O SR. ANIBAL DINIZ (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado pela gentileza de V. Exª.

            Antes de iniciarmos a Ordem do Dia, eu gostaria que ficasse registrado nos Anais do Senado que, no dia de hoje, 28 de agosto, aconteceu o famoso discurso de Martin Luther King nos degraus do Memorial Lincoln, em Washington.

            Há exatos 50 anos, Martin Luther King, um dos mais importantes expoentes do movimento dos direitos humanos nos Estados Unidos e no mundo, fez o famoso discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho). No dia 28 de agosto de 1963, Martin Luther King falou a milhares de americanos no evento conhecido como Marcha de Washington pelo Trabalho e pela Liberdade. Ali, ele defendeu a igualdade de direitos para todos, diante de cerca de 250 mil pessoas.

            Nesta quarta-feira, os Estados Unidos fazem várias celebrações para comemorar o aniversário desta data. O Presidente norte-americano, Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América, preparou um discurso para ser proferido exatamente no mesmo local onde Martin Luther King falou e entrou para a história, ao mobilizar grandes massas por melhorias sociais e pressionar por direitos civis.

            Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, em 15 de janeiro de 1929, e morreu assassinado em Memphis, no dia 4 de abril de 1968. Identificava-se com o movimento pacífico fundado por Mahatma Gandhi, o da não violência. Discursou várias vezes contra a guerra do Vietnã e contra o sistema de casta racial, que foi presente na legislação norte-americana até 1964; lutou em defesa dos direitos sociais para os negros e as mulheres; combateu o preconceito e o racismo e sempre defendeu uma luta pacífica para construir um mundo com igualdade de direitos sociais e econômicos.

            Do final da década de 60 para cá, muitos avanços sociais na igualdade racial e social foram conquistados, não só nos Estados Unidos como no Brasil. No entanto, assim como lá, ainda enfrentamos o preconceito e as barreiras sociais e econômicas que mantêm desiguais a renda média, a educação e as oportunidades de trabalho para comunidade afrodescendente.

            As famosas palavras “Eu tenho um sonho” são ainda tão atuais como eram quando foram proferidas. Martin Luther King foi e permanece um ícone na defesa dos direitos humanos, um símbolo que ultrapassou as fronteiras físicas de um país para se tornar um exemplo mundial de luta e resistência pacífica.

            Por esse legado memorável, faço hoje essa breve homenagem, movido pela esperança de que o seu sonho, revelado há 50 anos, possa um dia tornar-se a conquista de todos nós brasileiros e de todo o Planeta.

            E que sejam muito bem-vindos os médicos estrangeiros para ajudar os brasileiros dos mais diferentes Municípios do País. E, ao mesmo tempo, que possamos dar um basta ao preconceito e receber, de braços abertos, a todos que vierem contribuir com a saúde do povo brasileiro.

            Muito obrigado.