Pela Liderança durante a 152ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à gestão da saúde pública feita pelo Governo Federal; e outros assuntos.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Críticas à gestão da saúde pública feita pelo Governo Federal; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 11/09/2013 - Página 61911
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • APRESENTAÇÃO, VOTO, CONGRATULAÇÕES, ESTADO DO PARA (PA), INAUGURAÇÃO, HOSPITAL, CRITICA, GESTÃO, SAUDE PUBLICA, GOVERNO FEDERAL.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o tema que vou abordar hoje é a saúde no meu Estado. Vou falar para os meus queridos paraenses, os meus queridos irmãos do Pará, aqueles que são protegidos por Nossa Senhora de Nazaré, a nossa Padroeira Milagrosa.

            Antes, dizer o que eu penso sobre os aposentados, aqueles a quem o Senador Paim agora mesmo se referiu. Eu penso que a Presidenta Dilma não fará nada por eles, assim como o Presidente Lula, que prometeu nos palanques que iria fazer, ela não vai fazer. Nossos aposentados estão cada vez piores, cada vez mais maltratados e só há uma solução, Brasil: irmos para a porta do Palácio do Planalto e mostrar a situação de cada velhinho deste País à Presidenta Dilma. Talvez - talvez; talvez -, ela se sensibilize com a situação dos aposentados no Brasil.

            Escândalos, neste Governo, é o que mais existe. Vou deixar para amanhã para falar sobre os escândalos, que são vários. É muita coisa. Vou me inscrever para ter mais tempo. Ora, Brasil, novamente no Ministério do Trabalho. Novamente, Brasil! Isso é cinismo! A população brasileira não aguenta. Outro dia foi o Lupi, agora já é outro Ministro, são outros assessores! Será que não tem fim essa desonra, essa coisa nojenta que se estabeleceu neste País pelo Partido dos Trabalhadores? Meu Deus do céu!

            Mas, vou falar sobre meu Pará, meu nobre Presidente. Enquanto a Presidenta Dilma contrata médicos do exterior - que ninguém é contra... Ninguém é contra - duvido que alguém seja - aquilo que vem melhorar a situação de nosso País. Mas, parece-me que, com a atitude da Presidenta, com a contratação dos médicos de fora, ela parece dizer ao Brasil que resolveu a situação da saúde neste País.

            Presidenta, não são os médicos que vêm de fora que vão resolver a situação da saúde no Brasil. No Brasil, faltam hospitais; no Brasil, faltam equipamentos; no Brasil, falta infraestrutura de tudo, Presidenta, para funcionar o País e deixá-lo realmente compatível com aquilo que o brasileiro paga de imposto, que é mais de um trilhão e meio por ano.

            Eu quero ler aqui, inicialmente, um voto de congratulações ao Governador do Estado do Pará.

            Presidenta Dilma, no Pará, nós já fizemos mais de oito hospitais de média complexidade, com médicos, com equipamentos modernos, alta tecnologia. Sexta-feira, agora, convido-a, Presidenta, para Vossa Excelência ver o que é gestão, para Vossa Excelência ver que, quando o gestor é sério, é honesto, aparece o trabalho, a sociedade é premiada, a sociedade tem o direito de ter a saúde, a educação, o transporte, vias, aeroportos, enfim. Vamos inaugurar, Presidenta, a nova Santa Casa de Belém, o hospital mais moderno materno-infantil do Brasil - do Brasil, Presidenta! Sabe com que dinheiro, Presidenta? Com 80% do dinheiro do Pará, arrecadado naquele Estado pelo Governador Simão Jatene. É a mais moderna Santa Casa do Brasil, com 406 leitos, Presidenta!

            Só este ano, o Pará soma mais de mil leitos, Presidenta, mais de mil leitos com os novos hospitais. Em Belém, já foi construído o hospital metropolitano, um hospital de média complexidade, equipado, moderno. Em Santarém, cidades interioranas, hospitais com mais de 100 leitos - em Marabá, Redenção, Breves, Tailândia - estão sendo construídos. Recentemente, inaugurou-se mais um hospital na capital paraense, o Jean Bitar, com mais de 100 leitos; e o Hospital Abelardo Santos, numa cidade próxima a Belém, Icoaraci, com 240 leitos; o Hospital de Itaituba, 140 leitos; o Hospital Galileu, 120 leitos.

            Presidenta, é assim que se trabalha! Por isso eu quero deixar aqui...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) -... o agradecimento... Meu som, Presidente. (Fora do microfone.)

