Discussão durante a 110ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLC n. 3/2013 (n. 60/1999, na Casa de origem).

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLC n. 3/2013 (n. 60/1999, na Casa de origem).
Publicação
Publicação no DSF de 05/07/2013 - Página 42964

            O SR. JORGE VIANA (Bloco/PT - AC. Para discutir. Sem revisão do orador.) - Eu queria só, Sr. Presidente, num primeiro momento -- serei o mais rápido possível --, cumprimentar a Deputada Iara, a Deputada Jô Moraes, e dar um abraço, com os meus cumprimentos, na Senadora Ana Rita, uma companheira que é exemplo na nossa Bancada, dedicada aos temas sociais prioritariamente e à causa da mulher. Ela faz a nossa agenda se reencontrar com a agenda da sociedade brasileira.

            Todos os dias, em todos os veículos de comunicação, nós nos sentimos chocados com a violência contra a mulher, que segue Brasil afora, em toda a parte, em todas as regiões, em todas as classes sociais.

            Só aperfeiçoando a legislação, só fazendo isto que o Senado está fazendo hoje, dando sequência a um trabalho iniciado na Câmara, é que nós -- o meu querido Senador Walter Pinheiro cita, assim como eu o fiz, a Deputada Iara Bernardi, que tomou a iniciativa que está sendo acolhida aqui hoje -- vamos fazer com que o Brasil fique melhor. Não é possível que as mães brasileiras, que as mulheres brasileiras sigam vivendo permanentemente no medo, por conta da violência que está presente na vida das mulheres.

            Queria parabenizar também V. Exª por essa iniciativa de tentar fazer um apanhado de toda a agenda vinculada ao aparato que precisamos ter de instrumentos legais para combater a violência contra a mulher.

            Por último -- sei que faço isto em nome do Senador Cristovam e do Senador Rodrigo Rollemberg, que ainda há pouco estavam combinando aqui --,gostaria de prestar mais uma homenagem ao Jorge Ferreira.

            Jorge Ferreira é um irmão sinônimo de Brasília, a pessoa mais apaixonada pela vida que já conheci, um amigo, um histórico do PT, uma pessoa que militava em todas as áreas, especialmente na área cultural.

            Hoje foi um dia triste para mim aqui em Brasília. A geração dos últimos 30 anos de Brasília estava no cemitério, pessoas de várias gerações, homenageando Jorge Ferreira na hora de seu sepultamento, ele que carregava a memória dos últimos 30 anos de Brasília -- o Senador Cristovam, o Senador Rodrigo Rollemberg, o Senador Gim sabem muito bem, e a população de Brasília --, durante muito tempo.

            E o Senador Cristovam ontem comentava: “No dia em que nós votamos o Ecad, uma lei que cria condição melhor para a cultura, para a classe artística brasileira!”. O Jorge Ferreira foi, durante muito tempo, às Secretarias de Cultura, às políticas de cultura, ao Ecad, porque ele promovia a cultura aqui e fez de Brasília uma cidade que tivesse mais identidade cultural. Então, foi essa pessoa que nós perdemos.

             Brasília também era uma cidade sem mercado, e a maioria das cidades do mundo -- eu gosto muito disto -- nasceram em função de pequenos comércios que viraram mercado. Brasília não tinha; e ele fez um mercado. Eu até o ajudei um pouco; ia muito durante a obra.

            E o Jorge nos deixou…

            E eu faço questão de registrar, nos Anais do Senado, que lamentamos e damos toda acolhida à esposa dele, aos filhos, aos seus familiares e amigos, como já fez V. Exª, Senador Renan.

            Jorge Ferreira era a expressão viva da cultura em Brasília, da militância em Brasília, do amor por Brasília.

            Mas eu ouvi, uma vez, do Presidente Sarney, algum tempo atrás, quando eu me referia a Francisco Mangabeira, poeta, de cuja morte estamos celebrando 100 anos, o seguinte: “Os poetas nunca morrem”.

            Como o Jorge do Feitiço era um poeta e era um apaixonado pela vida, que ele siga, como poeta, alimentando o amor e a paz em todos nós.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/07/2013 - Página 42964