Discurso durante a 171ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com a ausência de universidades brasileiras entre as duzentas melhores do mundo, conforme ranking da Times Higher Education.

Autor
Luiz Henrique (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Luiz Henrique da Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO.:
  • Preocupação com a ausência de universidades brasileiras entre as duzentas melhores do mundo, conforme ranking da Times Higher Education.
Aparteantes
Cristovam Buarque, Cyro Miranda.
Publicação
Publicação no DSF de 04/10/2013 - Página 69016
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, APREENSÃO, RELAÇÃO, POSIÇÃO, UNIVERSIDADE, PAIS, AVALIAÇÃO, AMBITO INTERNACIONAL, QUALIDADE, ENSINO SUPERIOR, DEFESA, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, MELHORIA, EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, PESQUISA, EXTENSÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o tema de que vou tratar nesta tarde é da maior importância, da maior relevância. É um tema que deve chamar a atenção da opinião pública brasileira para demonstrar a necessidade de uma verdadeira revolução na educação superior do Brasil.

            Há uma entidade internacional chamada Times Higher Education, que é a mais abalizada na análise da qualidade do ensino prestado por cada uma das universidades no mundo. Essa entidade analisa as universidades quanto à qualidade do seu ensino, que representa 30%, intensividade da pesquisa, que representa outros 30%, a sua citação em periódicos, revistas e livros científicos, que representa 32,5%, as parcerias entre universidade e indústria, que representam 2,5%, e a sua capilaridade, a sua diversidade internacional, que representa 5%.

            Como é que o Brasil está nesse ranking? No publicado no ano passado, nós tínhamos uma universidade citada, elencada, posicionada entre as duzentas melhores do mundo.

            No estudo publicado este ano, na pesquisa trazida a público este ano, a Universidade de São Paulo, que se posicionou no ano passado no 158º lugar, caiu para o 238º posto.

            O que é que nos preocupa, Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores? O que nos preocupa é que, entre as 200 melhores universidades do mundo, 129 são do Reino Unido, dos Estados Unidos, que lideram o ranking, ou de países que tiveram na sua formação a língua inglesa, como integrantes do império britânico, que, segundo Winston Churchill, se estendia no limite territorial onde o sol nunca se punha.

            O que nos preocupa, Srªs e Srs. Senadores? Dentre as dez melhores universidades do mundo, sete são norte-americanas. A da Califórnia é a primeira; Harvard, a segunda; Stanford, a terceira; MIT, a quinta; Princeton, a sexta; Berkeley, a oitava; Chicago, a nona, Yale. Essas são as universidades melhor ranqueadas.

            Entre as vinte melhores, quinze são norte-americanas. E seguem-se a Johns Hopkins, a Pennsylvania, a Duke, a Michigan e a Cornell.

            Das duzentas melhores universidades do mundo, 77 são norte-americanas. De duzentas, 77 são norte-americanas; 31 integram o Reino Unido; sete são canadenses; duas são irlandesas; uma é neozelandesa; uma é sul-africana; uma é de Cingapura; e três são de Hong Kong. Dentre as três melhores universidades localizadas entre as duzentas melhores, as três chinesas são de Hong Kong, que até pouco tempo pertencia ao império britânico.

            São 68 as universidades europeias ranqueadas. Já falei das 31 do Reino Unido; são dez da Alemanha; oito da França; cinco da Bélgica; cinco da Suécia; três da Dinamarca; uma da Áustria; uma da Finlândia; uma da Espanha; e uma da Turquia. A Turquia está à nossa frente; está dentre as 200 melhores universidades.

            Isso me faz lembrar um diálogo ocorrido entre um reitor de uma das nossas universidades... Nós temos, em Santa Catarina, um modelo único. Nós temos o chamado Sistema Acafe, que é integrado por 16 universidades atomizadas, disseminadas, descentralizadas por toda Santa Catarina, com 52 campi espalhados pelo território catarinense.

            Certa feita, levei o sociólogo italiano, Professor Emérito da Universidade La Sapienza Domenico De Masi para proferir uma palestra no Município de Joaçaba, onde se localiza uma dessas universidades comunitárias. Lá, ele, no seu discurso, elogiou o nosso modelo, elogiou a energia dos Municípios, dos munícipes, dos Prefeitos, dos Vereadores que, ao relento de uma iniciativa governamental, criaram universidades em nível municipal. Isso levou o reitor ao entusiasmo de dizer: “Professor Domenico, nós temos aqui quatro Faculdades de Turismo”. E a resposta dele foi rápida e detonadora: “Por que não tem uma boa e tem quatro ruins?”

