Discurso durante a 175ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reflexões acerca do fuso horário do Acre; e outros assuntos.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. FUSO HORARIO. GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO ACRE (AC).:
  • Reflexões acerca do fuso horário do Acre; e outros assuntos.
Aparteantes
Anibal Diniz, Eduardo Suplicy, Magno Malta, Sérgio Petecão.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2013 - Página 70619
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. FUSO HORARIO. GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO ACRE (AC).
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, FILIAÇÃO, EX SENADOR, MARINA SILVA, ALIANÇA (PE), PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO (PSB), DISPUTA, ELEIÇÕES.
  • ELOGIO, GOVERNO ESTADUAL, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, ESTADO DO ACRE (AC), INVESTIMENTO, SEGURANÇA PUBLICA, EDUCAÇÃO, GESTÃO, RECURSOS PUBLICOS.
  • RETORNO, FUSO HORARIO, ESTADO DO ACRE (AC), TEMPO, SENADOR, DISCUSSÃO, PROJETO, INICIO, REFERENDO, POPULAÇÃO.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Com certeza. Há vários oradores inscritos e, no plenário, há uma presença muito grande de colegas.

            Eu queria, mais uma vez, agradecer e cumprimentar os amigos acrianos e acrianas.

            Hoje, no Acre, o noticiário está bem comentado, há alguns temas e, de alguma maneira, eu posso ter colaborado para esses comentários, porque ontem, à noite, dei uma entrevista à TV Gazeta, referindo-me às minhas impressões sobre a política do Acre, sobre as oposições, sobre alguns ajustes e acertos que o nosso projeto, o nosso Governo precisa fazer e, especialmente, o nosso PT.

            Mas o comentário grande no Acre é em relação à filiação da Senadora acriana Marina Silva ao PSB, que hoje repercutiu fortemente em toda grande imprensa e, no Acre, não poderia ser diferente. No Acre, todos comentam, questionam-se, perguntam, analisam e se sentem na autoridade -- e não é para menos, já que somos todos conterrâneos -- de opinar sobre o caminho novo que a Senadora Marina começou a trilhar a partir do sábado passado. Eu mesmo fiz postagem na minha fanpage, e é impressionante a participação das pessoas, opinando sobre esse tema, sobre esse novo cenário na política brasileira, o que causou e criou, no cenário político nacional, a nossa ex-Ministra, ex-Senadora, colega e companheira do Acre com sua ida para o PSB.

            Mas, para nós acrianos, um tema que, de fato, foi de longe o mais destacado é a questão da deliberação de ontem deste Plenário do novo horário ou do velho horário no Acre.

            Antes de me referir a esse tema da aprovação no Plenário, quero dizer que -- como Vice-Presidente da Casa e em respeito ao Senador Sérgio Petecão, tenho conversado sobre esse tema com o Senador Aníbal --, dei o devido encaminhamento, como membro da Mesa, a essa matéria e ela entrou na pauta, aprovamos o requerimento e, ontem, foi deliberado pelo Plenário por acordo. Ou seja, cumprimos à risca a intenção de fazer valer a decisão do referendo feito no Acre.

            Mas, antes de me referir a esse tema, eu quero só fazer aqui um registro e um agradecimento ao meu querido e bom amigo, grande Senador da Amazônia, ao meu irmão João Capiberibe.

            Eu estava falando com o meu gabinete na hora em que ele estava usando a tribuna e contando um pouco da nossa história, da história da Marina, da história do Tião, da história do Binho e, sem falsa modéstia, um pouco da minha história política. Capiberibe, como sempre, um dos grandes brasileiros que temos. Outro dia ele estava lançando um livro, ali no Feitiço, e eu fiz questão de ir lá.

            O Capiberibe contou para os colegas Senadores e para o Brasil um pouco dessa relação que construímos como moradores do mesmo rio. Nós somos moradores do mesmo rio, Senador Inácio, a diferença é só de uns quilometrozinhos entre o lugar onde o Capi faz política e onde nós fazemos, no Acre -- ele que, inclusive, já nos ajudou. São mais de quatro mil quilômetros de distância: ele cuida da foz do Amazonas e nós cuidamos, ou tentamos cuidar, das cabeceiras, onde os pequenos rios formam o grande Amazonas.

            E o Capiberibe veio contar aqui da sua alegria com a entrada da Marina no PSB -- certamente a Marina honraria qualquer partido de esquerda comprometido com as causas sociais, inclusive o de V. Exª, como também honrou o PT. E ele falava aqui da relação de amizade, da construção dessa amizade que tem sido, graças a Deus, duradoura -- são décadas já de amizade. Ele morou no Acre e nos ajudou.

