Discurso durante a 54ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração dos quarenta anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos quarenta anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Publicação
Publicação no DSF de 23/04/2013 - Página 20493
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), COMENTARIO, IMPORTANCIA, PESQUISA CIENTIFICA, AGROPECUARIA, DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO AGROPECUARIA, EXPORTAÇÃO, INDEPENDENCIA, PAIS, IMPORTAÇÃO, ALIMENTOS, REGISTRO, HISTORIA, ATUAÇÃO, EMPRESA, ANALISE, INOVAÇÃO, DEMANDA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - V. Exª, Senador Presidente Jorge Viana, ilustre Presidente, Senadora Ana Amélia, extraordinária jornalista e extraordinária Senadora, não devem repetir essa história de 40 anos de Senado. Parece 50. E acho que a mulher tem a idade que aparenta. Muitos anos de jornalismo e, agora, pelo que se vê, muitos anos na política também.

            Sr. Presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes; Sr. Eliseu Alves, que foi praticamente o homem forte, ao longo de todo o período da nossa querida Embrapa; o mesmo digo eu do Ministro Alysson Paulinelli, que teve uma grande colaboração em tudo isso; Sr. Embaixador Eduardo Santos; Sr. Carlos Augusto Klink, se os senhores me permitirem, eu gostaria de citar o nome do Ministro Luiz Fernando Cirne Lima, o criador da Embrapa.

            Foi exatamente o gaúcho Luiz Fernando Cirne Lima, num momento difícil, complexo, num momento em que a vida interna da política brasileira ia realmente muito difícil, que teve a coragem, eu diria até a bravura, de conseguir que as pessoas entendessem e criassem uma instituição como a Embrapa. Tive no Luiz Fernando Cirne Lima um amigo e um admirador extraordinário e lhe presto, por isso, esta homenagem.

            Senhoras e senhores, em minha opinião, existem instituições brasileiras que são emblemáticas para a nossa soberania. São verdadeiros símbolos nacionais, como a Bandeira e o Hino. Normalmente, nesse quesito, as instituições mais citadas são o Banco do Brasil e a Petrobras. Não é à toa que, por exemplo, sempre que vêm à tona desejos políticos de privatizar essas duas instituições, a resposta é o grito pela soberania nacional, ao som do Hino e sob a proteção da Bandeira. Foi assim com a campanha de O Petróleo é Nosso. Foi assim também, em tempos mais recentes, a pronta reação à proposta de mudar o nome de Petrobras para Petrobrax. O mundo aventou a hipótese, também recente, de mudar o nome do nosso principal agente financeiro, de Banco do Brasil para Banco Brasil.

            Esses dois casos foram entendidos como sinais precursores da perda dos símbolos da soberania nacional.

            Eu não tenho dúvida da necessidade de incluir a Embrapa nesse rol de instituições emblemáticas e grandes símbolos nacionais da nossa soberania.

A Embrapa gera conhecimento, e o conhecimento é a argamassa mais importante na defesa da soberania e na construção do futuro. Mais do que isso: a Embrapa gera conhecimento para o que nós temos de mais importante no cenário nacional: a agricultura ou a agropecuária. Também não há dúvida de que a agropecuária brasileira também se divide, no horizonte temporal, em antes e depois da Embrapa.

            Muitos produtores agropecuários brasileiros dobraram, triplicaram, até mesmo decuplicaram a produtividade, fruto do trabalho exatamente da Embrapa. Nesse sentido, a Embrapa não faz só ciência, porque ela, na verdade, também opera o milagre da multiplicação dos alimentos.

            Vivemos, portanto, na nossa agropecuária e na nossa soberania, a era do depois da Embrapa. Esse ponto de inflexão se deu há 40 anos. Daí o motivo de orgulho de todos os brasileiros nesta sessão de homenagem à existência, há quatro décadas, de uma instituição que simboliza o que há de mais importante para todos nós como Nação soberana e independente.

