando avaliamos balanços e apuramos os resultados da atividade privada, o cerne da contabilidade comercial, lá está cristalino o sentimento dos sonhos de homens e mulheres que trabalham para conquistar um futuro melhor, para ele e sua família, tendo a convicção de que somente com uma economia forte, com um povo preparado, é que conseguiremos fazer um país desenvolvido.

            E, se entrarmos no novo ramo da contabilidade, o eleitoral, que ainda aprimora suas legislações, acharemos o sentimento da transformação, que vem da imprescindível, apaixonante e sempre questionável atividade política, onde a esperança e os sonhos se encontram para tentar provocar a transformação de realidades cotidianas e mudar posturas políticas, às vezes anacrônicas, que ainda persistem.

            O Brasil tem muito o que reconhecer na atuação da classe contábil. A contabilidade assume papel importante quando debatemos as tão esperadas reformas política e tributária, bem como nas discussões dos temas que envolvem a sociedade. Portanto, é preciso que o Congresso Nacional, nós, Parlamentares, possamos cada vez mais absorver da classe contábil os conhecimentos necessários para nos subsidiar nas elaborações de normas e leis que alterem o sistema financeiro, tributário e econômico do País.

            No mais, contem com este representante da classe contábil no Congresso. O meu gabinete é uma extensão do Conselho Federal de Contabilidade no Senado brasileiro. Estaremos aqui prontos para receber e encaminhar as demandas da contabilidade.

            Parabéns à classe contábil do Brasil! Viva o profissional da contabilidade. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DCN de 19/03/2013 - Página 1010