            Então, eu queria fazer, aqui da tribuna, o agradecimento ao Capiberibe pelas palavras generosas, pela maneira amiga e fidedigna com que ele relata essa relação toda construída por nós na Amazônia, especialmente ele na luta para implementar o desenvolvimento sustentável no Amapá e nós trabalhando também para fazer do Acre um Estado desenvolvido e com a qualidade da sustentabilidade.

            Agora o Governador é o Tião, eu fui governador, foi governador o Binho. E o Tião, a sua maneira, tenta levar esse projeto adiante, dedicando-se, trabalhando duramente.

            Portanto, fica este registro.

            Mas, Sr. Presidente, colegas Senadores e Senadoras, eu venho à tribuna -- e tenho o privilégio de ter aqui no plenário o Senador Aníbal -- para, de alguma maneira, comentar o tema mais comentado no Acre hoje, que é a volta do fuso horário nos próximos dias, ou seja, o velho horário do Acre vai voltar.

            O nosso Estado tem um povo que gosta de participar, é um povo ativo, tem muito orgulho da acreanidade, e é óbvio que a população acompanhou e se envolveu nesse debate nos últimos anos.

            Por uma questão de justiça, como já passou, como já houve o referendo, já que alguns políticos -- e não estou questionando a legitimidade -- se apegaram a esse tema, tentaram inclusive mudar o resultado da eleição do Governador Tião Viana, levantando esse tema como se fosse o mais importante e o único tema do Acre a ser tratado. E não acho que seja. Acho que o tema mais importante para ser tratado no Acre é sobre a vida dos acrianos, para termos mais saúde, mais educação, mais geração de emprego, como temos trabalhado para que isso aconteça.

            No caso do Acre, o que nós queremos é o desenvolvimento sustentável, ou seja, nós queremos a sustentabilidade da vida no Acre. Temos trabalhado para isso. Até mesmo os opositores reconhecem que o Acre mudou e mudou para melhor, Senador Paim, que preside esta sessão, meu companheiro, de Partido inclusive.

            O Acre passou por uma grande transformação. Eu agradeço a Deus por ter tido o privilégio, como acriano de pai, mãe e avô, de ter ajudado, de ter dado a minha parcela. Eu, Tião, Marina, Binho, tantos outros companheiros, o PT, outros partidos da Frente Popular, nós conseguimos promover mudanças que tiraram o Acre dos últimos lugares e colocaram o Acre nos primeiros.

            O caso da educação é emblemático, o da inclusão social, também, o da economia, também. O Acre era um Estado falido. Quebraram o Banacre, o Banco do Estado do Acre. Saquearam o Estado. Os servidores passavam cinco meses com o salário atrasado. Há dez anos, eles não sabiam o que era receber o salário dentro do mês. Quando nós assumimos, no primeiro mês, salário dentro do mês. De lá para cá -- eu estou falando de janeiro de 1999 --, nunca mais o salário de um funcionário do Acre atrasou um único dia. Essa é a história do PT no governo, é a história da Frente Popular no governo.

            Entre os maiores Senadores da história do Acre estão Tião Viana e Marina Silva. Eu e o Senador Anibal temos muita dificuldade para fazer o nosso mandato aqui, porque tivemos pessoas que foram excepcionais Senadores. Não estou tirando outros, como Guiomard dos Santos, Nabor Júnior e o próprio Oscar Passos. O Acre tinha Oscar Passos, Presidente do MDB, como Senador. Nós tivemos aqui Jorge Kalume. E eu pus, na Vice-Presidência, fotografia do Senador Nabor Júnior -- eu mandei fazer e pôr --, da Marina, do Senador Jorge Kalume, algo suprapartidário, porque esses nomes são parte da história bonita do nosso Estado.

            E o Senador Tião Viana, hoje Governador, apresentou um projeto importante nesta Casa, além de muitos outros, como o da Previdência…

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Na PEC Paralela, ele foi o grande articulador.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - … que não tinha solução. Ele era relator e V. Exª ajudou. Construíram a PEC Paralela e ajudaram a dar sobrevida à nossa Previdência, que estava em coma.

            O Governador Tião Viana, cheio de boas intenções, de maneira acertada, veio aqui, como Senador, e apresentou a proposta de mudança do horário do Acre. Se alguém acha que é fácil para um Estado, no horário de verão, ficar com três horas de diferença para Brasília… O horário de banco muda, o Ministério Público começou a agir, mandando fazer programação de televisão gravada, porque são 6 horas da tarde em Brasília e 9 horas no Acre. Desculpe-me, são 9 horas em Brasília e 6 horas no Acre; meia-noite em Brasília, 9 horas da noite no Acre.