            Fui, em um momento importante desse mesmo período, Ministro da Agricultura. E se posso me vangloriar de realizações que geraram progresso, não poderia deixar de reconhecer que muito do que alcançamos naquele tempo devemos ao trabalho da Embrapa. É que, sem conhecimento, não há desenvolvimento.

            A Embrapa foi criada em uma hora de grande debate sobre a importância do conhecimento, para que fossem mais bem-desenvolvidos os potenciais agrícolas brasileiros. Foi um tempo de discussão profunda sobre o processo de modernização da agricultura brasileira. As instituições de extensão rural já existiam. Faltava um passo além para o conhecimento que a extensão deveria levar para o mundo rural.

            Não podemos esquecer também que se tratava de um momento de grande convulsão política. Era um tempo de ditadura militar, de crescimento da população e de abertura da economia para o mercado externo. Evidentemente que a maior integração do País ao mercado internacional trouxe para cá também interesses nem sempre ligados à nossa soberania.

            Eu fico imaginando as pressões sobre a Embrapa desses interesses ligados a multinacionais, que, evidentemente, nem sempre se harmonizam com os interesses nacionais. Eu também imagino a preocupação da Embrapa com a introdução de novas tecnologias em um País onde se deveria manter como política atividades geradoras de mão de obra.

            Esse equilíbrio, entre a maior produtividade via novas tecnologias e a manutenção do emprego, deve ter tirado horas de sono dos empreendedores da Embrapa.

            Não podemos esquecer que, exatamente naquele tempo em que a Embrapa estava sendo concebida, a chamada “década de 70”, mais de trinta milhões de pequenos produtores rurais foram expulsos de suas terras. Hoje, essas pressões não se dissiparam, obviamente, e, como consequência, as preocupações. A globalização não respeita fronteiras. Nesse processo, não há, necessariamente, pátria. O mercado e o lucro determinam, muitas vezes, a política, e o mercado e o lucro também não necessariamente se movem pelo pudor, pela melhor distribuição dos ganhos e, no caso, pelo melhor encaminhamento da geração do conhecimento.

            Daí a responsabilidade da Embrapa, que traz no próprio nome a expressão “empresa brasileira”. Uma empresa pública a serviço da população brasileira. Repito: as empresas privadas, especialmente as multinacionais, que também investem vultosos recursos na pesquisa, não necessariamente se preocuparão com os nossos principais problemas distributivos: de terra, de renda e de conhecimento. Muitas vezes, caminham em sentido contrário ao da justiça distributiva.

            Cabe à Embrapa, como empresa pública brasileira, manter-se na via do desenvolvimento, do desenvolvimento do País e da sua população. Desenvolvimento diferente e muito além do crescimento.

            Dentro desses mesmos problemas, persiste a necessidade de manter a geração de emprego rural. As nossas cidades já não crescem. Incham.

            Embora se reconheçam os avanços na diminuição da fome, ainda há muito caminho a percorrer, até que os nossos conterrâneos deixem de morrer de doenças típicas da inanição.

            Não há como continuar com tantos famintos e, quando não, eles serem saciados por meio de políticas movidas pela dádiva, em um País que tem todos os microclimas do Planeta. Isso sem contar a grande missão de qualquer instituição pública, principalmente em diminuir a fome mundial, que já ultrapassa um bilhão de seres humanos.

            Também não devem ser esquecidas as agressões ao meio ambiente diretamente aos homens e, como consequência, a contaminação dos alimentos, além dos danos aos recursos hídricos e à própria terra.

            Alguns estudos dão conta, por exemplo, de que eram conhecidos, até o final da década de 50, menos de 200 tipos de pragas na agricultura brasileira e que esse número triplicou duas décadas depois.

            Essas são algumas das questões que, a meu ver, devem ser colocadas em discussão pela Administração e pelos 2.400 pesquisadores da Embrapa na próxima década, o que levará essa importante instituição ao cinquentenário.

