O SR. PAULO DAVIM (Bloco Maioria/PV - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, aproveito esta oportunidade para registrar que, neste momento, está havendo o encontro de lideranças médicas de todo o Brasil no auditório Nereu Ramos, onde se discute a Medida Provisória 621.

            São caravanas de todo o Brasil, lideranças médicas, sindicais, associativas e conciliais, até porque, a partir de amanhã, acontecerá, em Brasília, o Encontro Nacional de Entidades Médicas (Enem).

            V. Exª sabe que essa Medida Provisória 621 está preocupando a todos nós médicos do Brasil. É uma medida que nos foi apresentada de uma forma, na nossa avaliação, precipitada e até certo ponto atabalhoada; uma medida que não respeita as obrigações trabalhistas. É uma medida que impõe mudança no currículo médico, mas que em nenhum momento foi discutida com a categoria, com o Conselho Nacional de Educação, com as entidades médicas e com as universidades federais.

            Tudo isso está preocupando muito o segmento médico do Brasil, que tem 400 mil médicos e 105 mil estudantes de Medicina.

            Evidentemente, nós temos consciência, uma consciência plena de que precisamos contribuir e colaborar com o sistema público de saúde do Brasil, mas também não será dessa forma, de afogadilho, de uma forma açodada, que a gente vai conseguir aprimorar e melhorar a saúde pública do Brasil.

            Isso nos preocupa sobremaneira. Por isso mesmo, as entidades médicas, as maiores lideranças médicas do Brasil se encontram, agora, reunidas no auditório Nereu Ramos. Mais de mil profissionais estão lá, discutindo e externando a sua preocupação com essa medida provisória.

            Quero também, Sr. Presidente, registrar a presença, no nosso plenário, de Leonardo Nogueira, Deputado Estadual do meu Estado, que também é médico, que também está participando desse evento, com todas as lideranças médicas nacionais.

            Era só. Muito obrigado, Sr. Presidente.