Pronunciamento de Cássio Cunha Lima em 12/11/2013
Discurso durante a 201ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Referente à PEC nº 22 A/2000.
- Autor
- Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
- Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Outros:
- Referente à PEC nº 22 A/2000.
- Publicação
- Publicação no DSF de 13/11/2013 - Página 81276
- Assunto
- Outros
O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Minoria/PSDB - PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é apenas para concordar com a manifestação feita pelo Líder dos Democratas, o Senador José Agripino.
Em nome da Liderança do PSDB, vamos manter o entendimento firmado e, por conseqüência, não obstruiremos a votação do segundo turno, na expectativa de que amanhã possamos ter a deliberação sobre o voto aberto, em torno de cuja questão também há uma grande expectativa do País como um todo.
Mas não posso deixar de registrar mais uma profunda incoerência que o Parlamento brasileiro vive em não fixar mais recursos para a saúde. O Brasil é um país de enormes contradições e paradoxos, e um dos mais gritantes do setor público é exatamente o comando constitucional de vinculação de recursos para Estados e Municípios aplicarem percentuais mínimos na saúde, enquanto que a União, que é quem mais arrecada, fica livre de qualquer obrigação. E, nos últimos anos, o que estamos assistindo é a uma obrigação cada vez menor do Governo Federal, daí por que a presença de prefeitos, de prefeitas aqui na Tribuna de Honra. (Palmas.)
Já fui prefeito, já fui governador e sei exatamente como funciona esse problema na ponta.
É lamentável que novamente o Plenário do Senado deixe de representar os Estados. Porque o curioso é isto: no nosso arranjo institucional, o Senador representa o Estado. Nós estamos aqui como representantes dos Estados brasileiros e, na hora de defender os Estados brasileiros, votamos contra quem nós representamos para lamentavelmente servir aos interesses do Governo central.
Imaginem o constrangimento daqueles que vão para palanque, fazem discursos, entrevistas, jurando, prometendo melhorias na saúde, mas, na hora de a onça beber água, na hora da decisão, são submetidos a uma saia justa e, para dizer amém ao Governo, votam contra os interesses do Brasil.