Encaminhamento durante a 115ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PRS n. 39/2013.

Autor
Wellington Dias (PT - Partido dos Trabalhadores/PI)
Nome completo: José Wellington Barroso de Araujo Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Encaminhamento
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PRS n. 39/2013.
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2013 - Página 45740

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, primeiro, para ficar claro o que estamos tratando.

            Nos anos 70 e 80, o Governo brasileiro, para comercializar com esses países, para vender produtos brasileiros para esses países, fez financiamento com o Banco do Brasil. O Banco do Brasil liberou recursos, beneficiando o Brasil, porque era para a compra. Na verdade era um dinheiro que foi para lá e voltou a partir da comercialização desses produtos. Para ficar claro, para ninguém deixar de entender. Nos anos 70 e 80, para ficar claro também que não é deste governo o financiamento.

            A exemplo do que aconteceu com o próprio Brasil e com outros países, as taxas naquela época eram muito elevadas. E o que é que está se fazendo aqui? Fazendo-se uma reestruturação da dívida, em que as taxas utilizadas são taxas próprias do mercado, de 2% ao ano, assim como financiamentos que estamos fazendo nesse instante para os nossos Estados, enfim, adequados à realidade do momento.

            Sr. Presidente, eu quero dizer que é preciso ter cuidado para a gente não caminhar para uma linha de preconceito contra os países africanos. Nós estamos tratando aqui de uma relação com países do continente africano, países dos quais, na verdade, o Brasil não está perdoando dívida nenhuma. Nós estamos reestruturando dívidas, dívidas que tiveram um sentido comercial para o Brasil. Naquela época era um regime de ditadura, mas eu quero reconhecer que, pela forma da operação comercial, houve um interesse brasileiro nesse ponto.

            Então, eu quero chamar a atenção. O meu Partido, Sr. Presidente, defende uma postura como essa, porque é isso que também cobramos de outros países. Há pouco tempo, há poucos anos, era o Brasil que cobrava do Fundo Monetário Internacional, que cobrava de Banco Mundial, que cobrava de Banco Interamericano que houvesse uma reestruturação das suas dívidas.

            E é por isso que também quero fazer a defesa. Defendo a aprovação. Parabenizo o Senador Ricardo Ferraço pela aprovação e quero defendê-la como uma postura correta do Governo brasileiro. Aliás, acho que o Brasil tem que adotar uma política com os países da América do Sul, com os países da África, com outros países, porque é assim que a China, os próprios Estados Unidos e a Europa fazem.

            Aqui, se um empresário brasileiro quiser comprar produtos da Alemanha, quiser comprar produtos de outros países, terá facilidade dos bancos deles para poder trabalhar o financiamento para os seus negócios.

            Então é esse o caminho. Nós temos que parar com essa coisa de tupiniquim. Nós caminhamos para ser um país desenvolvido. E um país desenvolvido tem que ter um olhar, de um lado, para o mercado interno e, de outro lado, para o mercado externo.

            Nós temos produtos em condição de comercialização para países da África, para países da Europa, dos Estados Unidos e da América do Sul, mas tem que haver um olhar especial para países como esses que estão colocados aqui, como o Congo.

            Era isso que eu queria defender e defender aqui a aprovação.

 

            (…)

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco/PT - PI) - Sr. Presidente, pela Liderança do PT, a orientação é pelo voto “sim”. Conclamo aqui as Srªs Senadoras e os Srs. Senadores que possam comparecer aqui, para que possamos proceder à votação. Pelo PT e pelo Bloco, a orientação é pelo voto “sim”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2013 - Página 45740