Discurso durante a 170ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da II Plenária Partidária de Sergipe; e outro assunto.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DE SERGIPE (SE), GOVERNO ESTADUAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL. FEMINISMO, SAUDE.:
  • Registro da II Plenária Partidária de Sergipe; e outro assunto.
Publicação
Publicação no DSF de 03/10/2013 - Página 68826
Assunto
Outros > ESTADO DE SERGIPE (SE), GOVERNO ESTADUAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL. FEMINISMO, SAUDE.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, EVENTO, LOCAL, ESTADO DE SERGIPE (SE), OBJETIVO, DISCUSSÃO, REFORMA POLITICA, LEGISLAÇÃO ELEITORAL, POLITICAS PUBLICAS.
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, MES, OUTUBRO, CONSCIENTIZAÇÃO, MUNDO, RELAÇÃO, PREVENÇÃO, COMBATE, DOENÇA, CANCER, VITIMA, MULHER.

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco União e Força/PSC - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, espectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais,

            Na sexta-feira da semana passada, dia 27, tivemos em Aracaju, capital do meu Estado, a II Plenária Partidária de Sergipe que teve como tema "Novo Tempo, Novo Sergipe".

            Foi realmente, Sr. Presidente, um grande evento, onde temas atuais foram trazidos à tona, por meio de discussões e reflexões, a exemplo da reforma política, legislação eleitoral e políticas públicas. Mas, tão importante quanto os temas debatidos, foi o que vivenciamos: uma maciça participação da sociedade, tanto âmbito político partidário, quanto da comunidade sergipana.

            Lá estiveram presentes, representantes e Presidentes regionais de vários partidos, numa demonstração de unidade e força pro Sergipe.

            Sr. Presidente, nessa II Plenária Partidária de Sergipe, contamos também com a inestimável presença do vice-presidente nacional do PSC - o meu partido - Pastor Everaído Dias e de três grandes amigos Senadores: Antônio Carlos Rodrigues (PR/SP), Benedito de Lira (PP/AL) e João Vicente Galdino (PTB/PI). Que saíram dos seus Estados e adiaram compromissos para prestigiar o povo sergipano com suas presenças e suas falas.

            Contudo, Sr. Presidente, não posso deixar de parabenizar o Deputado Federal André Moura, Presidente do PSC - meu partido - no Estado e Presidente da II Plenária Partidária de Sergipe - "Novo Tempo, Novo Sergipe", pela importância histórica desse evento que deverá representar um marco, um divisor de águas na política sergipana, pelo vulto que assumiu em torno da união e da força por um Sergipe melhor para todos.

            Nessa Plenária, tive um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Tanto o PSC quanto todos os partidos aliados me chamaram para um novo desafio. E eu, Sr. Presidente, que nunca fui de fugir de nada, aceitei mais um, dos muitos desafios que já enfrentei no meu caminho: o de estar à frente do processo de mudança tão esperado pela população do nosso Estado.

            O fato é que sempre tive a preocupação em me preparar para todo e qualquer desafio e, até que chegue o momento da formalização na convenção partidária, há muito a ser conversado e ainda um longo caminho a ser percorrido. Tenho ouvido as pessoas em todos os municípios onde ando e ouço suas queixas e seus sonhos, para que a gente possa ser um veículo de esperança.

            Tenho encarado a política como sempre encarei a minha vida no exercício da medicina. Sr. Presidente, vejo a política como uma forma de servir, como um instrumento de transformação em todos os âmbitos da sociedade. Dessa maneira, por meio de políticas públicas sérias e efetivas, poderemos ter um Sergipe melhor, um país melhor, com mais justiça social, diminuindo desigualdades e promovendo oportunidades para todos os cidadãos.

            Pode ser uma utopia? Pois que seja! É preciso que tenhamos o direito de sonhar. O escritor e jornalista uruguaio, Eduardo Galeano, conta que certa vez, estava em uma conferência em uma universidade em Cartagena, com o cineasta argentino Fernando Birri e um estudante perguntou ao Birri: para que serve a utopia?

            Pergunta à qual, ele respondeu prontamente: "A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte se afasta dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

            O não deixar de caminhar é uma das principais ações do ser humano, é ele que nos move a perseguir os nossos objetivos, sejam eles individuais ou coletivos, a perseverar naquilo que acreditamos.

            Senhor Presidente, e por falar em acreditar, o mês de outubro é marcado pelo sonho da prevenção, diagnóstico precoce e da cura do câncer de mama, em todo o mundo. O movimento internacional conhecido como; "Outubro Rosa", remete à cor do laço que simboliza a luta contra esse tipo de doença e teve seu início nos Estados Unidos, no final da última década do século passado.

            Aqui, no nosso país o movimento começou tímido em 2002 e de 2008 para cá vem ganhando força com vários monumentos em diversos Estados, iluminados pela cor rosa. A ação visa chamar a atenção, diretamente, para a realidade atual do câncer mama e a importância do diagnóstico precoce.

            Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer - INCA, Senhor Presidente, o câncer de mama é o segundo mais freqüente em todo o mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, apenas neste ano, foram previstos mais de 52 mil novos casos da doença, de forma que, quanto maior a disponibilidade de informações, mais cedo a doença pode ser detectada e maiores serão as chances de cura da paciente.

            E como não falar, mais uma vez, na necessidade - mais do que urgente - de um hospital especializado no diagnóstico e tratamento do câncer em Sergipe?

            Somente para citar o câncer de mama, a previsão é de que haja um aumento de quase 35%, de novos casos da doença no Estado, de acordo com o próprio INCA. Sr. Presidente, não podemos continuar de braços cruzados. Precisamos ter continuidade de ações como esta do Outubro Rosa, durante todo o ano e oferecer às mulheres condições de fazer a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

            Dessa maneira, e unicamente dessa maneira, conseguiremos transformar a dura realidade dos pacientes oncológicos que dependem do Estado, em esperança de atendimento digno, cura e qualidade de vida.

            Sr. Presidente, podem me chamar de sonhador, mas acredito e tenho esperança em um futuro melhor, com menos desigualdade e mais justiça em todas as áreas, seja na saúde, na educação, na geração de emprego e renda. E tenho fé e esperança de ver o meu povo e minha gente vivendo com mais dignidade e confiança no amanhã.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/10/2013 - Página 68826