            Então, a publicação desse ranking da Times Higher Education é algo que nos causa grande preocupação - grande preocupação. É algo que nos faz meditar que realmente nós temos que investir na educação, fazer uma cruzada pela educação, transformar as nossas universidades em centros que não sejam só de ensino, como geralmente são, mas centros de ensino, de pesquisa e de extensão, centros integrados com as suas comunidades, com as suas realidades, buscando soluções para as suas comunidades, como as universidades da Califórnia buscaram para produzir esse maravilhoso centro de microeletrônica, de informática e de telemática que se concentra naquele estado norte-americano.

            Ocupo a tribuna, Sr. Presidente e Srs. Senadores, trazendo...

(Soa a campainha.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - ...esses dados e fazendo esse alerta. É incompatível que nós batamos no peito dizendo que somos a sétima economia do mundo tendo uma participação tão pífia nesse ranking.

            Economia moderna apoia-se numa ascendente corrente de conhecimentos. Sem essa ascendente corrente de conhecimentos não há economia moderna, não há economia competitiva.

            Quando a bolha financeira decretou a crise do subprime, em 2008, nos Estados Unidos, não houve quem profetizasse que os Estados Unidos deixariam de ter liderança internacional, deixariam de ter a importância econômica que tinham em nível internacional. E eu, que já conhecia outros exemplares da Times Higher Education, disse: “Olhe, um país que tem as melhores universidades do mundo, um país que tem o maior número de publicações científicas do mundo, um país que tem a capacidade de fazer as inovações que tem feito não poderá ser um país que uma simples bolha financeira haverá de reduzir a uma posição secundária”.

            O Sr. Cyro Miranda (Bloco Minoria/PSDB - GO) - Permita-me um aparte, Senador.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - E o que mais me despreocupa é que os Estados Unidos descobriram o caminho da opulência ainda maior com a tecnologia moderna do gás de xisto. Os Estados Unidos vão ser os primeiros produtores mundiais de energia fóssil; a partir dessa tecnologia nova, até 2020, serão autossuficientes em matéria energética.

            Então, quem tem, de um lado, o conhecimento expresso por esse ranking incontestável e, de outro, uma matriz energética capaz de torná-lo independente de importações da Arábia Saudita e de outros países, evidentemente que continuará tendo a liderança que apresentou desde o pós-guerra, quando substituiu a Inglaterra como primeira potência do mundo.

            Mas eu não faço esse discurso para exaltar os Estados Unidos; eu faço esse discurso para chamar a atenção da grande preocupação que a publicação desse ranking provoca em mim como brasileiro, em mim como homem público, em mim como Senador de ver que o Brasil está fora da, poderia chamar assim, indústria do conhecimento. O Brasil está fora dos caminhos da inovação. O Brasil está fora do circuito...

(Soa a campainha.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - ... das melhores universidades mundiais. O Brasil está lá atrás, não como um país emergente, mas como que voltando à condição de país subdesenvolvido, por essa colocação tão pífia.

            É preciso nós analisarmos por que a USP perdeu essa posição do 153º posto para ir perto do 309º posto. Por que a USP perdeu? Por que a Unicamp não está? Por que não está a Universidade Federal de Santa Catarina? Por que as nossas universidades estão fora dessa fórmula um, desse círculo fechado do conhecimento mundial?

            Essa é a indagação que quero fazer ouvindo o ilustre Senador Cyro Miranda.

            O Sr. Cyro Miranda (Bloco Minoria/PSDB - GO) - Senador Luiz Henrique, parabéns pelo foco que está dando ao nosso ensino. Tenho algumas respostas para V. Exª. Primeira, o ensino fundamental e o ensino médio, que são a pilastra de tudo, vêm caindo terrivelmente nesse País.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - E a pré-escola.

