Pronunciamento de Aécio Neves em 23/10/2013
Discurso durante a 185ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Crítica à Presidenta da República por ter vetado, no Programa Mais Médicos, emenda que criava a carreira nacional de médicos.
- Autor
- Aécio Neves (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
- Nome completo: Aécio Neves da Cunha
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
PROGRAMA DE GOVERNO, SAUDE.:
- Crítica à Presidenta da República por ter vetado, no Programa Mais Médicos, emenda que criava a carreira nacional de médicos.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/10/2013 - Página 75368
- Assunto
- Outros > PROGRAMA DE GOVERNO, SAUDE.
- Indexação
-
- CRITICA, VETO (VET), PRESIDENTE DA REPUBLICA, PROGRAMA DE GOVERNO, AMPLIAÇÃO, MEDICO, EXTERIOR, TRABALHO, PAIS, EMENDA, CARREIRA, AMBITO NACIONAL, MEDICINA.
O SR. AÉCIO NEVES (Bloco Minoria/PSDB - MG. Sem revisão do orador.) - Apenas para fazer um registro neste momento, e, mais uma vez, um lamento.
Fomos, ontem, informados de que a Presidente da República, no momento em que sancionava o programa Mais Médicos, vetou uma única emenda, de autoria do Deputado Marcus Pestana, ex-Secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, a qual havia sido acordada, segundo ele, com o próprio Ministro de Estado da Saúde, o Ministro Alexandre Padilha. Essa emenda criava exatamente a carreira de médicos, um instrumento absolutamente necessário para que, a médio e longo prazo, nós tenhamos médicos em todas as regiões do Brasil.
Nós temos hoje juízes; nós temos hoje promotores de justiça nas mais variadas comarcas, nas mais variadas regiões do País porque existe uma carreira que estimula aquele servidor a lá estar.
Essa proposta foi objeto de uma ampla negociação no Congresso Nacional; repito, houve inclusive um telefonema do Ministro da Saúde ao Deputado Marcos Pestana, confirmando que aquilo seria objeto de um entendimento e, lamentavelmente, a Presidente da República vetou.
É algo contraditório, Sr. Presidente, porque a Presidente faz ali um desagravo, ao qual todos nós nos unimos, ao médico cubano, que foi recebido indevidamente quando chegou ao Brasil - não entramos nesse campo -, e, ao mesmo tempo, faz um agravo grave aos médicos brasileiros, ao negar-lhes a construção definitiva de uma carreira com crescimento sustentado.
Portanto, quero fazer esse registro. Lamento que a medida de curto prazo e a medida do marketing eleitoral sempre prevalecem quando se trata da decisão em última instância da Presidência da República.
Tivemos, portanto, uma enorme e talvez uma das poucas oportunidades de construir, no campo da saúde, medidas de médio e de longo prazo. Essas, sim, acredito que atenderiam a população mais carente do Brasil, Sr. Presidente.
É o registro que eu tinha a fazer.