            E o Senador Tião Viana apresentou um projeto propondo mudar os fusos horários no Brasil, fazendo com que, em vez de quatro fusos horários, tivéssemos três. Não tenho nenhuma dúvida, porque acho que, quando assumimos erros ou falhas, ficamos melhor; não ficamos menor, ficamos maior. Acho que houve uma falha nesse processo, apesar da legitimidade e da intenção de só ajudar do então Senador Tião Viana.

            Então, faço isso -- Senador Suplicy, vou já lhe ceder um aparte, com muita honra --, porque é uma questão de justiça. Enquanto estava a polêmica, eu estava calado. Mas passou a polêmica, está resolvido, ajudei a resolver, agora tenho de dar a minha opinião. E acho que o que faltou, o que deveria ter sido feito era ter consultado a população. Isso não houve. Isso é algo sobre o que inclusive eu escrevi, dizendo: isso aqui é uma falha. Deveríamos ter feito. Mas digo sem medo de errar: essa questão do horário, que não é a coisa mais importante, ficou durante esses dois anos como se fosse a coisa mais importante do Acre.

            Senador Anibal, que está aqui, e certamente, daqui a pouco, o Senador Sérgio Petecão, que ontem já fez o seu discurso, vai também poder divergir e opinar sobre o que estou falando. O Senador Anibal foi atacado, foi distorcido o que ele fazia, e, no final, ele colocou as coisas no devido lugar, dando um parecer inclusive favorável para que o horário velho, que atrasa o Acre em uma hora, pudesse voltar. E por que o Senador Anibal fez isso? Porque há uma coisa nessa origem, que é o respeito ao referendo. Houve um referendo, que não foi as mil maravilhas, não; dividiu o Acre, porque foi feito em cima de uma eleição, intencionalmente vinculado a uma eleição. Um caso desse tinha de ser tratado fora das eleições, legitimamente. E falo: talvez, se o Senador Tião Viana tivesse feito a consulta antes, estivesse tudo em paz, tudo resolvido. Mas, agora, como eu disse hoje, Inês é morta.

            Só estou aqui para colocar definitivamente, do meu ponto de vista, um ponto final nessa história. Quando cheguei aqui, a lei é muito clara: vai ter que ser transformada a decisão do referendo em lei e isso vai vigorar. Depois houve uma confusão, porque envolve o Estado do Pará e do Amazonas. Mais atraso. E a gente ficava sendo cobrado por uma coisa que estava cumprindo o rito legal, constitucional.

            Então, hoje, vim à tribuna. Acabei de fazer uma postagem na minha página na fanpage agorinha, ainda há pouco, para dizer, primeiro, que acho que os temas de interesses do Acre são outros. Este é um dos, mas está longe de ser o mais importante. Mais importante é nos unirmos, trabalharmos para que aquele lugar que passou décadas vivendo como o pior exemplo para o Brasil, e voltou a ocupar um espaço de destaque nesta Nação siga em frente, siga mudando. Agora, é claro, quem queria atrasar o Acre em uma hora venceu, escrevi. Está bom, conseguiram, mas acho que agora a população vai lidar com outro problema. A população vai seguir reclamando, ou uma parte da população, porque o mundo está em tempo real. A notícia não tem mais o negócio de esperar até amanhã para ler, os negócios são feitos. Antigamente, um navio ia ao Acre, fazia o aviamento; um ano depois ele voltava para levar a produção e entregar mercadoria. Agora as coisas são feitas pela Internet.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - Senador Jorge Viana, V. Exª me concede um aparte?

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Com satisfação, Senador Sérgio Petecão, ouço…

