Pronunciamento de Roberto Requião em 18/09/2013
Discussão durante a 159ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Referente ao PLS n. 141/2011.
- Autor
- Roberto Requião (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PR)
- Nome completo: Roberto Requião de Mello e Silva
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
-
Outros:
- Referente ao PLS n. 141/2011.
- Publicação
- Publicação no DSF de 19/09/2013 - Página 64596
- Assunto
- Outros
O SR. ROBERTO REQUIÃO (Bloco Maioria/PMDB - PR. Para discutir. Sem revisão do orador.) - Srs. Senadores, há dois anos e meio estamos discutindo esse projeto de direito de resposta. Depois que o Supremo acabou com a Lei de Imprensa, do tempo da ditadura, a cidadania ficou desguarnecida diante dos ataques da imprensa. Calúnia, injúria e difamação se sucedendo.
Eu mesmo tenho experiências terríveis. Quando fui Relator da CPI dos Títulos Públicos e denunciei bancos, denunciei doleiros, recebi o presente de três ou quatro páginas da Veja me caluniando, de uma forma absurda. Inverdade sobre inverdade.
O conceito que tenho, no País e no meu Estado, me blindou, do ponto de vista eleitoral, e a minha carreira política continuou em ascensão, mas nunca consegui uma resposta nas páginas da Veja. As dificuldades são enormes. Foros das sedes das empresas dificultam a possibilidade das respostas.
Hoje, ainda, eu tenho, Sr. Presidente, um caso extremamente desagradável. Vi, agora há pouco, na internet, que um tal de Lauro Jardim, da Veja, publica sobre mim uma notícia de que, ontem, na reunião da Bancada do PMDB, eu teria dito à Bancada que votaria pela queda do veto do FGTS e que, posteriormente, teria dito à Ministra Ideli que a Bancada inteira iria votar com o Governo.
Se esse Lauro Jardim é um crápula, que ele não me meça pelo seu metro, porque crápula eu não sou.
É uma tentativa continuada de destruição da imagem dos políticos. Notícias como essas se sucedem, e nós precisamos de uma vez por todas resolver esse problema.
Esse projeto foi aprovado por unanimidade na CCJ. Teve um recurso para o plenário. Veio para o plenário. Um grupo de Senadores colaborou de forma extremamente positiva. Ele foi melhorado, e a versão final, apresentada pelo Senador Pedro Taques, satisfaz os objetivos iniciais do projeto e garante, de forma inequívoca, o restabelecimento do direito de resposta no País.
Não é censura. A imprensa deve ter a mais absoluta liberdade, mas é absolutamente necessário também que as pessoas agredidas possam exercer o contraditório.
A minha recomendação aos meus companheiros do PMDB e aos demais Senadores presentes nesta Casa é a aprovação, na íntegra, do relatório do Senador Pedro Taques.
E eu, posteriormente, pedirei aos companheiros do meu partido, do Partido dos Trabalhadores, que já se manifestou favorável ao projeto, que providenciem um pedido de urgência para a tramitação na Câmara Federal, com a certeza e a firme convicção de que esse período desabrido de agressões da imprensa brasileira, sem resposta, começa a ter um fim nesta sessão.
Agradeço o tempo e reitero o pedido de aprovação.