Discurso durante a 20ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Homenagem ao aniversário de 60 anos da Rede Record de Televisão.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM, IMPRENSA.:
  • Homenagem ao aniversário de 60 anos da Rede Record de Televisão.
Publicação
Publicação no DSF de 25/09/2013 - Página 2015
Assunto
Outros > HOMENAGEM, IMPRENSA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, EMISSORA, TELEVISÃO ABERTA.

A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Maioria/PP-RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Caro Presidente Renan Calheiros; caro Presidente Deputado Henrique Eduardo Alves, da Câmara dos Deputados, que nos dá a honra de estar na nossa Casa, espero um dia seja sua também; caro Senador amigo Eduardo Lopes, autor, no Senado, do requerimento desta cerimônia; Deputado Antonio Bulhões, responsável pelo requerimento na Câmara Federal; caro Presidente da Rede Record de Televisão, Luiz Cláudio Costa; caro Ministro Marcelo Crivella; Ministro Alexandre Padilha, que até há pouco esteve conosco; jovem Presidente da ABERT, Daniel Slaviero, com quem tive o prazer de estar hoje de manhã; quero saudar também os Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras.

     Quero fazer uma referência especial, como gaúcha, ao Sr. Presidente pela acolhida da representação da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul à sua Rainha, a Gabriela, e às Princesas, Maria Helena e Caroline. Muito obrigada. Vocês estão acompanhando hoje uma sessão muito especial aqui que são os 60 anos da Rede Record.

     Quero agradecer a presença do Secretário de Turismo de Santa Cruz do Sul, nosso querido Secretário César Cechinato, e do Presidente da Oktoberfest, Léo Schwingel. Muito obrigada aos senhores. A companhia dos senhores aqui mostra a relevância desta significativa

homenagem aos 60 anos da Record.

     Temos que fazer escolhas, Sr. Presidente. Estamos, na Comissão de Assuntos Econômicos, com a presença do Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Eu faço parte dela e queria até me inscrever para fazer perguntas a ele, mas estamos numa celebração que só hoje acontece: são 60 anos de um grande grupo de comunicação. O Presidente Tombini talvez venha outras vezes - e terá que vir outras vezes aqui - e a economia vai andando, mas 60 anos é um dia só. E esta cerimônia só acontece hoje, não teremos outras audiências para celebrar os 60 anos.

     Então, eu fiz uma escolha: estar aqui para, como jornalista, como comunicadora que fui durante tanto tempo, associar-me à homenagem, que está sendo feita, nesta manhã, pela Câmara e pelo Senado, por iniciativa do Senador Eduardo Lopes e do Deputado Antonio Bulhões.

     E permita-me o Presidente da Record dizer que tenho na Record uma parenta muito querida, “minha prima” - entre aspas -, a Christina Lemos, Senador Romero Jucá, que encarna muito bem o perfil de uma profissional responsável, séria, educada, elegante, comprometida com a boa informação. Eu tenho muito orgulho de dizer, quando me perguntam se sou parente da Christina, que sou parente dela. (Palmas.) Então, em nome da Christina Lemos, eu queria homenagear todos os colegas jornalistas, todos os profissionais da comunicação da Rede Record.

     E hoje aqui, nesta Casa, existem dois momentos relevantes: este, no qual estamos festejando os 60 anos, e à tarde. O nosso Presidente Renan Calheiros já anunciou que teremos uma decisão que tem muito a ver com a Record. Por quê? Porque a história da

Record foi sempre comprometida com a cultura, com o entretenimento, com a boa música. Votaremos hoje à tarde a PEC da Música, por agenda do Presidente Renan Calheiros. (Palmas.) Penso que a data se reveste, portanto, de muito significado.

     A história da Rede Record - já foi dito aqui -, que na próxima sexta-feira, dia 27 de setembro, completa 60 anos, faz parte não apenas da história da TV em nosso País. É mais que isso! Ela se assemelha à história de muitos brasileiros, e, em especial, ao meu

passado profissional e a do meu Estado, o Rio Grande do Sul. Nos quase 40 anos que atuei como jornalista, trabalhando, inclusive, na televisão, vivenciei algumas situações que reforçam as influências positivas da boa comunicação, Daniel Slaviero, especialmente da televisão, na vida das pessoas.

     Se por um lado esse veículo de comunicação de massa tem a missão de noticiar as mazelas políticas, econômicas e sociais de uma sociedade, por outro lado ajuda a levar também - e muito importante - entretenimento e informação de qualidade, que transformam

a vida real e ajudam nos desafios do nosso dia a dia.