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - É porque o Senador Suplicy tinha pedido.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Ouço V. Exª, depois ouço o Senador Suplicy.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - É porque ele pediu na frente.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Por gentileza, fique à vontade. É um prazer ser aparteado por V. Exª.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - Senador Jorge, primeiro, agradecer o aparte concedido por V. Exª. Acompanhando atentamente o seu discurso… Primeiramente, quero agradecer. É verdade quando V. Exª diz que, como Vice-Presidente desta Casa, contribuiu para que, na sessão de ontem, devolvêssemos o horário do povo acreano, o verdadeiro horário do povo acreano. Se me permite discordar do seu discurso, quando V. Exª se refere ao Acre, ao meu Estado, ao Estado onde nasci e me criei -- e tenho 53 anos --, V. Exª fala muito “eu”, “o Binho”, “o Jorge”, “a Marina”, como se o Acre não existisse antes de V. Exª, como se o Acre não existisse antes dos governos da Frente Popular. Acho que V. Exª não está sendo justo com o nosso Estado, com o nosso povo, um povo que pegou em armas. V. Exª conhece como ninguém a história do povo acreano. V. Exª passa uma borracha em tudo isso e quando se refere ao Acre só fala “no meu Governo”, “no Governo do Tião”, “no Governo do Binho”, na “Marina”. É verdade, é verdade que o Acre teve avanços. Quanto estive junto com V. Exª, como Presidente da Assembléia, dei lá também a minha pequena contribuição.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Não foi pequena, Senador, foi grande.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - Conversava aqui com o Senador Magno Malta e ele me dizia: “Petecão, lembro-me de que, na CPI do Narcotráfico, quando estivemos lá no Acre, ninguém sequer queria nos receber.” As pessoas não tinham coragem nem de receber os Parlamentares que faziam parte da CPI. Os Parlamentares foram lá para a Assembléia Legislativa, e nunca ouvi falar nisso. Tudo aconteceu lá na Assembléia. Nunca ouvi V. Exª se referir, em momento algum, a esse tema. Quando V. Exª se refere à situação em que o nosso Estado vive hoje, sinceramente eu me preocupo, Senador Jorge Viana. Vendemos essa imagem para o Brasil. É como se o Acre fosse um paraíso. V. Exª sabe que nós temos dificuldades no Acre e não são poucas, são muitas dificuldades. Então, para mim, seria muito interessante que quando V. Exª se referisse ao meu Estado, ao Estado onde eu nasci, me criei e moro, com muito orgulho, passasse a realidade. Houve avanços? Houve avanços, mas o Acre não é esse paraíso que V. Exª passa nesse espaço generoso que a TV Senado nos dá, que a Rádio Senado nos dá. As pessoas estão assistindo. E eu me sinto-me obrigação de vir aqui, com todo o respeito, para colocar o que pensamos do nosso Estado. Essa situação desse horário… Aqui no Senado, nós não fizemos mais do que a nossa obrigação. Aconteceu um referendo. Na democracia, não existe instrumento mais democrático. E está aqui o Senador Magno Malta. Acabei de fazer um agradecimento a V.Exª. Quando esteve lá no nosso Estado, eu era Presidente da Assembleia. Nós não estamos discutindo se o horário é bom, se o horário é ruim. Para isso, houve o momento de se discutir, as pessoas foram à rua. “Ah, mas politizaram esse debate.” Quem politizou o debate, se o Governo é que tinha a máquina, todas as televisões, todos os jornais? Fez o que pôde. Mas o povo, nem por isso, deixou de ir às ruas. “Não, eu não aceito a mudança de horário.” Eu acho que nós temos que dar um basta nesse assunto. “Ah não, eu não vou falar.” Eu não vou falar, mas sempre falando que as pessoas que atrasaram o Acre. Nós não atrasamos o Acre. Sobre essa questão de fuso horário, eu conversava com o Ministro Aldo Rebelo, que disse: “Petecão, você não sabe quanto foi gasto no mundo para se criarem esses horários.” Isso não foi feito assim: “Ah, o Acre tem que ser esse horário; São Paulo tem…” Não. Para isso foi feito um estudo. Eu não posso chegar lá e dizer: “Não, o horário do Japão agora vai ser igual ao horário do Brasil.” Não é assim. Não pode ser assim. “Ah, o Acre está a três horas de diferença de Brasília, duas horas de diferença de Brasília. Vai voltar ao atraso.” Se fosse assim, os países asiáticos, a Coreia e o Japão seriam países praticamente arrasados. E muito pelo contrário. As pessoas, o ser humano tem que ser respeitado. Quem tem que se adaptar ao horário não é a novela, o jogo. O jogo é que tem que se adaptar, a novela é que tem que se adaptar ao ser humano. Não é o ser humano que tem que se adaptar a essa mudança, não. Nós temos que respeitar essas coisas. Então…

