Pela Liderança durante a 158ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o provável reconhecimento, por parte do STF, da possibilidade de interposição de embargos infringentes na Ação Penal nº 470; e outro assunto.

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
JUDICIARIO.:
  • Considerações sobre o provável reconhecimento, por parte do STF, da possibilidade de interposição de embargos infringentes na Ação Penal nº 470; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 18/09/2013 - Página 64141
Assunto
Outros > JUDICIARIO.
Indexação
  • EXPECTATIVA, VOTAÇÃO, JULGAMENTO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), ADMISSIBILIDADE, EMBARGOS INFRINGENTES, AÇÃO PENAL, RELAÇÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO, PAGAMENTO, MESADA, CONGRESSISTA, TROCA, APOIO, GOVERNO FEDERAL.

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Parabéns, Camboriú!

            Srª Presidenta, aproxima-se amanhã, brasileiros e brasileiras, paraenses da minha terra, de Nossa Senhora de Nazaré, aproxima-se amanhã, o dia da Nação.

            O Supremo Tribunal Federal, a entidade, o órgão de maior credibilidade deste País, digo porque este Senado sofre uma descrença, assim como a Câmara, pior descrença ainda. Olhem e calculem, Brasil, estudantes, jovens deste meu País, a Câmara há poucos dias decepcionou o País mais uma vez, colocando na sua lista de Deputados um prisioneiro, um condenado, um político que já estava preso. E a peso de uma democracia disfarçada, de uma ditadura branca, em que o País vive, que manda em todos os Poderes, que enfraquece, fragiliza o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, com este Senado ainda militando, ainda atuando, encobrindo os votos dos seus Senadores e Senadoras.

            Entrarei na Justiça. Eu quero mostrar o meu voto àqueles que confiaram em mim.

            Eu não aceito mais votar secretamente, e este Senado ainda teima nessa desmoralização, nessa excrescência absurda que mostra para defender os interesses da Presidenta Dilma.

            Amanhã, Dilma, tu vais dar a facada final na Pátria, tu vais desmoralizar a última instituição em que o Brasil acredita, que é o Supremo Tribunal Federal. Amanhã a Pátria deve estar em silêncio, amanhã é um dia histórico, amanhã o País pode se fragilizar de uma vez por todas.

            A imprensa brasileira, hoje a maior fiscalizadora dos atos irregulares dos políticos, essa vibrante imprensa, essa moralizadora imprensa brasileira, diz no dia de hoje que o Ministro certamente votará contra a Pátria. Calculem, brasileiros e brasileiras: os mensaleiros não irão para a cadeia! Pensem, brasileiros e brasileiras, jovens universitários, o País passa por uma fase dramática; as instituições, meus queridos jovens, estão fragilizadas e, com isso, a Pátria está fragilizada.

            Aqueles que são apadrinhados pelo Governo - e eu disse aqui dezenas de vezes - não irão ser punidos. O Governo apadrinha, o Governo protege, o Governo desmoraliza as Casas Constitucionais, mas o Governo quer mandar neste País. Aliás, quer mandar, não, Brasil; o Governo manda.

            Rui, meu querido Rui, como deve estar decepcionado. Ele tinha razão, principalmente agora com a provável desmoralização feita pelo Governo, instituída pelo Governo, provocada pelo Governo ao Supremo Tribunal Federal! Tudo armado, tudo programado, tudo esperado no seu devido tempo, para que a Pátria, o nosso querido Brasil, não tivesse mais forças nos seus Poderes.

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - É o meu Brasil, é o seu Brasil que amanhã será desmoralizado.

            Rui, naquela época, que acho ser bem semelhante a esta, disse uma frase que se eternizou, e vou repeti-la aqui hoje, às vésperas de uma grande decepção nacional. Rui falou: “De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra”...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - ... “desanimar-se da justiça”... Senadora, eu estou sem som. (Fora do microfone.)

            Vou ler a frase de Rui, pois eu acho que eu estava sem som quando comecei a ler. Indignado, decepcionado com a justiça naquela época, como eu agora, que tanto lutei e que, por bondade dos paraenses, cheguei a esta tribuna, me sinto decepcionado e desesperado com a situação da Nação.

            Este Senado não pode e não deve mais esconder voto de Senadores e de Senadoras. Eu vou abrir o meu voto e vou à Justiça em todas as ocasiões em que houver votação aqui. Seja o que for, dê no que der, eu vou abrir o meu voto daqui por diante. Não esconderei mais o voto dos paraenses. Não esconderei mais o voto, Nação brasileira!

            É uma vergonha o que acontece hoje na Nação. A que ponto levaram a Nação esses petistas! Os incompetentes petistas, a que ponto levaram a Nação, na ânsia, na covardia, na indignidade de estar sempre no poder, fazendo trapaças e mentiras. Afundaram a pátria!

(Soa a campainha.)

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA) - Já vou descer Presidenta. Muito obrigado pela sua bondade.

            Rui, tu disseste muito bem: “De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus [e aqui ponha-se PT] o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se de justiça e ter vergonha de ser honesto”.

            Estava certo Rui Barbosa. Parece até que tu sabias que um dia a pátria ia estar como está hoje.

            Haveremos, brasileiros, de lutar por aquilo que nós amamos, que é a nossa pátria. Não podemos baixar a cabeça, não podemos entregar o País na mão daqueles que não têm competência para governá-lo. O País pertence a cada um de nós. O amor que dedicamos a ele é tão grande quanto aquele que dedicamos a nossa família. Vamos defender a pátria, vamos defender a Nação, custe o que custar, doa a quem doer.

            Ministro Celso de Mello, vou rezar hoje à noite, pedindo a Nossa Senhora de Nazaré que mude o seu voto e que você condene os mensaleiros que tanto roubaram esta pátria.

            Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/09/2013 - Página 64141