O SR. WALTER PINHEIRO (Bloco Apoio Governo/PT - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Tem que respeitar a ordem, Senador Magno Malta.

            Sr. Presidente, quero aqui também, como fizeram os Senadores Inácio Arruda e Rodrigo Rollemberg, expressar o nosso profundo pesar pelo falecimento do companheiro Carlucho. E, obviamente, isso é uma dor.

            Acompanhamos o sofrimento de alguém que passa por um processo dessa natureza. A nossa companheira de Senado e minha companheira de Estado, Lídice da Mata, há muito vinha nessa luta, nessa batalha para vencer, Paulo Paim, uma doença para cujo enfrentamento, infelizmente, ainda não conseguimos encontrar o caminho ideal. Eu me refiro ao câncer.

            O companheiro Carlucho nos deixa muito jovem, Senador Mozarildo, aos 56 anos. É uma grande perda, por tudo aquilo para que Carlucho contribuiu na política da Bahia.

            Ele tinha experiência de vida. Na juventude, até porque nossa diferença de idade é algo em torno de dois anos, convivemos num período dos mais duros, Senador Paulo Paim, do enfrentamento da luta estudantil na Bahia, da construção partidária.

            Foi uma figura destacadíssima, em todas essas etapas por onde passou. Foi um companheiro que se especializou inclusive na organização para a condução administrativa, para os processos eleitorais. Tanto é que migrou para atividade no ramo da publicidade, pelo seu acumulado histórico. Portanto, contribuiu para a vitória de diversos companheiros pelo Brasil afora, ajudando nos processos eleitorais, com a sua imaginação, com o seu senso de organização.

            Portanto, é a dor da perda, tanto da nossa companheira Lídice, quanto do seu filho Bruno.

            Eu sei que o que há de mais importante num momento desses é que podemos falar das coisas maravilhosas que Carlucho construiu, na plenitude da sua juventude. Ele nos deixa, mas foi uma vida com tanta intensidade, Paulo Paim, que podemos aqui dizer, tranquilamente, que o que Carlucho produziu nos seus 56 anos de vida é a referência que ficará efetivamente para a história do povo baiano, para a história dos seus familiares. E o seu filho Bruno vai poder falar do pai não de queixo erguido na soberba, mas de queixo erguido de poder falar sem olhar para o chão, podendo olhar nos olhos e podendo anunciar, para os quatro cantos, a grande contribuição que seu pai deu para a luta política e a grande contribuição que deu como cidadão, como homem, como caráter, como figura pública, como figura que soube ultrapassar as fases mais difíceis sem vergar a sua coluna e, pelo contrário, contribuindo decisivamente para que todos nós pudéssemos experimentar o que nós estamos vivenciando no dia de hoje.

            Ali a matéria se vai, foi hoje à tarde - a companheira Lídice inclusive não esteve aqui ontem e não está no dia de hoje -, mas nós temos certeza, Senador Valadares, principalmente aqueles que acreditam nessa contribuição, de que essa é uma contribuição que não se vai de forma nenhuma. Pelo contrário, esse é o maior legado, é o que fica. O companheiro Carlucho nos deixa, mas deixa conosco a grande marca em vida do que ele pode contribuir para as nossas vidas.

            Assim, fica aqui para a nossa Senadora Lídice da Mata e para o Bruno o nosso profundo pesar; o conforto, porque eu sei que nesta hora é extremamente difícil, Paulo Paim, mas fica esse conforto para que eles possam, tranquilamente, atravessar esse período de dor se lembrando, cada vez mais, do que foi a figura Carlucho não só para a vida deles, mas, principalmente, através da vida deles, Lídice e o seu filho Bruno, como ele pode contribuir para todos nós e para a sociedade brasileira como um todo.