O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr^a Presidente, Senadora Ana Amélia, coincidentemente, ontem, eu estava aqui fazendo um pronunciamento e V. Ex^a estava presidindo a sessão. V. Ex^a fica muito bem na Presidência.

            A SR^a PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco/PP - RS) - Cuidado, porque o Presidente Renan Calheiros não vai gostar disso.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco/PMDB - RO) - É um orgulho para as mães e para as mulheres!

            Sr^a Presidente, foi com grande satisfação e esperança que o povo de Rondônia recebeu a notícia, veiculada no final do ano passado, de que serão investidos cerca de R$7,3 bilhões no segmento de aviação regional em nosso País.

            Com previsão de 800 novos aeroportos a serem construídos no Brasil, projeta-se que cada município com até 100 mil habitantes deverá ter um aeroporto a, no máximo, cem quilômetros de distância da sua sede.

            Trata-se, Srª Presidente, de medida das mais necessárias e esperadas, notadamente para a gente do interior e de nossa Amazônia, cujas distâncias são muito grandes. Um país de dimensões continentais como o nosso, cujas distâncias impelem, não raro, dias de viagem terrestre, requer uma infraestrutura aeroportuária bastante ramificada e que atenda aos diversos pontos de nossa geografia, além de passagens mais baratas, porque elas estão muito, muito caras, principalmente para Rondônia. Se deixarmos para tirar uma passagem para Rondônia na última hora, ela pode chegar a até R$5 mil. Isso é uma loucura! É preciso colocar um limite nessa situação!

            Para os Estados da Amazônia, Srª Presidente, o plano de expansão da aviação regional assume relevância ainda maior. Nessa primeira etapa, mais de R$1,7 bilhão será investido em 67 aeroportos da Região Norte, objetivando melhorar, aprimorar e ampliar o acesso da população ao serviço de transporte aéreo regional e de média distância.

            Em Rondônia, Srª Presidente, será beneficiado o aeroporto de Porto Velho, que já está com superlotação. Tenho pedido também os fingers, aqueles túneis de embarque, que a grande maioria dos aeroportos em capitais já tem. Rondônia ainda não os tem, mas a Infraero está projetando para lá alguns fingers, alguns túneis de embarque desses, porque, no período da chuva, é muito difícil pegar um avião no pátio do aeroporto sem os túneis de embarque. Então, o aeroporto de Porto Velho será beneficiado.

            Também será beneficiado o aeroporto de Guajará-Mirim, que está interditado. É um aeroporto grande, que, neste momento, está interditado pela Aeronáutica devido a problemas na pista e na estação de passageiros.

            Será beneficiado o aeroporto de Ariquemes, que é a cidade do nosso Governador, Confúcio Moura, que foi Prefeito lá por dois mandatos. Estão até ampliando a pista agora, por conta do Estado, mas entrou também nesse programa de ampliação dos nossos aeroportos.

            O aeroporto de Pimenta Bueno também será beneficiado. É um aeroporto com pista já pavimentada, com balizamento noturno, o que veio a melhorar muito, e que será melhorado ainda mais.

            Também foi beneficiado o aeroporto de Vilhena, um aeroporto que recebe voos regionais da Trip, da Passaredo, o aeroporto de Ji-Paraná, centro do Estado, onde V. Exª já esteve, na feira Rondônia Rural Show, na sua primeira edição - a segunda será, agora, do dia 23 ao dia 26 de maio. É uma cidade que tem tido grandes eventos: as feiras agropecuárias que estão entre as maiores do norte do Brasil. Então, o aeroporto de Ji-Paraná é muito importante, também, e já está com problema, devendo ser melhorado.

            E o aeroporto de Cacoal, cidade que me acolheu quando fui para Rondônia, saindo do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, há 35 anos, onde fui vereador, com muito orgulho de ter representado o povo de Cacoal. Fui o primeiro vereador, da primeira legislatura, e o mais votado da cidade. Então, é uma cidade que amo muito, a nossa querida cidade de Cacoal, que também já tem voos regionais, da Azul, mas que deve ser melhorado ainda mais.

            Estamos pedindo ao Ministro da Aviação Civil, Ministro Moreira Franco, do meu Partido, à Anac, à Infraero e ao Governo que também coloque nesse programa de melhoria de aeroportos o aeroporto de Costa Marques, uma cidade de fronteira, uma cidade histórica do nosso Estado. O aeroporto já é pavimentado, mas tem uma pista ainda um pouco precária, que precisa ser melhorada, tanto a pista quanto a estação de passageiros de Costa Marques, uma cidade turística, uma cidade bela, muito agradável, cidade que a Deputada Marinha Raupp ama muito também, tanto Costa Marques quanto São Francisco, Seringueiras, Alvorada, toda aquela região da BR-429, São Miguel. Ela tem trabalhado muito pela pavimentação da BR-429. Já está em fase de conclusão. Uma obra de mais de R$400 milhões, que veio melhorar a vida daquele povo.