            Eu também tenho por mim que a Embrapa é a instituição que, por excelência, poderá subsidiar, em muito, com o conhecimento que ela gera, o grande debate, mais do que necessário, sobre que país nós queremos. O país para quem queremos dispensa maiores discussões. Aí não há o contraditório. O país que queremos tem que ser, necessariamente, para todos os brasileiros. Bem-discutido o Brasil que queremos, poderemos responder às questões decorrentes, como a indústria que queremos e, no mesmo passo, a agricultura que desejamos. Daí a tecnologia necessária, os investimentos públicos, as prioridades das instituições públicas. Evidentemente que, se queremos um país para todos os brasileiros, em um contexto ainda de milhões de conterrâneos na fome ou próximo dela, a agricultura familiar deve continuar merecendo prioridade absoluta na pesquisa e na extensão rural.

            Também me parece evidente que a globalização, ela sim, capitaneada pelas multinacionais do setor, não se preocupará, como devido, com a agricultura de pequeno porte. Isso em um contexto no qual o País será pressionado para que desenvolva os seus potenciais agropecuários, para gerar divisas de exportação e superávits primários e também excedentes para o mercado interno.

            Caberá, portanto, à Embrapa, como empresa pública de todos os brasileiros, investir no conhecimento acessível ao pequeno agricultor, cada vez mais pressionado por um mercado para o qual ele não necessariamente tem condições de arcar com o preço do ingresso.

            Lembro-me de um tempo em que as instituições de extensão rural se encarregavam da agricultura familiar, e as de pesquisa, prioritariamente, com o agronegócio.

            Mas que conhecimento a extensão rural estaria levando ao campo, se a pesquisa tendia a se preocupar, prioritariamente, com a tecnologia, só acessível ao grande produtor? Daí que os órgãos de extensão rural desenvolviam suas próprias pesquisas direcionadas à agricultura familiar.

            Acho não ter sido o acaso o mentor da decisão de aniquilar a Embrater. Naquele tempo, eram outros os interesses. Em minha opinião, uma decisão lamentável. Bom seria se hoje estivéssemos, aqui, louvando a parceria entre a Embrapa e a Embrater, a pesquisa e a extensão rural para os brasileiros do campo ou para aqueles que decidam voltar para o mundo rural, para desenvolver as suas verdadeiras habilidades - para gerar empregos, para produzir alimentos, para saciar a fome sem necessidade das dádivas das bolsas-família, por mais importantes que elas sejam hoje, embora não sejam vitalícias.

            Eu me lembro, igualmente com desgosto, da tentativa, também, de dizimar os órgãos estaduais de assistência técnica e de extensão rural, as chamadas EMATERs. Eu era, então, Governador do Estado do Rio Grande do Sul, terminando de sair do Ministério da Agricultura. Determinei, peremptoriamente, ao meu Secretário da Agricultura, Odacir Klein, que suprisse, com recursos estaduais, a Emater gaúcha. A pesquisa agrícola, integrada à extensão rural,...

(Soa a campainha.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - ... foi uma das minhas principais prioridades, como Governador do meu Estado. Nenhum favor. Apenas a compreensão da importância da agricultura no Rio Grande do Sul.

            Fizemos, então, uma reunião com os Governadores e fizemos com que praticamente todos acertassem em mater as Ematers estaduais funcionando, apesar de ter sido extinto o órgão nacional. E, apesar de o Governo Federal ter deixado de enviar a sua parte, que era a metade da verba das EMATERs, os Estados mantiveram as verbas das EMATERs, que estão aí abertas, com grande responsabilidade e seriedade.

            Por isso, o meu voto de louvor à Embrapa, pelos 40 anos vividos. Mas muito mais que isso, a minha esperança de que, no tempo que virá, ela possa continuar a contribuir, em muito, para a construção do País que queremos, evidentemente, sem fugir de uma realidade internacionalizada, globalizada, mas que essa mesma realidade seja democrática, em um País que possa sustentar a sua soberania e melhor distribuir as suas riquezas.

