O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco/PSDB - TO. Para discutir. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            A priori, quero parabenizá-lo por trazer essa pauta neste dia em que há um jogo importante, nessa semifinal, da nossa Seleção Brasileira. Aqui, neste Parlamento, encontram-se todos os Senadores imbuídos com o mesmo intuito de discutir essa matéria. Assim, Sr. Presidente, quero parabenizá-lo.

            Parabenizo também o autor da matéria, o nosso brilhante Senador Pedro Taques, e o Relator, o Senador Alvaro Dias.

            Quero dizer, Sr. Presidente, que, para mim, hoje, é motivo de muita, muita alegria votar aqui essa matéria contra este mal do século chamado corrupção.

            Percebo e tenho dito sempre, Sr. Presidente, que a falta de transparência do uso do dinheiro público, a impunidade, as leis frouxas em relação ao crime de corrupção, de peculato e de outros são as causas da corrupção em nosso País. E digo que a corrupção passou a ser sistêmica, é maldita, é perversa, pois desvia o dinheiro público da saúde, da segurança e da educação e outros tão necessários investimentos que deveriam ser aplicados no desenvolvimento do nosso País e no bem-estar de toda a nossa sociedade.

            Cito algo interessante, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores: segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, são desviados aproximadamente R$200 bilhões de dinheiro público a cada ano, fruto da corrupção e da má gestão instalada em nosso País.

            Pois bem, Sr. Presidente, a corrupção, hoje, com esse projeto sendo aprovado - e acredito que será aprovado, imagino eu, por unanimidade nesta Casa -, será enquadrada como crime hediondo, o que vai, sem dúvida, coibir esse mal do século, que é tão danoso ao nosso País!

            Eu tenho formação em direito; há 20 anos, eu advoguei. E, hoje, então, verifiquei com mais carinho, Senador Pedro Taques, o significado da palavra “hediondo”, na parte semântica. E verifiquei que “hediondo” significa “profundamente repugnante”, “imundo”, “horrendo”, “sórdido” e “nojento”. Portanto, a corrupção não poderia ter outra denominação senão esta: crime hediondo.

            Pois bem, Sr. Presidente, a corrupção no Brasil, tenho dito, mata mais do que qualquer guerra no mundo, porque tira o dinheiro da nossa saúde, dos nossos hospitais, principalmente no Norte e no Nordeste desse País. Às vezes, não há um analgésico para tirar a dor de um cidadão ou de uma criança no Norte do nosso País.

            Era tão somente isso, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.