O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesar de não ter sido consultado pelo Líder do Governo, Senador Eduardo - aliás, dificilmente ele me telefona e me consulta nos acordos -, eu, como sempre sou cavalheiro, atendo-o sempre bem, não vou discordar em se votar hoje o Fundo de Participação dos Estados, nem o ato médico.

            Só quero chamar a atenção para uma coisa: tive conhecimento fidedigno de que, dia 26, será votado na Câmara o projeto que tira o poder de investigação criminal do Ministério Público Federal. Isso é uma vergonha nacional, Presidente. Eu estou alertando aos Senadores de que esse projeto não poderá passar neste Senado. Tenho notícias também de que esse projeto está quase aprovado na Câmara. Nós, Senadores da República Federativa do Brasil, não podemos aceitar essa barbaridade, essa imposição do Governo em querer retirar a investigação criminal do Ministério Público Federal. Foi um avanço à República; avançamos muito nessa direção. Não podemos voltar atrás, Sr. Presidente. Isso é um absurdo, que a população brasileira não aceita e está falando nas ruas.

            Nós pecamos muitas vezes por aqui ao aprovar projetos semelhantes, que tiram o direito da população brasileira. Por isso está aí a revolta da população brasileira. Nós não podemos comungar com esse tipo de projeto. Nós não devemos aceitar essa imposição da Presidenta da República em querer tirar a atribuição maior do Ministério Público, que é a investigação criminal. Nem por sonho, Sr. Presidente!

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB - PA) - Nem por sonho nós vamos aceitar isso.

            Muito obrigado.