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu agradeço.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - Eu penso que, no Senado, ontem -- e eu disse aqui na minha fala --, não houve nem ganhadores nem perdedores. Não adianta tripudiar nisso. Nós apenas corrigimos um erro que foi feito pelo então Senador Tião Viana. Ele pode até ter feito de boa-fé. Mas o povo disse que não aceitava o que ele fez. Então, como esta é a Casa maior do Parlamento brasileiro, nós apenas dissemos que a vontade do povo tem que ser respeitada. E ponto final nisso.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Obrigado, Senador.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC) - Então, desculpe-me, Senador Jorge Viana. Eu tenho que reconhecer que o senhor contribuiu. Mas vamos parar com esse negócio de que o Acre não existia, passou a existir depois dos governos Viana, do Binho. Não! O Acre tem mais de 100 anos! Eu nasci e me criei no Acre. Meu pai é acriano, minha mãe é acriana e sempre existiu… É lógico, os Estados… A situação do… Não foi a situação do Acre que melhorou, não; foi a situação do País! A situação do País melhorou… Então, fica aqui, Senador Jorge Viana, nosso humilde aparte, mas no sentido de colocar para o Brasil a verdadeira situação do Estado do Acre: o Acre que eu vivo. Não quero falar… Eu nem… O senhor vê que eu nem tripudio desses últimos escândalos de corrupção que houve lá, porque eu não falo disso. Falo na hora em que sou cutucado, na hora… Eu não falo disso porque isso não é bom para o Acre. Eu quero que meu Estado esteja cada vez melhor. Eu quero que meu povo viva bem. Agora, eu não posso vender para o Brasil uma realidade que não existe em meu Estado. E, quanto ao horário, para mim, esse assunto está encerrado. Há mais uma: nós temos a grande oportunidade de levar a Presidente Dilma lá no nosso Estado para que ela possa sancionar e devolver esse horário. Vamos chamar a Presidente Dilma! A Presidente Dilma perdeu a eleição lá porque ela pagou um preço. E ela tem culpa… Mudaram o horário do Acre, o povo se revoltou, deu um voto de protesto, e a Presidente Dilma perdeu a eleição no Acre. Agora, a grande oportunidade que nós temos de levar a Presidente Dilma e dizer: “Vamos lá, Presidente. Devolva nosso horário! Está aqui o povo acriano.” Eu tenho a humildade de chegar para o Governador Tião Viana e dizer: “Governador, eu acho que houve mal-entendido. Vamos passar uma borracha nisso e vamos viver como sempre vivemos aqui com nosso horário antigo”, o horário de Deus, como chamamos por lá. E que a paz volte reinar em nosso Estado. Obrigado, Senador.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu agradeço o aparte de V. Exª, mas eu acho, com todo o respeito, que V. Exª -- observei -- chegou ao plenário quando eu estava falando. V. Exª chegou ao plenário no horário velho do Acre, chegou um pouco atrasado, mais para trás e não ouviu a parte em que comecei a falar de nosso Estado.

            Nunca tratei de “paraíso”. Essa palavra não pode vir para minha boca. Mas o Acre, que a gente assumiu para governar… E lá -- Magno Malta está ali -- era um Acre em que havia gente que cortava os outros na motosserra e soltava na frente dos canais de televisão.

            O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Maioria/PSD - AC Fora do microfone.) - O povo acriano não é assim, não!

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - O Acre tinha gente -- ouça o que eu estou dizendo -- que chegava na redação do jornal e mandava o jornalista engolir o papel que tinha escrito. Esse foi o Acre que eu peguei para governar, e V. Exª, como Presidente da Assembleia -- e que era um aliado nosso --, cumpriu o papel de nos ajudar a fazer essa transformação.

            Agora, olhe, Senador, a Presidenta Dilma, se ela fosse ao Acre para sancionar uma lei dessa, seria o maior atraso. A Presidenta Dilma tem que ir ao Acre para garantir mais saúde, mais educação, mais investimento, e não para assinar sanção de horário.

            Essa questão de horário foi politizada da maneira mais equivocada. Qual é a produtividade…

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - … de quem ficou dois anos tentando atrasar o Acre em uma hora? Perdeu tempo e deixou de estar fazendo aquilo que é essencial para o nosso povo, que é trabalhar e cobrar o Governo, sim -- Federal, estadual e municipais --, por melhor qualidade de vida para o nosso povo.

            Por isso é que estou falando hoje. Porque, para mim, estou pondo um ponto final nessa história. Estou pondo um ponto final. Só que estou também fazendo justiça ao Senador Anibal, estou fazendo justiça ao Governador Tião Viana e dizendo que não é que o povo queria o debate do contraditório. Foi feito um referendo e se dividiu. Gente da oposição votou pelo horário novo, gente da situação votou pelo horário velho.

            Ontem, foi resolvido aqui. Eu ajudei a dar um encaminhamento, porque tinha havido um referendo. E o referendo tem que ser respeitado, não importa se foi por um voto, dois votos ou três votos. É isso que eu quero deixar bem claro aqui.

