O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco/PSOL - AP. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

            Envolto no debate ainda pouco da PEC nº 18, acabei não fazendo o justo destaque do que foram estas duas semanas, do que foram estes 15 dias de intenso trabalho. Nunca é demais ressaltar que ontem saímos daqui do Senado Federal por volta das duas da manhã, mas nada seria a quantidade, se não fosse a qualidade do que aqui foi apreciado. Já foi destacada e dita pelos diferentes Líderes a quantidade de matérias que nós aqui apreciamos.

            Por mais que façamos, nós não podemos ter a arrogância de dizer que estamos à altura do que está sendo reivindicado pela sociedade. A ação pública, a atuação, o exercício da função pública é, sobretudo, um sacerdócio. Então, tudo a ser feito sempre é aquém do que deve ser feito. Mas tem que ser reconhecido que temos avançado. E isso tem que ser reconhecido, em especial, pela nossa Casa vizinha. Neste nosso Parlamento bicameral, em muitos aspectos, temos avançado até mais do que a nossa Casa vizinha.

            Eu espero, por exemplo, que a Câmara dos Deputados aprove, o quanto antes, rapidamente, a proposta de emenda à Constituição que aqui apreciamos em relação aos suplentes, para que nós possamos tê-la promulgada o quanto antes e ter em curso, no texto da nossa Constituição, a nova redação sobre a figura do suplente de Senadores. Assim como, o quanto antes, a Câmara dos Deputados possa apreciar a nova redação sobre a iniciativa popular de lei, apreciada tão rapidamente por esta Casa.

            Obviamente, o que nós queremos, o que nós todos queremos, e sei que V. Exª, também, é que avancemos mais rapidamente. Por isso gostaríamos de ter apreciado agora a PEC do voto secreto, apresentada pelo Senador Paulo Paim. Não foi possível. Espero que nós consigamos fazer isso o quanto antes e que possamos ter o entendimento do conjunto dos companheiros Senadores, dos colegas Senadores. Isso é uma necessidade, inclusive, da sociedade brasileira.

            Quero sempre reiterar, a Presidente da República mandou uma mensagem propondo plebiscito para cá. Entre as questões da mensagem do plebiscito, ela propõe o fim do voto secreto. Então, nós temos que nos antecipar e dizer isso concretamente, apreciando a proposta apresentada pelo Senador Paulo Paim.

            Em especial, Senador Renan, eu quero fazer um registro aqui, e o registro não é no meu nome, é um registro que faço, e tenho certeza de que estou autorizado a fazê-lo pela música popular brasileira, que aqui esteve, na tribuna de honra do Senado, num dos mais belos e célebres momentos do Senado da República, num dos momentos, nessa tribuna de honra, que juntou diferentes atores da música brasileira, desde o circuito Fora do Eixo a Roberto Carlos, passando por Frejat, Caetano Veloso, Lenine e tantos outros, numa das maiores reuniões da história da música brasileira.

            E, com certeza, eles têm um reconhecimento a fazer a V. Exª, por ter pautado, por duas vezes, o PLS nº 129. Tenho certeza de que tão logo retornemos do recesso, a Presidente da República o sancionará, brindando a música brasileira com o que representará... Voltando do recesso, talvez não, porque é pouco provável que entremos em recesso. Mas, enfim, assim que se iniciar agosto, sancionando o PLS nº 129 e assim brindando a música brasileira com a conquista histórica do direito autoral.

            Eu tenho certeza, Presidente, do cumprimento. Nesse conjunto de matérias que concluímos ontem, na madrugada, entregamos aos trabalhadores brasileiros duas matérias da máxima importância: a anistia aos bombeiros e policiais militares que estiveram em uma das mais belas lutas pelos seus direitos e a anistia aos trabalhadores dos Correios.

            Então, sem dúvida nenhuma, nós vivemos duas semanas das mais produtivas da história do Senado da República, não tenho dúvida disso. E, em um ato de justiça, é necessário fazer o reconhecimento à condução de V. Exª, ao colégio de Líderes. E isso faço em nome da minha diminuta e pequeníssima bancada do Partido Socialismo e Liberdade.