Pela Liderança durante a 181ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Regozijo pela aprovação da medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos.

Autor
Eunício Oliveira (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/CE)
Nome completo: Eunício Lopes de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Regozijo pela aprovação da medida provisória que instituiu o Programa Mais Médicos.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2013 - Página 73638
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • REGISTRO, SENADO, APROVAÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), ASSUNTO, IMPLANTAÇÃO, PROGRAMA DE GOVERNO, GOVERNO FEDERAL, REFERENCIA, CONTRATAÇÃO, MEDICO, ESTRANGEIRO, OBJETIVO, EXERCICIO PROFISSIONAL, LOCAL, INTERIOR, BRASIL, COMENTARIO, NECESSIDADE, DELIBERAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, RELAÇÃO, DESTINAÇÃO, PERCENTAGEM, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), APLICAÇÃO, SAUDE, IMPORTANCIA, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, HOSPITAL.

            O SR. EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco Maioria/PMDB - CE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cidadãs e cidadãos do meu Ceará e de todo o Brasil que nos acompanham pelos canais de comunicação do Senado Federal, ao aprovar, na noite de ontem, a medida provisória que cria o programa Mais Médicos, o Senado Federal reafirma o seu comprometimento histórico de alinhamento aos anseios da nossa população brasileira.

            A necessidade de melhorias no atendimento da saúde pública é sempre uma das reivindicações quando ouvimos sugestões sobre a qualidade dos serviços públicos no Brasil.

            O Mais Médicos é, portanto, resultado dessa vontade popular somada à prioridade que o Governo da Presidente Dilma estabeleceu para a saúde pública no País.

            Assim surge o mais amplo pacto pela melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a que o nosso País assiste em muitos anos.

            O Mais Médicos exigiu um grande entendimento entre o Congresso Nacional, o Governo Federal e a sociedade brasileira, com a realização de mais de 60 reuniões para tratar do tema.

            Destaco os esforços do nosso companheiro Senador João Alberto, que, indicado por esta Liderança, tão bem representou a Bancada do PMDB na Presidência da Comissão Mista, que avaliou a medida provisória que trata do Mais Médicos, assim como assinalo o empenho e a dedicação do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve reunido com a nossa Bancada de Senadores, pacientemente esclarecendo todas as dúvidas da medida provisória, e nunca se furtou a conversar, a debater, a participar em todos os momentos. Portanto, a nossa homenagem aqui ao Ministro Alexandre Padilha pela maneira como ele se conduziu numa matéria polêmica e tão importante quanto essa.

            O aumento do número de médicos nas regiões onde havia -- e ainda há -- carência desses profissionais é uma necessidade mais do que urgente, pois o caminho é muito longo.

            Informações do Ministério da Saúde mostram que o programa já conta com mais de 1.020 profissionais em atividade nas regiões mais carentes do País, no interior e nas periferias das grandes cidades, beneficiando nada mais nada menos do que 3,5 milhões de brasileiros, a maioria, cerca de 61%, vivendo no Norte e no Nordeste brasileiros.

            Do total de novos médicos, 40% estão alocados nos Estados nordestinos, com o destaque que eu quero fazer aqui para o meu querido Ceará. No meu Ceará, o programa já conta com 107 médicos, sendo 73 deles brasileiros e 34 estrangeiros, e atende a mais de 360 mil pessoas. Em todo o Brasil, 577 Municípios e 17 distritos sanitários indígenas fazem parte da primeira fase desse importante programa.

            Na segunda seleção, mais 2.597 médicos devem iniciar suas atividades ainda este mês, levando atendimento a mais de 10 milhões de pessoas. É importante esclarecer, Sr. Presidente, que o impacto da atuação dos profissionais é calculado com base no número de famílias cadastradas para o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Atualmente, cada equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) cobre, em média, 3.450 pessoas. A meta do Mais Médicos é contratar 12 mil profissionais até abril de 2014.

            Sras e Srs. Senadores, Sr. Presidente, o pacto pela saúde não requer apenas a contratação de mais médicos para reforçar a área de atenção básica do Sistema Único de Saúde. Tão importante quanto ampliar o número desses profissionais à disposição do povo nas áreas mais carentes dos grandes centros, das metrópoles e nos Municípios mais distantes é investir na infraestrutura dos nossos hospitais públicos e na rede de centros e postos de saúde, pois é significativo destinar mais recursos para melhorar as instalações e também para comprar novos equipamentos.

            Foi por isso que, no entendimento na reunião de Líderes com a Presidente Dilma, em acordo com ela própria, este Líder e vários outros Líderes desta Casa construímos uma emenda à PEC que dispõe sobre o orçamento impositivo. Essa emenda, de minha autoria, está no Senado sendo relatada pelo nosso companheiro, atuante e eficiente Líder do Governo, Senador Eduardo Braga. Isso vai significar destinar mais recursos para melhorar as instalações e os equipamentos dos hospitais e dos postos de saúde deste Brasil.

            Sr. Presidente, com essa emenda, 50% do valor aprovado para as emendas individuais do chamado orçamento impositivo das emendas poderão ser usados em custeio de ações da saúde, o que representará uma injeção de mais de R$3,5 bilhões por ano, já a partir de janeiro de 2014. São novos recursos para investimentos que contribuirão, significativamente, para a melhoria quantitativa e qualitativa dos serviços públicos de saúde.

            Igualmente crucial para os serviços de saúde pública é estabelecermos que a União passe a destinar, anualmente, 15% de sua receita corrente líquida para ações e serviços de saúde, como já fazem, hoje, os sacrificados Municípios brasileiros. Esse percentual assegura que o Governo Federal invista algo em torno de R$4,6 bilhões, que se somariam aos R$3,5 bilhões que mandaremos para o orçamento impositivo através da emenda que apresentei e que foi relatada, repito, pelo Senador Eduardo Braga, de dinheiro novo, dinheiro novo para a saúde.

            Tal proposta consta do substitutivo à PEC do Orçamento Impositivo, que será relatada e que aprovaremos na próxima quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça, pela manhã. À noite, se Deus quiser, aprovaremos essa importante matéria no plenário do Senado Federal.

            O percentual de 15% será alcançado gradativamente. Começará, em 2014, com a aplicação de 13,2%, para chegar aos 15% nos próximos anos. Isso fará com que a União destine à saúde cerca de R$96 bilhões no próximo ano. A estimativa é de que, em 2018, o setor receberá cerca de R$148 bilhões.

            Esse conjunto de medidas, que vão da ampliação do número de médicos nas áreas mais carentes e distantes à elevação de recursos para revitalizar os serviços de saúde, certamente, marcará o Governo da Presidente Dilma.

            Tenho afirmado que as conquistas na área da saúde, Srª Presidente,…

(Soa a campainha.)

            O SR. EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco Maioria/PMDB - CE) - … que o Governo da Presidente Dilma implementa serão a marca registrada do seu governo, tendo à frente o programa Mais Médicos, marca da prioridade de uma aliança política comprometida com a equidade, com o bem-estar social e o desenvolvimento humano do nosso povo, iniciativas que, posso afirmar, como Líder da Bancada, têm o PMDB como signatário, exatamente como reivindica a grande maioria da população brasileira.

            Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2013 - Página 73638