            Eu também colocaria aqui o aeroporto de Rolim de Moura, cidade onde fui Prefeito por duas vezes. O aeroporto tem uma pista grande. Comprei o terreno pela Prefeitura, fiz a primeira pista, que ainda é de cascalho, São dois mil metros de pista. Dá para pousar, numa emergência, até um Boeing. Mas ela ainda não está pavimentada e o aeroporto ainda não tem estação de passageiros. Então, estamos pedindo para colocar no plano, no programa, também o aeroporto de Rolim de Moura.

            E, por último, o aeroporto de Machadinho do Oeste, uma cidade na fronteira, quase que na tríplice fronteira com o Amazonas e o Mato Grosso, que vai receber, agora, uma usina, a Usina Tabajara, de 350 megawatts, e teve assentamentos do Incra, também em grandes proporções, com assentamentos de produtores rurais. Então, estou pedindo para que também seja incluído no programa o aeroporto de Machadinho do Oeste.

            Como representante de Rondônia, fico particularmente entusiasmado com esses novos e auspiciosos planos para a nossa infraestrutura aeroportuária.

            Desta tribuna, sempre lutei incansavelmente por recursos e projetos visando à estruturação dos nossos portos e aeroportos, absolutamente essenciais para a escalada de desenvolvimento de nossa região.

            O fato, Srª Presidente, é que o marco representado pela Zona Franca de Manaus, cujo polo de produção e distribuição acabou por desenvolver uma crescente infraestrutura regional, dá-nos a chance e a oportunidade de seguir esse ciclo de crescimento e progresso econômico da Amazônia.

            Quem vai a Porto Velho, hoje em dia, espanta-se com a velocidade dos novos empreendimentos, que, em todo momento, surgem em nossa capital, como, por exemplo, as usinas de Santo Antônio e de Jirau, que empregam mais de 30 mil trabalhadores. Foram treinados e capacitados mais de 12 mil trabalhadores, mão de obra especializada que, mesmo ao final das usinas, ficará em Porto Velho para outras empreitadas, para outros empreendimentos.

            Eu conversava recentemente com a Presidente Dilma Rousseff. Antes de ontem, conversei com ela num jantar na residência oficial da Vice-Presidência da República, o Palácio do Jaburu, e ela me disse que quer ir a Rondônia. O Governo do Estado planeja lançar o maior programa de investimentos na história de Rondônia. Serão investidos em torno de R$2 bilhões em obras de infraestrutra no Estado de Rondônia, em rodovias; em construções de delegacias de polícia, de presídios, de escolas, de hospitais; em asfaltamento urbano. Enfim, será o maior programa de obras da história do Estado de Rondônia. Ele será lançado em breve. E a Presidente Dilma Rousseff está fazendo questão de ir lá, para acompanhar de perto o lançamento dessas obras, desses investimentos.

            Esse notável e vertiginoso crescimento urbanístico de Porto Velho fez até com que a população reivindicasse a mudança do antigo Aeroclube para uma área mais afastada do centro, possibilitando sua ampliação e seu pleno funcionamento.

            A antiga área do Aeroclube, que é uma área da União e que deve ser repassada ao Município de Porto Velho, à Prefeitura de Porto Velho, é uma área de 78 hectares, no centro da cidade de Porto Velho, e vai ter outra destinação. Mauro Nazif, que foi Deputado aqui, no Congresso, foi eleito prefeito e está adquirindo outra área, para mudar de lugar o Aeroclube. Vai pagar R$3 milhões numa área, para mudar de lugar o Aeroclube, e vai ganhar uma área que está avaliada em aproximadamente R$50 milhões, que fica no centro da cidade e que tem 78 hectares, que vai ter outras destinações.

            Vai ser construído um centro de multieventos. Já coloquei uma emenda no Ministério do Turismo, que vai girar em torno de R$20 milhões. Já há R$9 milhões empenhados; devem ser empenhados os outros R$11 milhões. Nesse centro de multieventos, serão feitos os grandes eventos populares de Porto Velho.

            Possivelmente, ali também será construído o Centro Administrativo, com a Prefeitura e com as Secretarias da Capital, que estão em instalações precárias.

            Também será construído o estádio de futebol, porque, hoje, o nosso antigo estádio Aluízio Pinheiro, que é um estádio que serviu muito a Porto Velho, aos times de Porto Velho, está condenado. Suas arquibancadas estão, parcialmente, condenadas. Ele fica no centro da cidade, muito imprensado também. Será preciso haver uma área maior para se construir um novo estádio. Já estou trabalhando também num projeto para se construir um estádio novo em Porto Velho.

