Pela ordem durante a 57ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Crítica ao pronunciamento do Senador Pedro Simon.

Autor
Jayme Campos (DEM - Democratas/MT)
Nome completo: Jayme Veríssimo de Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Crítica ao pronunciamento do Senador Pedro Simon.
Publicação
Publicação no DSF de 25/04/2013 - Página 21375
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • CRITICA, PRONUNCIAMENTO, AUTORIA, PEDRO SIMON, SENADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), REFERENCIA, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, PARTIDO POLITICO, ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL (ARENA).

            O SR. JAYME CAMPOS (Bloco/DEM - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero dizer ao Senador pelo Rio Grande do Sul que acabou de descer da tribuna que eu não participei da Arena. Não fui militante da Arena e, por sinal, não tenho preconceito com nenhum partido deste País. Muito pelo contrário, é o que nos permite a legislação eleitoral. Todavia, o Senador Simon deu entender que eu participei do Regime de Exceção neste País, Senador Pedro Simon. O Senador Jayme Campos tem cinco mandatos escolhidos pela vontade livre e soberana do meu querido Estado de Mato Grosso. E V. Exª está extremamente equivocado com a minha pessoa, quando se dirigiu a mim pelo fato de eu ter dito ao Presidente Jorge Viana, que estava no exercício da Presidência, que apenas colocasse o requerimento em votação, que é o instrumento mais democrático particularmente que eu entendo.

            Ilustre Senador Pedro Simon, tenho o maior respeito e admiração por V. Exª. Todavia, repito: eu não participei da Arena, não. Iniciei em 1982. Tive três mandatos de Prefeito da minha querida Várzea Grande. Fui Governador do meu Estado e, desta feita, Senador eleito com quase 70% do voto do povo mato-grossense.

            Portanto, essa carapuça que eventualmente, de forma pejorativa, V. Exª queria colocar sobre a cabeça do Senador Jayme Campos não cola.

            Com todo o respeito e admiração, quero dizer a V. Exª que sempre vou defender aqui, na Casa, minhas convicções. Não abro mão delas em hipótese alguma. Não participo de conchavo político. É bom que V. Exª entenda que eu sou livre e independente nesta Casa. Não compactuo com sacanagem, safadeza, malandragem e coisa alguma. Muito pelo contrário, todas as vezes em que eu voto aqui, faço-o de forma livre, sobretudo com a liberdade que a Liderança e a Presidência do Partido sempre me deram.

            Quero prestar este esclarecimento ao senhor e ao povo brasileiro, porque eu acho que a Arena já contribuiu para o processo democrático. Se foi no regime militar, se não foi no regime militar, isso não me interessa. O que vale é o voto, que, para mim, é sagrado, é consagrado pela própria Constituição Federal. Quem manda é o voto.

            Eu acho, particularmente, que eu não me senti - e ninguém se sentiu - ofendido aqui pelo que pedi: solicitei, para o bom andamento dos trabalhos da Casa, que o Senador Jorge Viana colocasse em votação o requerimento. E aquele que tivesse maioria ganharia aqui naturalmente. Isso é uma prática. Eu acho que é a coisa mais saudável.

            Entretanto, quero deixar bem esclarecido: não participei da Arena. V. Exª falou pejorativamente, achando que eu participei de regime de exceção, que eu participei da ditadura. Nada disso! Meus mandatos foram bem depois. E quero crer que V. Exª tem que respeitar, naturalmente, um Senador que está aqui com quase 70% dos votos do povo mato-grossense.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/04/2013 - Página 21375