O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco/PSOL - AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu me manifesto no mesmo sentido. Sou o primeiro a dizer aqui, insistentemente, que esta é a Casa que deve receber a pressão popular. Isso deve ocorrer tanto aqui como na Câmara dos Deputados. Mas o espaço do plenário é o espaço do exercício da soberania popular, que é exercida pelos nossos mandatos, concedidos pelo povo dos nossos Estados, que nos designou para cá.

Já estão, Sr. Presidente, permita-me, passando um pouco do limite os excessos de lobby dentro do plenário. Aliás, em algum momento, nós já estamos sendo inibidos e intimidados até para falar! Inibidos e intimidados até para falar. Daqui a pouco vão falar no nosso lugar e talvez, quiçá, até votar.

            Então, Sr. Presidente, é urgente. Foi pertinente a questão de ordem levantada pelo Senador Aloysio. É urgente. Não quero me referir a um grupo, a uma corporação específica. Quero falar, como já disse o Senador Pedro Taques, de Ministério Público, de promotor de justiça, de policial federal, de delegado, de estudante, de qualquer um. Aqui, o espaço do plenário - e é o que diz o art. 182 - deve ser reservado, em especial, aos Parlamentares, aos Senadores e à assessoria designada e credenciada.

            Parece-me que foi importante essa votação. Nós assistimos e acompanhamos. Têm ocorrido, ultimamente, excessos. E todos os excessos ameaçam a democracia, principalmente o exercício do mandato por parte dos Parlamentares.

            Então, use, Sr. Presidente, uma tomada enérgica - esse é o termo que vou utilizar - de providência por parte da Mesa, por parte de V. Exª, porque, em alguns momentos, chega a estar intimidado e inibido o exercício dos nossos mandatos.