Pela Liderança durante a 57ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pedido de esclarecimentos sobre a declaração de bens do Senador Jader Barbalho.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Pedido de esclarecimentos sobre a declaração de bens do Senador Jader Barbalho.
Publicação
Publicação no DSF de 25/04/2013 - Página 21342
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, AUTORIA, ORADOR, SOLICITAÇÃO, ESCLARECIMENTOS, DECLARAÇÃO DE BENS, JADER BARBALHO, SENADOR, ESTADO DO PARA (PA).

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srs. Senadores, sei que muito incomodo quando subo a esta tribuna, porque geralmente venho falar sobre corrupção.Tenho me empenhado ao máximo para combater a corrupção no meu querido Estado do Pará, na minha Pátria, no Estado de Nossa Senhora de Nazaré, a minha padroeira que me protege nesses longos anos em que eu teimo, teimo e teimo em combater a corrupção no meu País e no meu Estado.

            Há quantos anos não se abordava a corrupção na Sudam, aquele órgão que foi criado para desenvolver a Amazônia e que foi totalmente destruído pela corrupção?

            Senador Suplicy, há pouco tempo, eu li num jornal de Brasília que uma mãe, meu Senador Cyro, foi presa porque a filha pediu a ela para comprar um pão, um pequeno pão, na padaria, e ela, que não tinha dinheiro, teve que roubar aquele pão. Já citei esse exemplo aqui, mas falei de forma errada. A menina foi protegida pela mãe, que tentou acabar com a sua fome, mas a mãe passou mais de um ano presa. Ficou presa por mais de um ano, meu País querido, meu Estado querido, por causa de um pão!

            E aqueles paraenses, Brasil, que surrupiaram todo o dinheiro que foi enviado para o Pará, para o Amazonas, para o Acre, para o desenvolvimento da nossa Amazônia?

            Estou fazendo hoje, Senador Suplicy, o que prometi fazer ontem. Estou entrando com requerimento baseado no que preceitua o art. 215, inciso II, alínea “b”, do Regimento Interno, para que a Mesa esclareça a este requerente se consta na relação de bens apresentada ao Senado Federal pelo Senador Jader Barbalho, quando de sua posse para o mandato em exercício, a Rádio e TV Tapajós, que, hoje, consta como sendo de sua propriedade. Quero saber, meu querido Presidente, se o Senador a fez constar quando jurou ser leal a este Senado, quando jurou ser leal à Constituição. Quero saber se S. Exª foi realmente leal, quero saber!

            Olhei para trás sem querer e vi ali a minha esposa. Vejo ali meu filho de quatro anos de idade, que me abana agora de lá, e a minha filha de oito anos de idade.

            Vejam os meus queridos filhos e a minha esposa! Vejam a luta deste pai de família para ser respeitado por esses dois garotos, a menina e o menino! Quando entrar em sua casa, eles poderão dizer que viram este pai na tribuna do Senado lutando contra aqueles que surrupiaram a Pátria e o meu Estado.

            Sei que muitos não me entendem, sei que muitos me criticam, porque gostariam de me ouvir falar hoje sobre a inflação brasileira. Como posso deixar esse tema de lado, brasileiros?

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Já vou descer da tribuna, Sr. Presidente.

            Como posso fazer isso se, ao abrir o jornal no dia de hoje, vi, com o coração partido, com o coração aos pedaços, brasileiros e brasileiras, que os mensaleiros, aqueles que roubaram a Pátria, poderão não ser mais presos. Arruda foi preso, Maluf foi preso. Por que esses que compunham o PT não podem ser presos nesta Pátria? Os mensaleiros roubaram a Pátria, o Supremo Tribunal condenou-os. Por que não querem levar esses homens à cadeia?

            Por que não posso, aqui, questionar…

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - … aqueles que roubaram a minha terra, aqueles que se serviram da minha terra quando tinham (Fora do microfone.) a obrigação de servir à minha terra, não de se servir dela?

            Eis um paraense disposto, até as últimas consequências, a defender a sua terra e o direito do povo do Pará e do Brasil!

            Muito obrigado, meu Senador Suplicy.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/04/2013 - Página 21342