Discurso durante a 113ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem à cidade de Bragança, no Estado do Pará, pelos quatrocentos anos de sua fundação.

Autor
Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem à cidade de Bragança, no Estado do Pará, pelos quatrocentos anos de sua fundação.
Publicação
Publicação no DSF de 09/07/2013 - Página 44581
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, BRAGANÇA (PA), ESTADO DO PARA (PA), COMENTARIO, HISTORIA, REGIÃO.

            O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco/PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside a sessão do Senado; Srªs Senadoras; Srs. Senadores; amigos do Pará que nos veem pela TV Senado e que nos ouvem pela Rádio Senado, cumprimento, em especial, os queridos amigos e amigas de Bragança.

            Senador Paulo Paim, neste dia, assumo a tribuna do Senado Federal para festejar o dia de hoje, 8 de julho de 2013, em que o Município de Bragança, situado no nordeste do Estado do Pará, completa 400 anos. Era para eu estar lá, junto com o Governador Simão Jatene, que, neste momento, deve estar nos festejos de comemoração do 4º Centenário de Bragança, mas a obrigação de estar no Senado Federal para representar o Estado do Pará não me permitiu acompanhar o Governador Simão Jatene e o seu secretariado, que, tenho certeza absoluta -- e vou citar aqui mais na frente --, levam para Bragança várias obras importantes para o crescimento e o desenvolvimento econômico e social daquele querido Município.

            A origem do Município remonta, segundo estudos históricos, aos colonizadores franceses, que teriam sido os primeiros europeus a aportarem na região do Rio Caeté, numa exploração comandada por Daniel De La Touche. A expedição marítima de reconhecimento e conquista das terras da América, onde investigaram o litoral paraense, encontrou as terras já habitadas pelos índios Tupinambás. O evento ocorreu, portanto, três anos antes da fundação pelos portugueses de Santa Maria de Belém do Grão Pará, hoje a capital Belém, que foi estratégica para a reconquista de toda a região pelos portugueses, numa série de ocorrências que mostra o secular interesse estrangeiro pela Região Amazônica.

            Então, Belém, a capital do meu querido Estado do Pará, completa 400 anos daqui a três anos, e Bragança completa 400 anos no dia de hoje, 8 de julho de 2013.

            Já em 1640, consta o registro histórico de uma Vila de Caeté, no documento português “Descrição de Todo o Marítimo da Terra de Santa Cruz”, de João Teixeira, confirmando não só a existência do povoado, mas sua importante condição para a efetiva colonização das terras do litoral norte do Brasil, com o núcleo populacional chamado de Vila de Souza do Caeté. Por problema de comunicação com Belém, o povoado foi transferido para a margem esquerda do rio, onde está situada a cidade de Bragança. O antigo povoado, a Vila de Souza do Caeté, ficou conhecido como Vila Cuera ou Vila Que-Era.

            O desenvolvimento de Bragança é ininterrupto ao longo da história e atinge o seu período áureo quando ocorre a instalação da Estrada de Ferro Bragança-Belém, em 1908, que dinamizou a economia de toda a região nordeste do Pará e consolidou Bragança como polo de desenvolvimento nas mais diversas expressões, especialmente nas artes, na rica arquitetura e no bom nível educacional.

            Entre as várias expressões da cultura bragantina, talvez a maior delas, está a celebração da Festividade do Glorioso São Benedito, com a Marujada, que ocorre todos os anos no mês de dezembro, desde o final do século XVIII, e que é, sem dúvida, uma das maiores expressões da cultura popular brasileira. No último ano, a Marujada reuniu cerca de 150 mil pessoas no Município, fortalecendo a tradição e a cultura e promovendo o turismo da região.

            A atividade turística é uma das principais fontes de renda do Município, que alia perfeitamente a riqueza cultural com as riquezas naturais. Os pontos turísticos evidenciam essa característica. Por exemplo, entre os cartões-postais, Bragança exibe a bela Orla do Caeté; o Centro Histórico e o Largo de São Benedito, formado pela Igreja de São Benedito, reconstruída por volta de 1753 pelos jesuítas; a Praça Fernando Guilhon; a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário e diversos outros prédios históricos.

