O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eu só gostaria que V. Exª recebesse um documento que nós elaboramos ontem, no encontro do Fórum Parlamentar Catarinense, na cidade de Criciúma, que fica na região sul do nosso Estado. O Fórum Parlamentar esteve lá presente, discutindo os assuntos daquela região. Eu tenho alguns apontamentos aqui e gostaria que V. Exª recebesse o documento na Mesa e fizesse constar dos Anais da Casa. Eu prometi ontem que faria constar dos Anais do Senado esse documento, e eles ficaram felizes.

SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR CASILDO MALDANER

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, ontem pela manha, senadores e deputados federais de Santa Catarina, que compõe o Fórum Parlamentar Catarinense, reuniram-se na cidade de Criciúma, no Sul do Estado.

            Sob a coordenação do deputado federal Marco Tebaldi, a intenção do encontro descentralizado é ouvir as carências específicas da região, e unir esforços em busca das soluções.

            O encontro foi extremamente proveitoso, discutindo assuntos como melhorias na infraestrutura, geração de energia, aproveitamento do carvão mineral, a delicada questão da saúde pública, obras e ações de mobilidade urbana e escoamento da produção.

            Mas gostaria de relatar um pequeno episódio ocorrido antes mesmo da reunião, que é exemplar de uma das principais dificuldades enfrentadas hoje, não somente em meu Estado, mas em todo país.

            Como a agenda iniciava cedo, por volta das oito da manhã, decidi descolar-me à Criciúma ainda no domingo. O trajeto desde Florianópolis é de aproximadamente 200 quilômetros.

            Pois bem, levamos mais de cinco horas, isso mesmo, cinco horas, para percorrer essa distância. Tudo em função de um pequeno acidente, que interrompeu uma das pistas da BR-101, cuja duplicação aguarda mais de uma década para ser concluída.

            Foram centenas de reuniões, pressão de parlamentares, apelos de prefeitos e governadores, enfim, uma imensa pressão para que essa obra, de importância vital para nosso Estado, possa chegar à sua conclusão.

            Entre muitas idas e vindas, atrasos em licitações, licenças ambientais e um sem-número de entraves, a duplicação encontra-se agora perto do fim, com alguns gargalos que não nos permitem relaxar.

            Os prejuízos acumulados ao longo dos anos são incalculáveis. A rodovia já apresentava sinais de sobrecarga nos anos 70. Estima-se que a região Sul do Estado deixo de crescer 50% em função das dificuldades da rodovia. Os danos, contudo, não ficaram restritos à região Sul, atingindo toda Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, seja na indústria, agricultura, turismo, enfim, em todas as atividades econômicas - uma vez que historicamente relegamos as ferrovias a segundo plano e a estrada é a única alternativa de transporte, seja de carga ou de passageiros.

            Além das perdas financeiras, a absurda quantidade de vidas desperdiçadas na BR-101 nos obriga a manter permanente vigilância, para que as obras não se retardem ainda mais. É nosso compromisso, bem como de todo o Fórum Parlamentar Catarinense.

            São nossas considerações, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.