Discurso durante a 187ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de seminário realizado na CCT para discutir os caminhos para a inovação tecnológica do País.

Autor
Luiz Henrique (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Luiz Henrique da Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA, SAUDE.:
  • Registro de seminário realizado na CCT para discutir os caminhos para a inovação tecnológica do País.
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2013 - Página 75760
Assunto
Outros > POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA, SAUDE.
Indexação
  • COMENTARIO, SEMINARIO, COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIA, CONTRIBUIÇÃO, PESQUISA, INOVAÇÃO, TECNOLOGIA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, SAUDE PUBLICA, PLANEJAMENTO URBANO, PROGRESSO, MEDICINA, BRASIL.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Senadores, hoje pela manhã a Comissão de Ciência e Tecnologia, sob a Presidência do Senador Zezé Perrela, realizou um seminário muito importante.

            É pena que, no mesmo momento em que o Ministro Guido Mantega fazia a sua exposição nesta Casa, estivéssemos lá uns poucos a discutir os caminhos da inovação.

            Foi um dos momentos mais importantes deste meu mandato, Sr. Presidente, porque, saindo da rotina, saindo das questões imediatas, saindo das emergências de cada hora, de cada dia, de cada semana, de cada mês, discutimos - e tivemos a honra de participar juntamente com os Senadores Rodrigo Rollemberg, Walter Pinheiro e Cristovam Buarque - os caminhos para o futuro.

            Naquela oportunidade, Sr. Presidente, tive o ensejo de demonstrar que dois eventos dos quais participei como Ministro da Ciência e Tecnologia foram fundamentais no sentido de aparelhar ferramentas que melhoraram sensivelmente a prestação de serviços de saúde, que foi o tema que me coube analisar: o papel da pesquisa científica e tecnológica no desenvolvimento da saúde.

            Eu lembrei dois eventos. O primeiro foi a instituição, neste País, da Política Nacional de Informática, que tive a oportunidade de dirigir durante quase dois anos. A capacitação nacional na área de software e na área de produção de hardware fez o Brasil ocupar hoje uma posição de liderança mundial, principalmente nos sistemas de gestão financeira, de gestão bancária e de gestão industrial.

            O domínio da informática nos permitiu eventos fantásticos na melhoria da qualidade da prestação de serviços de saúde. Hoje, em Santa Catarina e, acredito, em outros Estados, há um serviço extraordinário de telemedicina. Exames complexos são feitos no interior, a até 800km da capital, e são analisados por uma equipe de especialistas do serviço central de saúde. A telemedicina é um exemplo, mas há muitos outros. A informática médica, que os americanos chamam de medical informatics, tem propiciado uma evolução fantástica na melhoria dos serviços de saúde. E começa lá na pequena prefeitura, com o prontuário eletrônico, que permite controle, racionalização e economia na prestação da atenção básica à saúde e que permite também aos Estados obterem uma estatística mais segura das incidências de enfermidades e dos procedimentos adotados.

            A informática permitiu a quase infalibilidade nos exames laboratoriais. A informática permitiu a microcirurgia e o sucesso das intervenções, no interior do corpo, por cateteres que reproduzem os sinais da doença através de imagens de computador. A informática vem permitindo uma série de novos eventos, de novos aparelhos, de aparelhos fantásticos, como o de ressonância magnética e o de tomografia. E cada novo aparelho aproxima-se, cada vez mais, de uma perfeição que não é humana, mas que é quase possível se realizada via informática.

            Ressaltei lá o papel de outro grande evento, do qual tive a honra de ser corresponsável: o ato internacional que permitiu ao Brasil construir e colocar no espaço dois satélites de observação terrestre. Esses satélites, Senador Jorge Viana - V. Exª sempre foi um paradigma da preservação das florestas amazônicas -, permitiram ao Brasil identificar e controlar os desmatamentos e reduzir, como vem reduzindo, ano a ano, a derrubada de árvores no nosso território. Os satélites trouxeram ao Brasil uma quase infalibilidade na informação meteorológica, permitiram aos Municípios aprimorarem seus cadastros e, com isso, terem uma ferramenta segura para o planejamento urbano.

            E aí também a saúde teve um ganho muito importante.

(Soa a campainha.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - É que a localização da rede de ambulatórios, de centros de saúde e de policlínicas passou a ser realizada através dessa ferramenta de planejamento urbano, que permitiu adequar a instalação daquele serviço à proximidade da população.

            Haveria outros aspectos a citar da palestra que fiz sobre os caminhos da inovação, mas vou respeitar o Regimento, salientando apenas, Sr. Presidente, que foi uma manhã gratificante para quem quer que o Brasil adentre definitivamente...

(Interrupção de som.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) -...sem idas e voltas, sem marchas e contramarchas (Fora do microfone.), sem ciclotimias, no caminho da inovação.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2013 - Página 75760