Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLS n. 441/2012 (turno suplementar) [apreciação da Emenda n. 2-PLEN].

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLS n. 441/2012 (turno suplementar) [apreciação da Emenda n. 2-PLEN].
Publicação
Publicação no DSF de 17/09/2013 - Página 63747

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, poucas vezes tenho concordado com os ideais e as posições do Senador Humberto, mas, neste caso, S. Exª tem total apoio deste Senador. Não tem que haver limite, Senador Jucá. Não há limite nenhum. Qualquer limite que se criar nessa lei beneficiará os ricos; qualquer limite. E voto é voto, Senador. V. Exª pode perder por um voto, dois votos, três votos. Isso normalmente acontece em eleições. Às vezes, se perde por um voto.

            Então, não tem que haver limite, não. O Senador Humberto Costa tem toda razão. Temos que voltar a discutir essa questão. Não podemos concordar com isso. Não podemos! Um eleitor, uma eleitora faz diferença em uma eleição.

            V. Exª, Senador Jucá, não está correto com a sua colocação.

            O Senador Humberto tem toda razão, total e absoluta razão! Temos de voltar a discutir este tema. É de suma importância para as eleições, Senador Renan Calheiros.

 

            […]

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Presidente Renan Calheiros, nós vamos hoje terminar com aquilo que se chama malandragem na política. Esta é uma das malandragens que existem na política brasileira: o burguês, o rico aí se beneficia exatamente porque tem mais dinheiro do que aquele candidato pobre.

            Vamos com isso acabar na noite de hoje. Alguns oradores que me antecederam no início desta sessão disseram que essa minirreforma não era tão importante. Olhe e veja a importância desta minirreforma! Mesmo sendo mini.

            Nós estamos mostrando à sociedade que nós estamos mudando aos poucos. Este é um dos pontos principais dessa reforma: acabar com esse tipo de malandragem. Quem tem dinheiro pode se eleger, quem não tem não se elege, porque não pode comprar cabo eleitoral. Acaba-se com a malandragem na noite de hoje.

 

            O SR. MÁRIO COUTO (Bloco Minoria/PSDB - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu sei do seu esforço, sei que V. Exª pretende a moralização desta Casa e está trabalhando para isso. Sr. Presidente, ninguém pode mostrar à Nação a nossa fraqueza nesta noite, quando se derruba todo o trabalho de V. Exª, que está trabalhando pela moralização deste Senado!

            Se a gente aprova essa lei como está, como foi redigida, está tudo bem! O Senador Humberto colocou a ideia, mas a redação do Senador Humberto não está perfeita, como pensei antes.

            Agora, irmos para casa, Senador, e aprovar a matéria como está, dizendo ao povo brasileiro e à Pátria que os cabos eleitorais podem continuar a ser contratados nas eleições, é o mesmo que dizer que a desigualdade neste País continua, que os mais pobres são engolidos pelos mais ricos!

            A ideia do Senador Romero Jucá é uma ideia menos má, mas é uma ideia que não pode ser votada pelos Senadores, porque é uma vergonha se continuarem sendo contratados cabos eleitorais nesta Pátria! Isso é uma vergonha! Usando uma palavra chula, isso esculhamba sua administração, Senador Renan Calheiros!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/09/2013 - Página 63747