            Agora, com todo o respeito, falei. O Tião fez um trabalho extraordinário, como Senador, e nesse aspecto ele aprovou uma lei com uma intenção. O erro pode ter sido exatamente este: poderíamos ter feito uma consulta antes. Eu assumi aqui.

            O Senador Anibal, que foi vítima, acusado de muita coisa, estava só dizendo: “Não tem jeito, o referendo tem que ser transformado em um projeto de lei. Tem que tramitar aqui e na Câmara.” E nesses dois anos e pouco, foi isso que ocorreu. Ontem resolvemos.

            Eu nunca trabalhei para sabotar. Não há um Senador aqui com quem eu possa ter conversado, dizendo: “Olha, eu vim aqui para votar isso contra”. Não, ao contrário, cumpri o meu papel de Senador. Agora, eu tenho que vir aqui hoje dizer… Inclusive, como membro da Mesa, sou obrigado a fazer isso e o fiz com gosto. Informei ao Senador Sérgio Petecão. Aqui não tem risco. E informei ao Presidente Renan que nós iríamos tratar, como tratamos. Agora está para sanção presidencial.

            Mas acho, sinceramente, que esse tema vai seguir sendo um problema. Não tem jeito de não ser um problema. Porque não fomos nós. Foi o Ministério Público que chegou lá e disse: “A grade de televisão, de funcionamento das coisas, tem que mudar por causa de três horas de diferença em horário de verão.” Isso afeta.

            E nós estamos em uma linha divisória de um dos fusos horários que uma hora para lá e uma hora para lá, desse ponto de vista, dava. Mas houve falha também nos nossos Governos, outra falha, que eu botei na página. Tinha que ter adequado os serviços, o funcionamento, para poder o novo horário entrar em vigor. Mas isso virou um debate político de perda de tempo, na minha opinião.

            Então, eu ouço, para encerrar -- e agradeço o aparte do Senador Petecão --, o Senador Suplicy e o Senador Anibal.

            E peço desculpas ao Presidente Paim.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco Apoio Governo/PT - SP) - Prezado Senador Jorge Viana, primeiro, é importante que aqui colaboremos para a paz no Acre. E há uma coisa muito significativa, porque hoje a Srª Francisca, mãe do Senador Inácio Arruda, veio visitar o seu filho em plenário, ver como ele trabalha, se ele trabalha bem. Todos nós podemos dar nosso testemunho como Inácio Arruda honra o povo do Ceará, o Senado Federal, o povo brasileiro. A Srª Francisca veio acompanhar o Flávio, irmão do Inácio, que inclusive veio hoje para prestar um depoimento a respeito da questão dos transportes, inclusive de pessoas com necessidade especiais. Estão aqui também o Egberto, outro irmão do nosso querido Inácio Arruda, juntamente com o Gil e a Débora, que os acompanham. Que possa a família do Senador Inácio Arruda contribuir para a paz no Acre sobre a questão do horário.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Não, do horário, já está vencido esse debate. 

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco Apoio Governo/PT - SP) - E também V. Exª disse coisas bonitas sobre uma pessoa que também tanto prezo, a Senadora Marina Silva. Quero aqui expressar, mais uma vez, o respeito pela decisão e pelo caminho. Na minha avaliação… Eu, como V. Exª, vou por muitos anos estar em comunhão com aquela que foi a nossa colega no PT, mas que por tantas razões acabou hoje no PSB -- agora não preciso detalhar todas essas razões -- só mais uma vez reiterar o respeito. Mas, agora, que possa a família do Senador Inácio contribuir para a paz no Acre.

            O Sr. Inácio Arruda (Bloco Apoio Governo/PCdoB - CE) - Eu, Suplicy, eu peço mais cinco minutos ao Paim, para V. Exª.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Está bom.

            Eu queria dizer que certamente é o sentimento do Plenário inteiro, dar as boas-vindas à D. Francisca, ao Fernando. Por isso que vi, o Senador Inácio, hoje, estava de filho, ele estava ali de irmão, não estava como Senador que é, atuante.

            Mas é uma satisfação enorme a gente ser colega do Inácio e poder ver a sua família visitando o plenário.

            O Sr. Inácio Arruda (Bloco Apoio Governo/PCdoB - CE) - Não se preocupe porque o Ceará só entra no Acre para apaziguar, não tem perigo de …

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Apaziguar com um parabélum na mão, com um fuzil, não, entra para lutar, para defender, como sempre fizeram os cearenses.

            O Sr. Inácio Arruda (Bloco Apoio Governo/PCdoB - CE) - Com um bacamarte, para a gente resolver o problema.

