Explicação pessoal durante a 196ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Uso da palavra para uma explicação pessoal referente ao pronunciamento do Senador Mário Couto.

Autor
Zeze Perrella (PDT - Partido Democrático Trabalhista/MG)
Nome completo: José Perrella de Oliveira Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Explicação pessoal
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • Uso da palavra para uma explicação pessoal referente ao pronunciamento do Senador Mário Couto.
Publicação
Publicação no DSF de 06/11/2013 - Página 79265
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • EXPLICAÇÃO PESSOAL, ORADOR, REFERENCIA, DISCURSO, MARIO COUTO, SENADOR, ESTADO DO PARA (PA), RETIRADA, ASSINATURA, IMPLANTAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), OBJETIVO, INVESTIGAÇÃO, IRREGULARIDADE, CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL (CBF).

            O SR. ZEZE PERRELA (Bloco Apoio Governo/PDT - MG. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

            Olha, eu respeito demais, Presidente Renan, o meu amigo, Senador Mário Couto. O Senador Mário Couto teve uma questão pontual no seu Estado, o Pará, onde ele teve um problema com o Presidente da Federação Paraense de Futebol. Obviamente, ele não conseguiu fazer uma CPI na Federação Paraense de Futebol e resolveu fazer uma CPI na Confederação Brasileira de Futebol, obviamente, para tentar arrastar a Federação Paraense de Futebol nesta CPI.

            Nós estamos às vésperas de uma Copa do Mundo. No meu entendimento, uma CPI na Federação Brasileira de Futebol, neste momento, não seria bom para o futebol brasileiro.

            Eu o respeito, Senador Mário Couto, meu amigo pessoal, um homem de bem, um homem honrado.

            É preciso que o povo brasileiro entenda que, para se fazer uma CPI, são necessárias 27 assinaturas. O Mário Couto conseguiu 33, mas 8 ou 9 Senadores retiraram as assinaturas. Portanto, ficaram 26 assinaturas. Nós somos 81 Senadores. Dos 81, ficaram 25. Então, há 66 que não querem CPI nesta Casa; há 66 que não querem CPI. Segundo o Senador Mário Couto, 66 não são sérios porque não querem CPI.

            Nós não podemos, Senador Mário Couto, com todo o respeito, colocar 66 Senadores sob suspeição. Todo dia nós recebemos requerimento aqui para criar CPI sobre as mais variadas matérias. Quando um Senador não quer CPI, nós não podemos dizer que ele não é sério. Nós estamos aqui para legislar, sobretudo para legislar. Essa é a nossa função maior.

            Não querer que se faça uma fiscalização sobre isso ou aquilo... Nós sabemos, com todo o respeito que tenho por V. Exª, que a sua questão é pontual.

            Você foi ferido em seu interesse lá no seu Estado com um clube de futebol, interesse legítimo. Tenho certeza de que o dirigente do seu Estado não deve ser uma pessoa do bem. Se fosse, o senhor não teria brigado com ele, porque sei que V. Exª é do bem. Agora, o senhor não pode dizer que há 65 Senadores que não são do bem simplesmente porque não quiseram uma CPI. Nós não podemos generalizar.

            Eu realmente trabalhei para que essa CPI não acontecesse, e o senhor não pode dizer que não sou do bem, porque eu sou. Fui dirigente de clube por 17 anos e tenho as minhas mãos limpas.

            Então, com todo o respeito a V. Exª, eu não me incluo nisso. Trabalhei para que essa CPI não acontecesse, sim, porque não vejo motivo para isso e vou continuar trabalhando, porque acho que esse não é o momento. No dia em que eu tiver motivo para que ela aconteça, vou ser o primeiro a trabalhar para que isso ocorra.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/11/2013 - Página 79265