            Pelo nível de excelência que a Embrapa alcançou nesses 40 anos, ela pode, para a próxima década e para o futuro do País, optar entre dois caminhos. Caminhos excludentes a meu ver: ou buscar o reconhecimento mundial globalizado, mas não necessariamente voltado para as nossas necessidades mais prioritárias, ou utilizar esse conhecimento acumulado em quatro décadas, mais o que ela continuará a gerar, para sedimentar o País que todos nós queremos verdadeiramente construir.

           Eu estou certo de que a Embrapa optará pelo segundo caminho. Daí, quando ela completar 50 anos, não estaremos aqui apenas homenageando a Embrapa, mas celebrando um País muito mais justo e soberano, exatamente porque as instituições públicas brasileiras, tendo a Embrapa como símbolo, terão alcançado o nosso objetivo mais importante: a construção da verdadeira cidadania.

           O Brasil tem todos os potenciais possíveis, principalmente o conhecimento, para produzir alimentos suficientes para a grande mesa de comunhão que queremos construir. Essa mesa, ela sim, globalizada.

           Um País democrático e soberano para todos os seus cidadãos. É esse o Brasil que queremos construir. Um mundo menos excludente. É esse o mundo no qual queremos viver. E a Embrapa é, sem dúvida, mestre nessa obra.

(Soa a campainha.)

           O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Lembro que, quando fui surpreendido com a indicação para Ministro da Agricultura, logo no início, a primeira questão que foi colocada perante mim foi exatamente a Embrapa. O Sr. Eliseu se lembra da luta e do esforço que tinham. Havia a decisão de construir a sede própria da Embrapa, algo que era absolutamente necessário e importante. E havia aqueles que achavam até ridículo a sede própria. Foi naquele momento exatamente.

           E hoje eu peço, Sr. Presidente, que conste dos Anais da nossa sessão um pedido de homenagem ao Presidente José Sarney, porque ele, como Presidente da República, foi o grande responsável pela manutenção da Embrapa, pela firmeza da Embrapa e para que a Embrapa não fosse o que alguns imaginavam, mas que seguisse o caminho que realmente seguiu. Foi o Presidente Sarney que, naquele momento em que havia a dúvida entre construir a sede da Embrapa ou deixá-la ali no Edifício Venâncio, com uma sede alugada e sem expectativa, tomou uma decisão importante: “A sede da Embrapa será construída. Há a determinação, e a Nova República não tem nada contra, pois é importante a expansão da Embrapa”.

           Lembro-me da discussão muito delicada. Fizemos, naquela oportunidade, Dr. Eliseu, uma reunião na sede do Banco do Brasil, com todos os funcionários da Embrapa e com todos os funcionários da direção do órgão que reunia as EMATERs, para que eles se conhecessem, dialogassem, decidissem. Havia um problema. A Embrapa, um órgão recém construído, sem expectativa, sem tecnologia e sem agricultura, principalmente a familiar, que tivesse condições de avançar, ela, a rigor, funcionava para as grandes empresas multinacionais, para os grandes grupos que recomendavam, davam o dinheiro e patrocinavam esse trabalho.

            E foi ali que nós decidimos, e foi importante. Nada a opor que a Embrapa dialogasse com as grandes empresas, com as multinacionais e, com o dinheiro delas, fizesse investigações. Mas o governo colocou dinheiro dele para fazer investigações principalmente para pequenas e médias empresas, para que a Embrapa trabalhasse também para nós e não fizesse pesquisa fechada e a entregasse a multinacionais. Não, a Embrapa começou a trabalhar, a produzir e a avançar exatamente nesse sentido.

            Lembro-me, e o senhor deve se lembrar, quando o Presidente Sarney foi visitar a unidade da Embrapa aqui em Brasília: ele chorou. A emoção dele foi impressionante quando viu aquela unidade, aquele pé de tomate na água com aquele tamanho. Nem ele nem eu - também vi pela primeira vez - imaginávamos que aquilo fosse possível no Brasil. Tanta coisa que se ouvia... Eu pensei que isso acontecia lá no Japão, que aqui não acontecia, mas a Embrapa realmente deu uma demonstração de grande conhecimento e de grande força.

