A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco Apoio Governo/PSB - BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Eu voto aberto, a favor do nosso Procurador, mas, Presidente, eu queria apenas entender, porque estava muita zoada, muito barulho. Eu não consegui entender qual o encaminhamento para a PEC da Música. Pelo que eu ouvi, houve um apelo do Senador Inácio para que nós pudéssemos votar amanhã, sem atropelos.

            Por que sem atropelos? Porque na semana passada nós interrompemos. Nós não temos nenhum interesse em causar constrangimento ou dificuldade à Bancada do Amazonas. Pelo contrário, nós queremos conduzir no sentido de caminharmos para um acordo que represente a maioria da posição do Senado, mas também que possa acolher as dificuldades dos Senadores do Estado.

            No entanto, eu não estou entendendo por que nós não podemos votar amanhã, já que, amanhã, nós temos uma pauta praticamente livre, e eu tenho certeza, pela consulta que já fiz aqui, de que há concordância da maioria das Lideranças, pelo menos das que já consultei, dos principais partidos.

            Por isso, Sr. Presidente, eu quero apenas entender o porquê de não podermos votar amanhã. Apenas isso.

            Inclusive, já que não vai, imagino, haver mudança de posição do Senado de uma votação para outra, uma mudança tão radical, eu creio que acabar com o sofrimento daqueles que estão se sentindo prejudicados é melhor de uma vez só do que prosseguirmos numa dose homeopática de sofrimento cada vez maior.

            Portanto, eu gostaria de apelar apenas para que V. Exª explicasse, porque eu, realmente, não ouvi. Digo-lhe com sinceridade. (Palmas.)

(Soa a campainha.)

            O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. Bloco Maioria/PMDB - AL) - Eu queria só, mais uma vez, explicar à Casa que, para nós mudarmos a Constituição, nós precisamos de 49 votos “sim” no Senado Federal.

            A Presidência, em todos os momentos, se empenhou para que nós aprovássemos essa proposta de emenda à Constituição. Em todos os momentos. E, na votação do primeiro turno, na semana que passou, eu fiquei aqui com um problema na mão, tendo que delongar a sessão para que essa matéria não caísse por falta de quórum, e ganhou apenas por um voto.

            Então, em nome de que nós tenhamos uma votação pacífica, sem resistência, a votação foi marcada para terça-feira. É o compromisso que eu assumo, mais uma vez, com os Líderes e com a Casa.

            A SRª LÍDICE DA MATA (Bloco Apoio Governo/PSB - BA) - Presidente, apenas uma pequena correção daqueles que se acham prejudicados, porque eu tenho o convencimento de que o Senado não votou achando que está prejudicando alguém. Votou com a consciência de que não há prejuízo algum para Estado brasileiro algum com a PEC da Música.