            O Sr. Cyro Miranda (Bloco Minoria/PSDB - GO) - Exatamente, e a pré-escola. Então, aquele ensino que tínhamos na escola pública da década de 60 e 70, de que nos orgulhávamos, esse foi embora, tanto é que nós estamos na contramão da história, aquele que pode pagar vai para a universidade pública, o que não pode tem que pagar. Agora, outra coisa também foi pontuada pelo Senador Aloysio Nunes quando o Governo retirou dos docentes a necessidade de ter um mestrado, piorando a qualidade daqueles que iam informar e formar os nossos estudantes, os acadêmicos. Depois, quando se vê, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) fazer um exame de proficiência, em São Paulo, não obrigatório - hoje é obrigatório, mas não punitivo - e ter 48,5% reprovados no exame de Medicina. Essa é a consequência que chegou na USP, da qual tínhamos o maior orgulho - temos ainda orgulho -, mas o ensino como um todo está numa fase de extrema decadência aqui no Brasil. Porque, quando V. Exª percebe que a um Plano Nacional de Educação que tinha que tinha que entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2011 não deram bola e três anos depois é que ele vai entrar... Daquilo que se planeja no decênio nosso, o que o senhor pode esperar da nossa educação? É daí para pior, com muita tristeza. E V. Exª pontuou: por que os outros países estão disparados? Porque agem de uma maneira séria, investem constantemente na educação e nós, aqui, desde o primário até a consequência final, que são as universidades. E que técnicos, que formandos vamos ter? Preparados para quê? Vamos levar um banho do mundo e como V. Exª pontuou: vem aí a autossuficiência da energia pelos Estados Unidos e, nós, com todo nosso potencial - e é o potencial individual que, na maioria das vezes, sobressai, não é aquele potencial acadêmico -, temos uma riqueza tão grande, mas é triste vermos jogar tudo isso fora. Parabéns pelas suas colocações.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Agradeço a V. Exª. E quero salientar que, na minha adolescência, a escola pública era a escola respeitada, tanto que havia uma depreciação da escola privada, dizendo: “Ah, o filho dela estuda numa Escolinha Walita.”

(Soa a campainha.)

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - O grande sambista brasileiro Martinho da Vila celebrou, num discurso, um personagem que estava recebendo um diploma, mas que era numa escola particular: “Particular, ela é particular...” Quer dizer, aquilo era uma depreciação do ensino privado e uma elevação do ensino público. Hoje, parece que isso se inverteu totalmente.

            Agradeço a V. Exª, Sr. Presidente.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Permite-me um aparte?

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Concedo-o ao grande educador, sociólogo da educação, Professor Cristovam Buarque.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Obrigado. Senador, V. Exª fez a pergunta do porquê e eu vou na mesma linha do Senador Cyro. Quando a gente olha aqui as 200 melhores universidades, há uma coisa em comum com todos os países. Não é o idioma, não é a cultura. São de continentes diferentes, rendas diferentes. Há países pobres do ponto de vista de renda per capita. Têm uma coisa em comum: a educação básica de qualidade - é isso em comum. Não tem como ter um sistema universitário bom sem uma educação de base boa. E não tem como a universidade ser ruim se o sistema educacional de base for bom. Os alunos não deixam. Os alunos puxam a universidade para cima ou para baixo, dependendo da qualidade deles. Eu me surpreendo é com o anterior. Por que é que o Brasil tinha uma? Era para ter dez. A Coreia do Sul tem quatro. Hong Kong, é uma cidade, tem três. Cingapura, é uma cidade, tem duas. E eu me perguntava: por que só a USP? Como é que a gente se contenta em ter uma entre as doze? E agora caiu. Fico feliz em ver o senhor, o Senador Cyro e eu aqui falando disso, porque duvido que a Presidenta Dilma vá convocar uma reunião do Conselho de Ministros para discutir isso. Isso era para parar o Governo por um dia, para discutir: gente, onde estamos errando? Não a vi convocar o Ministro da Educação - não sei. Quando há qualquer apagão de energia elétrica, ela convoca o Ministro Lobão na hora. E dizem até dá - como se chama? - um carão nele. Não vejo na hora da educação ela se manifestar, se preocupar, sem falar que na semana passada foi divulgado um aumento na taxa de analfabetismo, o que levou a um aumento maior do número absoluto, porque se a população cresce e a percentagem decresce o número absoluto cresce mais ainda com os 300 mil. Ela veio aqui... Ela foi para a Assembléia das Nações Unidas falar que o Obama bisbilhota a vida da gente, lendo nossas cartas. Deveria estar preocupada com o fato de que no Governo dela 300 pessoas a mais não estão sendo capazes de ler a carta dos amigos, dos filhos, dos pais. Isso é que me preocupa. Preocupa-me muito mais que haja brasileiros - 13 milhões - que não sabem ler uma carta, do que haver um serviço de espionagem americano lendo as minhas, mas não se justifica fazer. Felizmente, há gente como o senhor, o Senador Cyro e outros, que eu digo, preocupados. Agora, além de achar que é muito pouco uma, é uma tragédia nenhuma, e a razão é simples: a base está fraca. Cinquenta por cento dos estudantes de Engenharia abandonam o curso por causa da qualidade da formação que eles tiveram em Matemática. Não é mais por falta de dinheiro, porque o ProUni cobre, felizmente. Não é por falta de dinheiro, porque as boas, muitas delas, são públicas, não se paga; é porque não estão preparados. O governo Lula e - nesse sentido, o governo Fernando Henrique, também um pouco - decidiu dar muita ênfase às universidades, o que não é ruim - ninguém pode ficar contra -, mas esqueceram o dever de casa da educação de base. O governo Lula, sobretudo, criou muitas universidades, mas não... E eu avisei na época, fiz discurso aqui, falei... Esse não é o caminho. O que acontece é que a universidade dá voto. Quando o filho de uma família, Senador Cyro, entra em uma universidade, as pessoas festejam. quando termina o ensino médio não se festeja. É como se fosse algo natural. Não, porque estão terminando o ensino médio... Primeiro, só 40% terminam. Se esses 60% tivessem recebido uma boa educação de base, seria possível que entre eles houvesse alunos tão brilhantes que estariam elevando a qualidade da USP e de outras. Amanhã a USP pode voltar, mas não me satisfaz, não basta enquanto o Brasil não tiver dez nessas. Não basta! Não basta! O Brasil não pode ficar com essa pouca ambição em educação. O senhor falou em emergente. Se nós não fizermos o dever de casa, em lugar de um país emergente, nós seremos um país submergente daqui a dez, quinze, vinte anos. Vamos submergir inclusive na riqueza da soja, na riqueza do minério de ferro. Vamos submergir porque não estaremos no compasso daquilo que hoje representa, de fato, a riqueza, que é o conhecimento, que é a ciência e a tecnologia, Ainda bem que o senhor vem aqui e traz essa preocupação, porque eu não vejo, da parte do Governo, qualquer preocupação, até porque vão dizer: “Isso é do Estado de São Paulo.” Vão jogar para um problema administrativo. Não. Esse é um problema nacional, não é do Estado de São Paulo. A USP amanhã pode subir, porque, como é um número pequeno que entra nela, se ela escolhe entre todos os do Brasil que terminaram o ensino médio, vão encontrar um pequeno núcleo de alta qualidade, como o ITA consegue. O ITA entraria, eu acho, nas duzentas, mas não é universidade, mas entraria, por quê? Porque pega um filtro radical de poucos - e têm que ser poucos mesmo, porque têm que estar preparados -, mas...

