Comunicação inadiável durante a 164ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Decepção com o discurso da Presidente da República na abertura da Assembléia Geral da ONU.

Autor
Jarbas Vasconcelos (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PE)
Nome completo: Jarbas de Andrade Vasconcelos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA.:
  • Decepção com o discurso da Presidente da República na abertura da Assembléia Geral da ONU.
Publicação
Publicação no DSF de 25/09/2013 - Página 65756
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • CRITICA, PRONUNCIAMENTO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ABERTURA, ASSEMBLEIA GERAL, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU).

            O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco Maioria/PMDB - PE. Para uma comunicação inadiável. Com revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, o discurso proferido hoje pela Presidente Dilma Rousseff na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU foi altamente decepcionante, fraco, sem ênfase e sem entusiasmo.

            Também pudera, o pronunciamento foi elaborado pelo seu auxiliar Marco Aurélio, conhecido militante do PT e grande xiita dentro do Governo Federal.

            Desgraçadamente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, hoje as políticas desenvolvidas pelo Itamaraty estão subordinadas ao Partido dos Trabalhadores, com um cunho claramente ideológico.

            No episódio do cancelamento da visita presidencial aos Estados Unidos, o Itamaraty, por dever de justiça, era a favor da referida viagem. No entanto, a questão foi tratada de forma meramente eleitoral.

            A Presidente Dilma fez opção por uma consulta a um conselho partidário integrado pelo ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva; o marqueteiro João Santana; o Presidente Nacional do PT, o Sr. Rui Falcão; Franklin Martins, ex-Ministro da Comunicação Social, e o Sr. Marco Aurélio, já referido em minha fala.

            Além do mais, a Presidente Dilma não seguiu rigidamente o traçado e a orientação do seu conselho político-partidário eleitoral. Dentro das suas conhecidas limitações, a Presidente, hoje pela manhã, na ONU, não externou indignação, não bateu na mesa e nem gritou, como faz aqui no Brasil. O pronunciamento foi ridículo. A imagem de mulher braba, corajosa, determinada, Dilma não conseguiu exteriorizar, no plenário da ONU. Não logrou êxito.

            Dilma, dificilmente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, vai alcançar o seu objetivo, o do seu partido, do seu mentor político-eleitoral Lula e dos seus principais assessores, João Santana, Rui Falcão e Franklin Martins, ou seja, pontuar positivamente nas próximas pesquisas eleitorais.

            Foi um expediente totalmente eleitoreiro, medíocre, que envergonha a história da política externa brasileira. Foi uma iniciativa ruim para a Srª Dilma Rousseff e seu partido, porém, muito pior, muito mais grave para o Brasil como Nação.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/09/2013 - Página 65756