O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Sr. Presidente, a minha fala também é ainda a respeito da recusa do Dr. Vladimir Aras. Até porque eu fui o Relator do Dr. Vladimir na CCJ. E eu sou muito cauteloso, Sr. Presidente, e muito cuidadoso, Senadora Lídice.

            A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco Governo/PSB - BA) - Certamente.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - E eu conheço o Dr. Vladimir. E no... Fiz a recomendação no meu relatório por uma praxe. Conheço esse Procurador; conheço o seu trabalho. Trabalhei no relatório dele. Não fiz alguma coisa a meia boca, a toque de caixa. E acho isso de um mau gosto muito grande, Sr. Presidente.

            Eu estava internado no Sírio Libanês - fiz uma cirurgia no pé -, assistindo à sessão do Senado. Eu fiz uma cirurgia no pé, estava assistindo à sessão do Senado e vi quando o Senado deu um tiro no pé. Ele simplesmente foi derrubado, simplesmente negaram o nome dele, com esse argumento tão flácido, tão pueril, de que ele é de Gurgel.

            Dizia aqui o Senador Pedro Taques: é de cada instituição. Assim como nós: onde tem trigo tem joio, onde tem joio tem trigo. A instituição não pode ser penalizada com esse tipo de raciocínio. Por isso eu lamento, repudio. Eu me senti desrespeitado no meu relatório, recomendando o Dr. Vladimir Aras, preparado, competente. Meu relatório foi aprovado por unanimidade. E vê-lo ser execrado neste plenário, ser negado aquilo que foi votado na CCJ e ver como, de maneira - dirigi-me ao Senador Pedro Taques - escura, atrás do painel, o meu relatório foi desmoralizado neste plenário.

            Reafirmo ao senhor e reafirmo ao Brasil que lamento, porque esse Procurador, Dr. Vladimir Aras, esse baiano, é preparado, competente e um homem de bem.