            Pelo que V. Exª observa, como eu, nós não temos quase Senadores aqui; então, deixe-me levar um pouquinho mais para não encerrar a sessão, não é? Quando chegar o próximo orador, aí V. Exª bate a campainha, e eu na mesma hora paro, está certo? (Pausa.)

            Então, como eu ia dizendo, paraenses, é preciso que o administrador, que o gestor não seja só um bom gestor, mas que ele seja honesto com o dinheiro público. Isso não se está vendo no Brasil dirigido pelo PT. No Estado do Pará - eu tenho que fazer justiça, como um Senador paraense -, o homem lá é um grande gestor, o Governador, mas ele também...

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) -... é honesto. Porque, quando o gestor é um grande gestor e não é honesto, as coisas não andam, a população sofre.

            Aí podem me perguntar: "Quando se conhece o gestor sério, trabalhador e honesto?" É fácil de responder; é muito fácil, Brasil; é muito fácil, Sr. Presidente, responder a essa pergunta. É só, em primeiro plano, observar o patrimônio de cada político. Essa história de dizer que, quando a gente assume aqui no Senado, quando a gente assume na Câmara, tem que trazer o imposto de renda, não. Não vou nessa. Não acredito nisso. Eu quero ver com meus próprios olhos o patrimônio de cada político. E olha, o melhor advogado do político... "Ah, porque político é ladrão, político é isso!" Lógico! A classe política está falida no País. Ninguém acredita em nenhum político. Para a população brasileira hoje, todos são mentirosos.

            Aqueles que se salvam se metem no mesmo saco de farinha, como diz o paraense, ou melhor, farinha do mesmo saco. Como é que se sabe? O melhor advogado de um político é o seu patrimônio. Não há advogado melhor do que o patrimônio real. Não adianta colocar no nome da mulher, do filho, da cunhada. Não adianta. Vejam o patrimônio de Simão Jatene, Governador do Estado do Pará.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Vejam o patrimônio do falecido Almir Gabriel, Governador do Estado do Pará. Vejam! E aí se tira uma conclusão de por que o Pará está recebendo obras na Saúde, obras na Educação, obras em todas as áreas. É porque, comprovadamente, há políticos que têm patrimônio acima da receita que podem ter. Como se chama isso? Você vê patrimônio, no Pará mesmo, em qualquer lugar do Brasil, em prefeituras... Você entra numa cidade interiorana e já vê o salário atrasado, mas o prefeito com carrão, com Mercedes. Esse já é ladrão, cara!

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Esse já é ladrão! Não precisa de nenhuma investigação. Coloque-o com o Mercedes dentro da cadeia! Há políticos que têm mais de R$200 milhões de patrimônio! Veja, Brasil! Há políticos que têm mais de R$200 milhões de patrimônio, Brasil! E ainda não fizeram nada com ninguém, Brasil! Nem os mensaleiros foram presos, Brasil!

            Aliás - já vou descer, Presidente, acho que já há oradores -, os jornais estamparam, olhe só em que país nós estamos, senhores e senhoras.

(Interrupção de som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - A imprensa notificou, Senador Alvaro, Senador Mozarildo, meu grande e eminente Senador Líder de Goiás, que estavam preparando um apartamento de luxo, com TV de 60 polegadas, HD, para uma possível - possível - prisão dos mensaleiros. Estava tudo sendo organizado. Se a imprensa não fiscaliza, o Dirceu ia para lá, o Genoíno ia para lá, escrevia um livro durante o ano da prisão dele e depois ia vender o livro. Ainda ia sair rico.

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Prisão de luxo. É verdade, Mozarildo. Parece incrível. Parece mentira. É inacreditável o que acontece neste País, hoje.

            Tenho medo. Tenho medo, já dizia uma atriz cujo nome não lembro agora, uma atriz famosa. Não me veio à cabeça agora. Na época em que o Lula era candidato, ela dizia: “Tenho medo”. E foi altamente criticada. Não sei se vocês lembram o nome dela. Foi altamente criticada.

            Hoje digo, nesta tribuna, como Senador, representante do Estado do Pará: eu tenho medo do que está acontecendo.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Eu tenho medo do que está acontecendo. Eu tenho medo do que eu vi no dia 7 de setembro. Eu nunca dia visto um 7 de Setembro tão negro para o nosso País, quando nem a liberdade de desfile tiveram as pessoas para poder desfilar.

            Será, Brasil... Eu não gosto de pensar nisso, mas será que nós começamos uma guerra civil neste País? Tomara que eu esteja falando besteira.

            Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/09/2013 - Página 61911