            Um abraço, obrigado. Obrigado, Suplicy.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Mas eu agradeço, cumprimento a família. É muito interessante nós, como colegas, podermos ver um colega um feliz, com um sorriso diferente, porque está com as pessoas que são as mais especiais para a vida de cada um, que são os seus familiares.

            Então, eu queria aqui, pedindo a compreensão do Paim, concluir a minha fala. E antes há dois pedidos aqui a ouvir. E aí, Senador colega Sérgio Petecão, eu tinha me referido inclusive ao gabinete da Vice. Eu tenho lá fotografia do Senador Nabor, que mandei por num quadro, do Jorge Kalume, do Guiomar Santos. Sabe por quê? Porque eu valorizo, independentemente de cor partidária, essas figuras que ajudaram o Acre.

            E aí eu tenho que dizer, o Lula usa muito isso e é criticado, que talvez antes de nossa chegada, inclusive V. Exª era nosso aliado na época, porque éramos nós que estávamos trabalhando, ninguém tenha valorizado mais a história do Acre, o passado, os governos, do que nós, construindo monumentos, valorizando, levando os restos mortais de Guiomar, sem olhar se era de direita, de esquerda ou de centro. Foi isso que nós fizemos. A cultura acriana…

            Agora, eu não posso negar que o salário atrasava cinco meses, que o Banacre o pessoal saqueou e roubou, que o pessoal matava, o esquadrão da morte estava funcionando. Esse era o Acre que nós tínhamos. O Acre era o pior na educação, no Brasil. E o que aconteceu com isso? Mudou! Como o Brasil também mudou radicalmente!

            Mas não vai parar isso. Não estão as coisas prontas. Mas hoje eu acho que nós devemos nos orgulhar das cidades que nós temos, do povo que nós temos, porque essa sempre foi uma história de cem anos nossa. Comemoramos os cem anos. Temos muito orgulho dessa história e de todos. E não é uma coisa nossa.

            Mas que através da política nós conseguimos fazer uma mudança visível -- só não vê quem não quer -- no Acre e na vida do povo acriano é um fato. Agora fica o desafio: quem quiser que mude mais do que nós, porque os problemas ainda seguem sendo um desafio para o nosso Estado.

            Então eu ouço o Senador Magno e o Senador Anibal.

            Senador Anibal, por gentileza, para que eu possa encerrar.

            Obrigado, Senador.

            O Sr. Anibal Diniz (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Senador Jorge Viana, me congratulo com o discurso de V. Exª. Só para nivelamento desse debate a respeito do fuso horário, é muito importante que as pessoas saibam que o regime de fuso horário no Brasil foi instituído em 1913, pelo Presidente Hermes da Fonseca. Nesse período, o Acre não tinha representação, porque não existia como Estado. Logo, não foi considerado. Nessa época, uma comunicação entre o Rio de Janeiro e o Acre demorava um ano.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Um ano.

            O Sr. Anibal Diniz (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Então, uma diferença de três horas ou de duas horas não seria relevante. Agora, quando, em 2008, o Senador Tião Viana apresentou uma proposição para diminuir essa diferença, foi justamente para se ajustar aos novos tempos, então, foi algo muito bom. Infelizmente, pela politização, veio a eleição de 2010 e, numa completa ausência de proposta da oposição, resolveram explorar a mudança de fuso horário e acabaram tendo sucesso. E a gente, no segundo turno daquela eleição, acabou também tendo uma culpa de não ter feito efetivamente uma campanha pela manutenção do fuso horário. O Governador Tião Viana, eleito, achou por bem de não se manifestar, e recuou na discussão, e acabou vencendo, por 56 a 44, a volta ao antigo fuso horário. Bom, é um assunto encerrado. Agora, o fato é que existe toda uma adaptação ao horário atual que está em vigor, e uma vez sancionada pela Presidenta Dilma, vai ter que voltar ao horário antigo e, certamente, vai causar outro desconforto. E eu posso antecipar que, da mesma forma como nós vivemos um desconforto quando a população se sentiu incomodada pela mudança de horário, o Senador Sérgio Petecão vai ter que se explicar, porque a população vai ficar muito incomodada…

(Soa a campainha.)

            O Sr. Anibal Diniz (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - … com a volta do antigo fuso horário, porque já há toda uma adaptação. E mexer com quem está quieto dá um desconforto tremendo. E é o que vai acontecer no próximo período; lamentavelmente a gente vai ter que se adaptar a essa nova situação com o fuso horário do Acre voltando a ser de duas horas em relação a Brasília, e não de uma hora, como é hoje.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Três, quando for no horário de verão.