     Em 1972, por exemplo, foi a primeira vez que a Record fez uma transmissão em cores - e foi exatamente referida aqui pelo Senador Eduardo Lopes. As imagens escolhidas para esse fato histórico foram as da Festa da Uva, em Caxias do Sul, tradicional evento que mostra a riqueza daquela região, com forte influência italiana, que ocorre com frequência bianual há

mais de 130 anos, no Município, como eu disse, de Caxias do Sul.

     Eu poderia citar outros inúmeros feitos dessa grande emissora de televisão, como, por exemplo, a transmissão da festa de inauguração de Brasília, no dia 21 de abril de 1960. Naquela época, a Record foi a única a promover essa cobertura histórica.

     Cito ainda os programas de jornalismo e entrevistas que passaram a fazer parte da programação da Record na década de 70. Antes disso, na década de 60, a nossa inesquecível Hebe Camargo - que participou com Ivon Cury e outros artistas do primeiro programa de televisão do Brasil, na antiga TV Tupi, chamado TV na Taba - já estava contratada pela TV Record.

     Pouco mais de 3 anos separam a primeira transmissão de TV do Brasil, protagonizada pelo histórico Canal 3 (TV Tupi), da veiculação do programa musical “Grandes Espetáculos União”, de autoria da Record.

     Nesse período, na década de 60, talentosos artistas de nível internacional, como Louis Armstrong, do jazz, Nat Kihg Cole, Sarah Vaughan e Charles Aznavour já haviam passado pelo teatro da emissora.

     São histórias marcantes que aumentam o valor da TV brasileira e, em especial, da aniversariante, que faz 60 anos. Queremos que ela faça outros 60. Claro, não vamos estar aqui, mas os nossos sucessores estarão.

     Por isso, quando há qualquer mobilização contrária à liberdade de expressão ou limitadora das práticas jornalísticas de comunicação, dos conteúdos, sou uma defensora instransigente da transparência e da liberdade, pois sei que os veículos de comunicação também têm virtudes convergentes às boas práticas democráticas. Instituições que são modelos maduros de democracia só alcançaram tais patamares de evolução em nosso País porque valorizaram, entre outras instituições, a liberdade de comunicação, a transparência, valores necessários sobretudo nos tempos contemporâneos.

     Por isso quero reforçar os meus cumprimentos ao Presidente da Record, Luiz Claudio Costa, integrante do quadro da empresa há mais de 14 anos, e a cada um dos colaboradores, jornalistas, artistas e todos que trabalham aqui. Entre os mais de 2 mil funcionários nas prinicpais capitais do País, atuando inclusive em mais de 20 filiadas e 80 afiliadas, o grupo Record tem reforçado a atuação no Rio Grande do Sul de forma exemplar.

     Menciono tradicionais veículos de comunicação do meu Estado, que são indissociáveis protagonistas da história do meu Rio Grande do Sul, como é o caso do jornal Correio do Povo, sob responsabilidade do Vice-Presidente do grupo Record, Veríssimo de Jesus, da Rádio Guaíba, AM e FM, coordenada pelo Diretor Maurício Albuquerque e Silva, e da TV Record do Rio Grande do Sul, sob coordenação de Fabiano de Freitas.

     São novas influências que aumentam as chances de fortalecimento da comunicação no País.  

     E eu tenho a felicidade, meu querido Ministro Marcelo Crivella, caros Presidentes, de dizer que, tendo trabalhado em uma empresa, eu não diria concorrente da Record, eu sou tratada com uma fidalguia, com um respeito, que me mostra, com clareza, a forma sem

discriminação, com igualdade, que a TV Record dá às pessoas que fazem e cumprem o seu dever. Então, eu sou muito bem tratada na Record, mesmo tendo trabalhado em outra empresa. E fui bem tratada durante a campanha eleitoral, o que não é comum. Eu

preciso dar esse depoimento, porque considero isso um testemunho real da forma transparente, da forma responsável e da forma comprometida com quem está trabalhando em favor do bem comum.

     Essas influências da Record no meu Estado aumentam as chances do fortalecimento da comunicação, não só lá, mas em todo o País.

     Que a história do grupo Record continue se baseando exatamente no que ela faz hoje, na liberdade e nos valores básicos necessários ao amadurecimento de nossa democracia.

     Parabéns pelos 60 anos! Outros tantos com mais sucesso ainda!

     Muito obrigada. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/09/2013 - Página 2015