            Eu não tenho nenhuma dúvida, Sr. Presidente, nenhuma dúvida: o Brasil é o país dos próximos anos, o país que tem a maior reserva de água doce do mundo, que tem as maiores reservas de terras agricultáveis do mundo...

(Soa a campainha.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - ... um país que, como disse o ilustre representante de Mato Grosso do Sul, em questão de tão pouco tempo fez uma revolução.

            Quando eu estava lá no Ministério da Agricultura, festejamos 50 milhões de toneladas. Hoje estamos festejando 200 milhões de toneladas e, logo ali, quando formos festejar os 50 anos da Embrapa, eu não tenho nem ideia, não tenho condições de dar palpite de quantas toneladas nós estaremos produzindo.

            Talvez muita gente não dê a devida importância a esta reunião. Este é um momento histórico e importante neste País. É mais importante do que a Petrobras, porque o petróleo parece trazer desgraça para os países que o produzem - coitados, está um pior do que o outro, política, econômica e socialmente, vivem dramas permanentes. Onde há petróleo, há desgraça. Mas nós, não: na agricultura, é o desenvolvimento, é o progresso, é o avanço que realmente existe.

            Eu fico emocionado quando vou ao Mato Grosso e vejo as pessoas contarem o que foi o Mato Grosso. Eram pessoas que consideravam o Estado praticamente impossível. Eu me lembro, aqui no Senado, de quando criaram o Mato Grosso do Sul. Os líderes do Mato Grosso choravam e pediam pelo amor de Deus para não criarem o Mato Grosso do Sul, porque eles iam morrer: “Mas sem a parte do Mato Grosso do Sul, o que vai ser de nós? Nós vamos desaparecer”. E criaram o Mato Grosso do Sul, que vai muito bem, obrigado. Só que depois que criaram o Mato Grosso do Sul, o Mato Grosso cresceu dez vezes mais, e é hoje um Estado espetacular em desenvolvimento, com a revolução - e me perdoe a minha Ana Amélia - principalmente dos gaúchos que chegaram lá, levaram a tecnologia do Rio Grande e fizeram uma verdadeira revolução naquela região.

            Então, não tenho nenhuma dúvida de que o futuro é nosso. E se nós caminharmos como hoje estamos caminhando, graças a Deus, com uma Presidente que merece respeito, voltada para a preocupação, para a seriedade, para a dignidade, com o Supremo Tribunal encontrando seu verdadeiro caminho e, se Deus quiser, nós do Congresso Nacional cumprindo a nossa parte, podemos dizer: hoje vivemos o dia da maior importância na vida do Brasil. Mais importante do que a Petrobras, mais importante do que o que quiser. Com a Embrapa, com a agricultura, o nosso Brasil está no rumo do descobrimento da grande verdade, em que o Brasil será campeão na produção de alimentos. E tenho certeza de que, pelo seu estilo democrático, pelo seu estilo de fé, de compreensão e de respeito pelo entendimento que há no Brasil, nós haveremos de contribuir para um mundo de mais paz, para um mundo de mais amor, para um mundo de mais justiça.

            Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

            O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco/PT - AC) - Eu cumprimento V. Exa, ex-Ministro, Senador Pedro Simon.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Sr. Presidente, o Líder do meu Partido... O avião não conseguiu sair do Ceará. Ele estava vindo para cá correndo, e terminei falando eu, mas falando em nome dele, que, tenho certeza, seria bem melhor do que eu.

            Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Jorge Viana. Bloco/PT - AC) - Está justificado. Sabemos todos do compromisso do Líder do PMDB nesta Casa, o Senador Eunício, que, se pudesse, estaria aqui. Mas certamente está muito bem representado pela fala histórica de V. Exa, Senador Pedro Simon, que só o senhor pode fazer, pelos outonos que a vida já lhe deu de presente.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/04/2013 - Página 20493