O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco/PSOL - AP. Sem revisão do orador.) - Rapidamente... Na mesma linha da Senadora Ana Rita. Acho que ela colocou o tom da questão. Não é nenhuma manifestação. Sou o primeiro a destacar: este tem que ser o espaço da pressão da sociedade. Este tem que ser o espaço da pressão pública. O que não pode é ter, primeiro, seleção de pressão. Ou seja, índio e sem terra são barrados na entrada, mas qualquer um que use paletó e gravata já tem acesso direto ao plenário. O que não pode haver é esse processo seletivo.

            Quando há audiência na Comissão de Direitos Humanos tem dificuldade de acesso. Mas todo aquele que se utiliza de lobby... E alguns lobbies não são legítimos. Aliás, a ampla maioria dos lobbies, que tem, inclusive, acesso ao plenário, não é legítima.

            E é importante dizer que, concretamente, o problema não são os servidores que nos assessoram, os assessores que nos acompanham. Não é esse o problema. Aliás, o problema não é o acesso ao Senado, que tem que ser acessível a todos, e indiscriminadamente. Não pode ter acesso seletivo de alguns e acesso controlado de outros. Não pode alguém, pelas prerrogativas da sua função e do seu cargo, ter acesso aqui e fazer pressão e lobby, e outros não terem.

            O que me parece que tem que ser disciplinado e organizado aqui é o acesso. E reitero, o problema não são os servidores, o problema não é acesso ao Senado, mas quando esse acesso compromete, intimida e inibe a atuação parlamentar.