Discurso durante a 157ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Referente ao PLS n. 441/2012 (turno suplementar) [apreciação da Emenda n. 2-PLEN].

Autor
Kátia Abreu (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/TO)
Nome completo: Kátia Regina de Abreu
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Outros:
  • Referente ao PLS n. 441/2012 (turno suplementar) [apreciação da Emenda n. 2-PLEN].
Publicação
Publicação no DSF de 17/09/2013 - Página 63751

            A SRª KÁTIA ABREU (Bloco Maioria/PSD - TO. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, eu gostaria de reiterar o que disse o Senador Cássio, ressaltando que ele está completamente certo.

            Pode ser que o Senador Humberto Costa tenha tido uma outra intenção, mas o que está escrito no texto é a compra de voto explícita nas próximas eleições, sem limites, mediante um recibo, um papelzinho qualquer como recibo e a identidade.

            O que estamos pretendendo, Sr. Presidente - e, inclusive, inicialmente foi uma emenda que apresentei ao Senador Jucá -, na realidade, limitava em 0,5%, de acordo com o percentual de eleitores, mas os colegas acharam pequena a contratação e chegaram a até 1%.

            Pergunto para este Brasil: quem é que pode ter militância sem ter aqueles que são pagos, contratados profissionalmente, para fazer o trabalho de divulgação do nome? O candidato a prefeito, o candidato a governador tem um tempo na televisão razoável para se manifestar e se popularizar diante do eleitor, mas e as centenas de candidatos a vereador, a deputado estadual ou deputado federal, que precisam ir às casas e nem sempre conseguem ir pessoalmente a todas as casas?!

            Então, existe um número enorme de funções numa campanha, não só na hora de entregar o santinho nas portas, mas nós temos a manifestação pública, a manifestação na rua, a vida da campanha, para que o eleitor, que tem mais o que fazer, possa ter pelo menos um espaço para lembrar que existe uma eleição naquele Município e naquele Estado. Isso porque, se nós não tivermos entrega de santinho, se nós não tivermos quem empunhe as bandeiras dos partidos, é melhor não haver eleição, Sr. Presidente. Talvez a população até se sinta mais gratificada neste momento. Mas não existe vida sem política, e nós temos que dar, sim, a oportunidade de as pessoas se regularizarem, de haver limites de contratação e não aumentar de forma exorbitante, como tem sido feito ao longo do tempo.

            Não que nós, às vezes, queiramos que haja muitos cabos eleitorais, mas, em face da pressão do eleitor, do pedido, da exigência da contratação, às vezes, os candidatos fraquejam. Então, com o limite de contratação estabelecido por esta Casa, de forma clara, decente e moral, eu acho que nós daremos um ganho enorme às próximas eleições.

            Militância com recibozinho de alimentação, com limite de um salário mínimo, desculpe-me, Sr. Presidente, mas eu não acredito que isso possa moralizar as campanhas eleitorais. Um salário mínimo é o que se paga a um cabo eleitoral.

            Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/09/2013 - Página 63751