O SR. SÉRGIO PETECÃO (PSD - AC. Para encaminhar. Sem revisão do orador) - Presidente, quero agradecer pela palavra.

            Primeiramente, Sr. Presidente, ouvindo atentamente o pronunciamento dos colegas Senadores e Senadoras, o PSD, o nosso Partido, o recém-criado PSD foi citado aqui na tribuna pelo nobre Senador Pedro Taques e por outros Senadores, pedindo que nós tivéssemos coerência.

            E aqui eu queria justiça. Poderia dar um voto totalmente diferente se meu Presidente, pelo carinho e respeito que tenho pelo Kassab, tivesse me ligado e me pressionado, pedindo, tentando direcionar o meu voto. Mas eu preciso fazer justiça ao Kassab. Ele não o fez. Não ligou, em momento algum me pressionou; e me deixou à vontade para dar o voto.

            Falou-se muito aqui na candidatura da Senadora Marina Silva. Eu tenho todos os motivos para defender esse voto aqui em prol da Marina. A Marina é do meu Estado, fomos criados juntos, sou amigo da família da Marina, lá da Cidade Nova, do seu pai, de seus primos, tenho todos os motivos para defender o meu voto por conta da Marina. Mas eu acho que a discussão não é Marina, pode ser a Marina, a Francisca, o Pedro.

            Eu não posso defender esse voto, eu tenho que ser coerente. A minha questão é de coerência, porque os momentos que passei junto com o Kassab e com os outros companheiros do meu Partido foram angustiantes: o partido sai ou não sai, libera ou não libera o fundo partidário, o tempo de televisão. Eu paguei um preço caro lá no meu Estado e por conta do PT, que dizia que o meu partido não ia sair.

            Então, este voto aqui não é contra ou favor do Governo, até porque não recebi pressão de ninguém. Eu estou votando com a minha consciência, com a coerência e com a felicidade que tive quando meu Partido foi fundado. As viagens, idas e vindas nesse País todo, o Kassab no Acre, no Amazonas, no País todo. Atravessamos muitas dificuldades para que hoje pudéssemos estar aqui com a representação do PSD no Senado e na Câmara.

            O meu voto... Tenho um carinho, respeito e desejo todo sucesso a você, Marina, você sabe disso. A Marina, num momento difícil, quando estávamos formando a Frente Popular junto com o Jorge e junto com o Anibal, estávamos juntos. Eu lembro que uma vez houve uma divergência muito grande e eu dei uma brigada com o Jorge, porque o Jorge sempre foi muito duro. Eu fiz uma aliança com o Bistene e a Marina foi falar com o Bistene e disse: “Devolva o meu Petecãozinho, Bistene, que ele é nosso.” E nós voltamos para a Frente Popular e continuamos juntos, sempre aliados ao Jorge. Hoje estou em outro campo político, respeito a posição, faço oposição ao PT no Acre. O PT do Acre é duro, é difícil.

            Mas quero aqui, Presidente, finalizar. Este voto aqui é pela coerência. Queria transmitir todo o sucesso, que a Marina possa ter a felicidade que tive. Não posso, de forma alguma, hoje fui beneficiado e agora vou fechar a porta para que outras pessoas não sejam beneficiadas.

            Eu sou uma pessoa que acredita que... O Senador Magno Malta foi feliz. Eu acho que os partidos que apareçam. Isso dá condições para que possamos consolidar a democracia em nosso País.

            Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.