A SRª KÁTIA ABREU (Bloco Maioria/PSD - TO. Sem revisão da oradora.) - Muito obrigada.

            Eu gostaria apenas, Sr. Presidente, de aqui fazer um comunicado a respeito de uma matéria publicada na imprensa nacional que me surpreendeu enormemente e trouxe impacto negativo e até mesmo indignação.

            A ex-Senadora Marina Silva, pré-candidata a presidente da República, declara que:

Se prosperar a contribuição da Rede, é óbvio que o (deputado Ronaldo) Caiado não se sentirá confortável nesse quadro, e imagino que ele já esteja se preparando para ir para a candidatura do Aécio. Porque, obviamente, na cultura da Rede, não há lugar para um inimigo histórico dos trabalhadores rurais, das comunidades indígenas e para quem articulou a derrota do Código Florestal. O que eu sinto é que nós vamos precisar fazer primeiro um adensamento e haverá um alinhamento que nos leva a uma linha de corte (…)

            Na verdade, o que ela quer dizer é um expurgo.

            Sr. Presidente, com toda tranquilidade, eu gostaria de dizer do meu repúdio, da minha indignação, da minha discordância dessa infelizmente calúnia e difamação contra o Deputado Ronaldo Caiado.

            Muitos podem dizer o que quiserem do Caiado, menos que ele não tem veemência, menos que ele não tem princípios e, Sr. Presidente, que ele não é democrático. Apesar de toda a sua veemência, ele não é truculento. É muito diferente veemência, convicção, de truculência. Truculência é o tratamento preconceituoso, difamatório contra um ser humano extraordinário, que representa o Estado de Goiás por anos. E nenhum de nós do País nunca vimos o nome do Caiado enlameado; nunca vimos o nome do Caiado envergonhando o Estado de Goiás, diferentemente de outras pessoas. Ele tem as suas convicções, tem os seus princípios, nos quais ele acredita. E, principalmente, como Deputado Federal de Goiás, um Estado extremamente ligado à agropecuária brasileira -- quase 50% do emprego de Goiás vêm do campo daquele Estado --, ele vem defendendo essas questões com muita dignidade.

            Portanto, ninguém é obrigado a apoiar ninguém; ninguém é obrigado a fazer alianças com ninguém, mas é inquestionável, é necessário que qualquer brasileiro ou brasileira que pretenda se candidatar à presidência da República precisa ter, no mínimo, Sr. Presidente, tolerância. Tolerância e conhecimento de causa, porque todos nós sabemos que a ex-Ministra, ex-Senadora Marina Silva pode não gostar do Caiado, mas, na verdade, ela não gosta mesmo é da agropecuária brasileira. É um preconceito e um ódio enrustido que vêm sendo demonstrados através de artigos e textos por todo o Brasil.

            Eu quero alertar que serão quase 20 milhões de eleitores ligados ao campo e que, em determinado momento, ela poderá implorar por esses votos; ela poderá implorar por essas pessoas. Ninguém precisa ser presidente expurgando ninguém. Todo mundo tem que chegar à presidência fazendo conciliações, fazendo união, com equilíbrio.

            Agora, Sr. Presidente, ela não atacou o Caiado; ela atacou os produtores rurais do País, que representam 37% do emprego; que representam 25% do PIB deste País e que representam 40% das exportações.

            Esse é o setor que a pré-candidata acusa através do Deputado Ronaldo Caiado, que é querido de todos nós, a quem nós reconhecemos como um homem legítimo e firme, corajoso, mas não intolerante; não truculento. Porque, às vezes, a truculência, Sr. Presidente, vem vestida de homem; vem vestida de homem grande, de homem forte. Mas, às vezes, como estou vendo aqui, a truculência está vindo através de uma cara simpática, de uma cara inocente, de uma face, de um rosto que se parece sempre delicado.

            Isso é truculência, Sr. Presidente: preconceito contra o agronegócio brasileiro. Se não fosse o agronegócio, todos nós saberíamos o que tinha acontecido nesse primeiro semestre. Enquanto o Brasil cresceu 2,5%, essa agropecuária que ela critica tanto, que ela odeia tanto, cresceu 14,5%.

            Eu quero crer que a ex-Senadora Marina Silva seja uma mulher inteligente, tem a sua história. Em que pesem as nossas diferenças de pensamento, de ideias, de princípios, acredito que seja uma mulher inteligente e que ainda há tempo para que ela aprenda sobre a agropecuária brasileira, porque o preconceito vem da ignorância. E, a partir disso, as pessoas digam o que quiserem. Nós estamos de braços abertos para mostrar à ex-Senadora Marina Silva o quanto esse setor é importante, caso ela venha a se tornar Presidente da República, como é desejo dela.

            (Soa a campainha.)

            A SRª KÁTIA ABREU (Bloco Maioria/PSD - TO) - Encerro, Sr. Presidente, ainda lamentando muito. O Deputado Ronaldo Caiado com certeza deve estar decepcionado, não com a atitude de Marina Silva, que, possivelmente, já deveria ser esperada, apesar de toda a delicadeza com que a tratou quando veio se unir ao PSB. Ele foi tolerante, democrático, e disse que conviveria bem com as diferenças, pois já tinha sido convidado a apoiar Eduardo Campos. O que mais deve tê-lo decepcionado, e de certa forma também a mim, foi não receber uma palavra do candidato com o qual ele fez compromisso. Se o candidato agora é outro, Ronaldo Caiado, realmente, não deve ter compromisso com essa nova candidata.

            Muito obrigada.