            Ouço o Senador Magno. Peço desculpas aos colegas, porque há muita gente para falar, e compreensão ao Presidente.

            Por gentileza, Senador Magno.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - Na verdade eu iria fazer um pela ordem, mas eu preciso também aparteá-lo.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Ah, então eu encerro e V. Exª fala.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - Não, não, não. Eu quero apartear V. Exª, até porque eu tenho uma parte da minha vida no Acre. E calhou que todos os assuntos, que todo o caminho conduzisse à venda agora, ao mercadinho. E eu recebi, na minha sala, a assessoria da CPI do Narcotráfico, 154 assessores. Eu recebo um Tião Viana, Senador, apavorado, com a Marina Silva mais apavorada ainda, branca igual a uma cera; o Governador do Acre escondido com os filhos, ameaçado de morte…

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - E esse infeliz era eu, mas o Petecão também estava lá passando as dele.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) -. Estava. E Petecão estava segurando a onda porque Analu, a Deputada estadual, tinha chegado aqui e tinha chutado o balde na CPI…

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Todo mundo estava correndo risco.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - … e as baterias de Hildebrando se viraram para a Assembleia Legislativa também…

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Analu, inclusive.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - E nós tínhamos duas audiências, oitivas. Uma, no Amapá, do Capiberibe, em que, felizmente para o povo, infelizmente para eles, o Tribunal de Contas absolutamente envolvido; e Minas Gerais. Atendendo ao desespero de Tião e de Marina, nós desmarcamos. Falamos com o Governador Jorge Viana e seguimos para o Acre.

(Soa a campainha.)

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - Eu nunca vi cena daquelas, já vi em faroeste. Um povo amedrontado, metade da janela aberta. Quando os carros da Polícia Federal passavam, um enfrentamento de uma população de bem. Fomos para a Assembleia Legislativa e fomos recebidos pelo Presidente Petecão. O Acre estava vivendo sob pressão; o governo sob pressão; a criminalidade assanhada, uma criminalidade que a gente só vê em filme de Jason, Sexta-Feira 13, de gente que serra gente, que pega criança e mata com ácido no rosto, coisas desgraçadas, praticadas pela família Pascoal. Realmente, a gente precisa fazer justiça também ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que era do PSDB e podia muito bem ter lavado as mãos.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Ele foi lá uma vez só para dizer que ninguém ia matar o governador, porque ele estava junto.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - Ele passou oito anos no poder e só foi no meu Estado por quinze minutos, ficou no pátio da Aracruz Celulose. Lá ele foi e construiu um presídio, a pedido de V. Exª.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Em 45 dias eu fiz a construção.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - O governador pediu e ele fez um presídio e foi mais rápido que imediatamente, onde está o Hildebrando hoje ainda. E nós fomos para lá. Há que se ressaltar que essas picuinhas de processo eleitoral são muito menores, porque na hora em que o Acre mais precisou todos vocês estavam juntos.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Obrigado, Senador.

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - O Petecão estava junto, o Anibal estava junto. O nosso querido Senador era secretário de comunicação do governador naquela época, eu me lembro muito bem, juntamente com a Senadora Marina e o Senador Tião Viana. Aquilo que a Polícia Federal vinha buscando há tanto tempo, assim como o Ministério Público Federal, Deus nos deu a felicidade de encontrar até o cemitério clandestino daquele homem.

(Soa a campainha.)

            O Sr. Magno Malta (Bloco União e Força/PR - ES) - De maneira que faço esse registro querendo realmente apaziguar. Acho que quem tem mais autoridade sou eu. No momento mais importante do Acre todos vocês estavam juntos. Então, picuinha de campanha, aquilo que falou, que não falou, disse me disse… A contribuição para que tivéssemos um Acre melhor passa pela mão de todos. Acho que isso é o mais importante.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Obrigado, Senador Magno Malta. Obrigado, Sr. Presidente. É o que o Senador Anibal falou, vai ter de uma adaptação agora. Eu agradeço os apartes.

            Encerro dizendo que não venham depois colocar a culpa no Governador, cobrar, porque agora todos nós vamos ter de ajudar para essa nova adaptação. Eu digo aqui: vai que é tua, Petecão, porque agora você vai ser cobrado, como disse o Senador Anibal. Cobrado por uma parte, porque é dividido. Todo mundo tem de ajudar agora para fazer essa adaptação. Eu vou seguir aqui no Senado puxando o Acre para frente para que ele não fique atrasado. Um abraço. Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2013 - Página 70619