            Além -- é lógico, eu não podia deixar de citar -- do passeio pela história e pela arquitetura, Bragança abriga também uma das mais belas praias do litoral brasileiro, a praia de Ajuruteua. Também se destaca a Ilha de Canelas, um verdadeiro santuário ecológico com uma das maiores áreas de manguezal do mundo.

            Por isso, meus caros amigos e minhas caras amigas de Bragança, é que festejo da tribuna do Senado Federal o quarto centenário desse querido Município.

            O Governador Simão Jatene, que se deslocou até pela tarde de hoje e início de noite -- por isso, acho que ele se encontra ainda em Bragança --, leva nessa sua visita ao Município serviços e obras para atender à demanda, à necessidade de todos os bragantinos.

            Ali há uma escola secular. Era sonho de todos os bragantinos ver essa escola restaurada, a Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro. Ela está totalmente abandonada, e, hoje, o Governador Simão Jatene determina o edital para a sua restauração. E mais: será a Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro transformada num liceu de artes. E, aos fundos da escola, será construído um teatro, para atender à cultura de toda a cidade de Bragança.

            Além da restauração da Escola Monsenhor Mâncio Ribeiro, uma nova escola de ensino médio também será construída em Bragança.

            São cinco pontes, Senador Paulo Paim, que ligam Bragança até a praia de Ajuruteua, uma das mais belas praias, tenho certeza absoluta, do Pará e -- por que não dizer? -- do nosso País. Elas eram de madeira. Uma delas foi feita pelo Governador Almir Gabriel no seu governo passado e é de concreto. E, no lugar das quatro pontes de madeira, que hoje persistem, será autorizado pelo Governador Simão Jatene que sejam feitas pontes de concreto, facilitando o acesso à praia de Ajuruteua, facilitando o desenvolvimento do turismo e da economia do Município de Bragança.

            Há um sistema de água, para atender à cidade de Bragança.

            Há a construção de uma UIPP -- Unidade Integrada Pró Paz, para a segurança de Bragança, para atender à necessidade de dar apoio à juventude no esporte e na qualificação.

            Estes também são serviços que serão levados à Bragança: dois cais de arrimo, 2,5km de asfalto até o mirante. São obras, entre tantas outras, que hoje estão sendo feitas e estão sendo levadas pelo Governador Simão Jatene e seu secretariado.

            Temos aqui de defender, e não poderíamos deixar de fazê-lo, a instalação futura da Universidade Federal do Nordeste do Pará. Já conseguimos a criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Agora, é preciso que todos, que toda a Bancada que representa o Estado do Pará, unida, no Congresso Nacional, lute pela criação da Universidade Federal do Nordeste do Pará, com sede em Bragança, pelo desmembramento do campus da Universidade Federal do Pará (UFPA). Esse será, sem sombra de dúvida, um grande apoio para o desenvolvimento científico e profissional de toda a juventude não só de Bragança, mas de todos os Municípios que têm, como Bragança, um polo regional.

            Quero, ao finalizar, Senador Paulo Paim, requerer, nos termos do art. 222 do Regimento, ouvido o Plenário, que seja consignado nos Anais do Senado o voto de aplauso ao Município de Bragança, no Estado do Pará, pelo transcurso, no dia de hoje, 8 de julho, de seus 400 anos de existência.

            Requeiro, ademais, que esse voto seja encaminhado às seguintes autoridades: ao Prefeito de Bragança, Sr. João Nelson Pereira Magalhães; ao Vice-Prefeito, Sr. Nadson Francisco Guimarães Monteiro; ao Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Vereador Lenilson Azevedo Almeida, e aos demais Vereadores; e à Srª Ciane Barros, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Bragança.

            Eram essas, Sr. Presidente, Paulo Paim, as palavras que eu queria proferir no dia de hoje, festejando os 400 anos de criação do Município tão querido de Bragança, no Estado do Pará.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/07/2013 - Página 44581