(Soa a campainha.)

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - ... não cabemos dez ITAs, a gente precisa de dez, quinze, vinte ITAs. Eu acho que o maior problema, respondendo à sua pergunta: é a falta de ambição no Brasil nos assuntos relacionados com educação. E aí a falta de ambição no ensino superior e a falta de ambição na educação de base. Muito obrigado. Falo como brasileiro, por vê-lo trazendo esse problema aqui. Eu gostaria que Presidenta ouvisse o seu discurso e os apartes que ocorreram aqui.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Eu que agradeço a V. Exª. V. Exª, que é Relator da Comissão do Senado do Futuro.

            A V. Exª eu gostaria de fazer, inclusive, uma sugestão. Nós teremos, proximamente, acredito que dia 17, a primeira reunião para um debate sobre Pacto Federativo e descentralização. Que o segundo debate foi sobre esse ranking, e que nós trouxéssemos especialistas, se possível, o próprio diretor da Times Higher Education. Vamos pedir ao Presidente e à Mesa que nos dê os recursos, para que ele explique esse ranking e para que ele explique porque o Brasil está fora, absolutamente fora desse ranking.

            O que V. Exª acha dessa sugestão?

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Em primeiro lugar, o senhor é o Presidente, eu sou o Relator. Então, é óbvio que eu aceitaria, mas, dessa vez, eu vou aceitar entusiasmado. Com um detalhe, e espero a sua orientação ao Presidente, que a gente traga essas pessoas para discutir o que fazer.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Exato.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Porque, muitas vezes, a gente faz a audiência, e a pessoa vem se desculpar, dizer por que, explicar as causas. Não. Não queremos saber. Queremos saber o que fazer.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Como podemos virar esse jogo.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - Como podemos virar esse jogo. Em dez, quinze, vinte anos, trinta anos.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Isso.

            O Sr. Cristovam Buarque (Bloco Apoio Governo/PDT - DF) - A comissão é do futuro, então não precisa ser para amanhã. Eu aceito e vou trabalhar a sua sugestão para ver como organizamos e ver quem a gente traz aqui.

            O SR. LUIZ HENRIQUE (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Agradeço a V. Exª.

            Agradeço, Sr. Presidente, a paciência de V. Exª por ter me permitido ultrapassar o tempo regimental, do que me penitencio, mas acredito que o tema é por demais importante para que pudesse ser contido nas normas regimentais.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/10/2013 - Página 69016