O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, três registros importantes eu quero fazer. O primeiro deles é que, no próximo final de semana, no sábado, a Itatiaia, uma indústria consistente de Ubá, Minas Gerais, pioneira e respeitada no ramo de móveis, armários de cozinha, há pouco mais de meio século, empresa pertencente a uma família de Ubá, cresceu no Brasil... Se toda dona de casa nunca teve um armário de cozinha Itatiaia, mas, pelo menos, sonhou e quis ter.

            A Itatiaia fez um empreendimento ousado, Sr. Presidente. Foi para o Espírito Santo, abriu uma nova fábrica, na região de Sooretama. Construiu uma grande fábrica no Espírito Santo, na cidade de Sooretama, uma pequena cidade entre Linhares e São Mateus.

            E aqui eu quero louvar a iniciativa da Prefeita Jô. Era Prefeita, dinâmica, trabalhando muito, e conseguiu levar a Itatiaia para lá, criou todas as condições. E ela precisa ser honrada nesse processo, visto que a Prefeita Jô, que envidou todos os esforços para gerar emprego naquela região, já não é mais a Prefeita. O Prefeito é o Sr. Ismael, que esteve na solenidade, que não deixa de ter os seus méritos.

            Mas chega ali uma massa salarial agora, porque são dezenas de empregos numa grande empresa que foi ali construir geladeira, fogão, micro-ondas. E, com esse novo projeto Minha Casa Minha Vida, que envolve eletrodomésticos no financiamento, certamente essa empresa vai crescer. E nós desejamos isso ao Dr. Victor, diretor presidente da empresa, que representa seus irmãos e familiares. À sua irmã, que esteve lá na inauguração da fábrica, nós desejamos sucesso. E que a fábrica cresça e gere mais dignidade e mais emprego para o nosso povo.

            O segundo registro que faço, Sr. Presidente, é com relação à CPI do Erro Médico, da negação dos direitos humanos na saúde, tanto entidades públicas quanto privadas. O Senado já votou, os partidos já fizeram a indicação, e eu não vejo, a sociedade brasileira não vê mais razão para não instalarmos essa CPI.

            Então, eu conclamo V. Exª.

            Esta Casa já passou por um processo em que foi obrigada a instalar a CPI dos Bingos, da qual fui autor, a mando do Supremo. E nós não temos necessidade de fazer isso. A CPI foi votada, foi indicada, partidos tiraram nomes, colocaram nomes, mas é preciso entender que não há como voltar atrás. E essa é uma necessidade da sociedade. É um clamor da sociedade brasileira que nós façamos, e façamos com muita urgência, Sr. Presidente, a instalação da CPI do Erro Médico.

            O Senador Humberto Costa foi indicado relator, fez um cronograma de trabalho, sentou-se comigo, e estou vendo tudo inviabilizado.

            O Senador Wellington, que tem todo o meu respeito, Líder do PT, me pediu uma semana, duas semanas, que ia movimentar os nomes; e uma semana e duas semanas, eu já estou sentindo que tem sido uma brincadeira comigo e com aqueles que aprovaram, que foi o Plenário desta Casa.

            Por isso, chamo a atenção. A partir de hoje, eu começo a falar todos os dias desse assunto, da instalação da CPI, porque estou me sentindo desrespeitado, porque é um direito, está no Regimento Interno, tem assinaturas, foi lido, foi constituída e agora precisa funcionar para defender os interesses de quem tem os seus interesses violados e que precisam ser respeitados, Sr. Presidente.

            Faço esse registro, aliás, dois registros que faço, que são muito importantes e peço a V. Exª que faça efetivar, espero que V. Exª tenha escutado o que falei a respeito da instalação da CPI, V. Exª que acabou de assumir a Presidência, é um clamor da sociedade brasileira. A CPI existe, não tem como dissolvê-la, para que não haja necessidade de que eu vá ao Supremo e diga: faça uma interferência no Senado, como foi feito na CPI dos Bingos, e ponha para funcionar alguma coisa que é do interesse da sociedade brasileira. Não vejo qualquer necessidade de que nós tomemos esse tipo de atitude.

            Foi enterrado ontem, Sr. Presidente, o Pastor Sóstenes, um ícone, um pastor, um homem de Deus, pastor da Assembleia de Deus em Brasília, que subitamente faleceu e foi sepultado ontem às 17 horas.

            Eu queria aqui me congratular com o povo de Brasília, com os evangélicos de Brasília, com o passamento do Pastor Sóstenes.

            Quero me congratular também com os milhares de líderes que vieram do Brasil inteiro, inclusive do Estado de V. Exª, tinha centenas de líderes aqui, do Brasil inteiro. Na minha visão, mais de 100 mil pessoas, eu que conheço movimentação de povo, aqui na Praça dos Três Poderes, para uma manifestação pacífica, mas mostrando à sociedade brasileira que o povo acordou e conhece os seus direitos e sabe da pluralidade dos diretos que lhe são devidos por conta da democracia, uma Constituição que nos permite ser contra ou a favor de qualquer coisa neste País.

            Quero felicitar mais uma vez o Pastor Silas Malafaia. Não era um evento de uma Igreja, não foi o evento de uma denominação, não foi evento de evangélicos ou de católicos ou de espíritas. Foram milhares de pessoas, que ainda estão lá, milhares de pessoas reunidas, de todas as confissões de fé, inclusive ateus, que acreditam na vida e querem defender os princípios da vida, e ali se juntaram numa manifestação pacífica, maravilhosa.

            O Governador Agnelo não terá nenhum problema na limpeza do local, porque lá não vai ficar papel de cocaína, não vai ficar bagana de maconha, não vai ficar guimba de cigarro nem lata de cerveja, e não houve nenhuma ocorrência policial. E esse povo ainda é discriminado.

            Ai deste País se não fosse a Igreja.