O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco Apoio Governo/PSB - DF. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu entendo que está faltando um pouco de equilíbrio neste debate.

            Em primeiro lugar, é importante registrar que a Presidenta Dilma tem razão quando diz que não é possível comparar as condições do DOI-CODI com as condições da embaixada brasileira na Bolívia. São duas coisas completamente diferentes.

            Nós também não podemos condenar a atitude corajosa e humanitária do Diplomata Eduardo Saboia, movido pelos maiores interesses, os mais legítimos interesses, interesses que têm pautado a diplomacia brasileira ao longo da história.

            O Diplomata Eduardo Saboia, formado aqui, na Universidade de Brasília, é conhecido e reconhecido pela sua seriedade, pelo seu espírito público. Aliás, é de tradição, pois ele é filho de um grande embaixador, Gilberto Saboia, que foi embaixador brasileiro em Haia, que foi da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, e, desde o berço, aprendeu as suas noções e o seu compromisso com os direitos humanos.

            É fato que tivemos uma ação arriscada, mas é importante virem à tona as condições objetivas em que se deu essa questão, para que possamos, aí sim, fazer um correto juízo de valor. Se foi uma manobra arriscada - e, certamente, foi uma manobra arriscada, o que demonstra aí a coragem do diplomata -, imaginem a pressão a que estava submetido esse diplomata, até com ameaça de suicídio do Senador boliviano.

(Soa a campainha.)

            O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco Apoio Governo/PSB - DF) - Entendo que devemos colocar essa questão na sua devida dimensão, evitando excessos de parte a parte, mas sabendo reconhecer o gesto humanitário e corajoso do Diplomata Eduardo Saboia, que honra a diplomacia brasileira.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.