            Então, essa área vai dar para abrigar todos esses espaços, essa área do antigo Aeroclube.

            Obras, portanto, como a Ponte Binacional de Guajará-Mirim, que abre a porta do Oceano Pacífico para as nossas exportações, e as usinas de Jirau e de Santo Antônio, como já falamos, simbolizam e solidificam esse novo horizonte de crescimento e desenvolvimento para Rondônia.

            Nesse sentido, caros Colegas, o anunciado plano de expansão em nossa aviação regional terá especial relevância no desenvolvimento dos Estados do Norte, com reflexos diretos para o atual processo de crescimento em suas economias.

            Ademais, a ampliação de nossa infraestrutura aeroportuária, além de trazer mais conforto e segurança à população local, possibilitará um maior fluxo de mercadorias e serviços para a região e um intercâmbio maior não somente de caráter econômico, mas, sobretudo, de caráter social e cultural.

            É, portanto, com incontido entusiasmo que recebemos a notícia dos novos investimentos do Governo em nossa rede de aeroportos, movidos pela convicção de que tal medida representa um passo absolutamente decisivo em nossa escalada rumo ao progresso e ao desenvolvimento sustentável.

            Srª Presidente, para encerrar aqui minha fala, lembro que, ontem, falei desta tribuna sobre nossas rodovias. Eu vou a Rondônia, amanhã de manhã, para participar de outros eventos, em Theobroma, em Buritis, em São Francisco e em Seringueiras, com a Deputada Marinha Raupp e com o Governador Confúcio Moura. Na segunda-feira, vamos percorrer a BR-364, com o General Fraxe, com alguns técnicos do DNIT nacional e da seção do DNIT de Rondônia, com os Senadores Acir Gurgacz e Ivo Cassol, que são membros também, assim como eu, da Comissão de Serviços de Infraestrutura. Vamos percorrer o pior trecho da BR-364, que é o Lote 2, que já foi licitado. Foi dada ordem de serviço em setembro do ano passado, mas as máquinas só entraram ali no domingo passado. Como falei ontem na tribuna, isso gerou uma polêmica muito grande na Comissão de Infraestrutura, nesta semana, com o Presidente Collor, que é muito diligente.

            Quero parabenizar o Presidente Collor, porque, em todas as semanas, nas quartas-feiras, às 7h30, ele começa a reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura e tem feito, recebido e realizado relatórios frequentes das obras de infraestrutura de Rondônia. Os últimos relatórios que ele tinha recebido davam conta de que as máquinas já tinham entrado na obra, mas o Senador Acir passou por lá, no sábado, dia 4, e não havia máquina nenhuma. A ordem de serviço foi dada em setembro do ano passado, mas as máquinas entraram ali no domingo, dia 5. Olhem só: ele passou por lá no sábado, e as máquinas entraram no domingo. Então, não tinha como a Comissão saber que já havia máquina lá. Mas havia poucas máquinas, não a quantidade de máquinas de que falaram.

            Depois de segunda-feira, quero voltar a esta tribuna, para parabenizar o General Fraxe, Diretor-Geral do DNIT, o Ministro César Borges e toda a equipe do DNIT, pelo esforço e pelo empenho que estão fazendo, para resolver a questão das nossas BRs em Rondônia.

            Por último, quero, aqui, homenagear as mães. E eu começaria pelas gaúchas, por V. Exª, que preside esta sessão. A minha mãe não é gaúcha, mas mora no Rio Grande do Sul, em Capão da Canoa. Ela está com 83 anos e, graças a Deus, é muito forte, firme e forte! Não sei se ela está me assistindo neste momento. Ela gosta muito de assistir à TV Senado, para acompanhar as sessões e ver-nos falar.

            Então, quero, neste momento, render minhas homenagens a todas as mães do Brasil e de Rondônia. Este é um dia especial. Em meu nome e em no nome da Deputada Federal Marinha Raupp, que é mãe também, que é mãe da Cristiane, nossa filha, e do Valdir Filho, rendo homenagens a todas as mães do Brasil e de Rondônia.

            A mãe é a estrutura maior do núcleo familiar, é ela que sustenta os pilares da família. Então, quero, neste momento, homenagear todas as mães da tribuna do Senado Federal. Quero dizer que a mãe é um ser sagrado a quem Deus deu o dom de gerar a vida. Quero render todas as minhas homenagens à minha mãe e a todas as mães do Brasil, em especial às mães do meu querido Estado de Rondônia.

            Muito obrigado.