Discurso durante a 201ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração da expansão do agronegócio no Brasil, em especial, no Estado do Paraná; e outros assuntos.

Autor
Sergio Souza (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PR)
Nome completo: Sergio de Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. POLITICA AGRICOLA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO, POLITICA AGRICOLA.:
  • Comemoração da expansão do agronegócio no Brasil, em especial, no Estado do Paraná; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 13/11/2013 - Página 81365
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. POLITICA AGRICOLA. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO, POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • REGISTRO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR, REFERENCIA, VISITA, LOCAL, CURITIBA (PR), ESTADO DO PARANA (PR), OBJETIVO, FISCALIZAÇÃO, OBRA PUBLICA, IMPORTANCIA, REALIZAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL.
  • REGISTRO, DESENVOLVIMENTO, ATIVIDADE AGRICOLA, LOCAL, ESTADO DO PARANA (PR), COMENTARIO, CRESCIMENTO, PRODUTIVIDADE, SAFRA, ENFASE, AUMENTO, EXPORTAÇÃO, ELOGIO, ATUAÇÃO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, RELAÇÃO, INVESTIMENTO, SETOR.

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Meu melhor boa noite a todos os cidadãos brasileiros que nos escutam e que nos assistem na noite de hoje, depois de uma votação debatida, ampla, no plenário do Senado Federal, que diz respeito ao aumento dos investimentos por parte do Governo Federal na saúde, com a obrigação de aumentar, chegando ao patamar de 15%, por imposição de uma emenda à Constituição, que volta agora à Câmara dos Deputados.

            Nós estamos aqui para fazer nossos pronunciamentos, sempre em razão de algum fato ou de algum tema que interesse à sociedade e ao nosso Estado.

            Antes de adentrar, Sr. Presidente, o tema que me traz à tribuna, que é a expansão do agronegócio e da agricultura no Brasil e no Estado do Paraná, eu gostaria de fazer o registro de que, na última segunda-feira, a Subcomissão de Acompanhamento e Fiscalização das Obras da Copa do Mundo, da qual tenho o privilégio de ser o Presidente, esteve no Estado do Paraná, o meu Estado, na Capital, em Curitiba.

            Juntamente com o Senador Blairo Maggi, que é o Presidente da CMA, que é também a Comissão de Fiscalização do Senado Federal, nós pudemos visitar as obras da Arena da Baixada, campo do Atlético Paranaense. Agradeço, imensamente, a acolhida dos diretores do clube, que lá nos apresentaram as obras, inclusive o seu cronograma para a conclusão até o final do ano, com previsão, inclusive, de um jogo teste em janeiro e de inauguração em 26 de março de 2014.

            Também quero agradecer a presença, em parte do percurso, do Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet; do ex-Governador do Paraná Orlando Pessuti; do Secretário da Copa do Estado do Paraná, Mario Celso; e também do Secretário Municipal da Copa, Dr. Reginaldo.

            Estivemos também na URBS, visitando o centro de monitoramento da cidade e verificando os investimentos na rodoferroviária de Curitiba. Também estivemos no aeroporto de Curitiba, juntamente com o Superintendente Pallu, que mostrou todos os investimentos, que chegam perto de R$400 bilhões, no aeroporto de Curitiba. Além disso, visitamos o viaduto estaiado que está sendo construído na Avenida das Torres, ligação entre o centro de Curitiba e o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

            É uma importante função do Senado Federal fiscalizar também as obras realizadas com recursos públicos, ressaltando, Sr. Presidente, a importância da realização da Copa do Mundo no Brasil, que deixará um legado sem precedentes quanto à infraestrutura para as cidades-sedes da Copa e quanto à divulgação do Brasil para o mundo. Em especial, há a oportunidade de os brasileiros terem no Brasil a realização de uma Copa do Mundo.

            Sr. Presidente, o tema que me traz à tribuna na noite de hoje são os importantes avanços no campo do agronegócio nos últimos anos, nas últimas décadas.

            Ressalto que, na última quinta-feira, estive presente nos festejos comemorativos do aniversário de uma cooperativa no meu Estado, a segunda cooperativa em faturamento do Paraná e do Brasil, que é a C.Vale. Aqui, saúdo toda a sua diretoria, os associados e os funcionários através do seu Presidente, Sr. Alfredo Lang. Essa cooperativa, que tem sede em Palotina, com várias unidades fabris na região oeste, completou 50 anos. A C.Vale fecha o ano de 2013 com um faturamento em torno de R$4 bilhões. E a expectativa e os trabalhos são para fechar a década, até 2020, com um faturamento de R$10 bilhões, que é muito mais do que a receita de muitos Estados brasileiros. Quatro bilhões de reais já é a receita de muitas capitais do Brasil. Esse é o faturamento de uma das cooperativas que gera mais de cinco mil empregos diretos e que gera milhares de empregos indiretos no Brasil inteiro.

            Visitei também a Copacol, que é uma importante cooperativa do meu Estado. Saúdo a diretoria e todos os seus associados e funcionários por intermédio de seu Presidente Valter Pitol. Lá estive na última sexta-feira.

            São cooperativas, Senador Wellington, que aprenderam não só a produzir, colher, revender e exportar os grãos, mas também a transformá-los em produto final que chega à mesa dos brasileiros, e não só dos brasileiros, pois estamos falando de exportação mundial.

            Essas cooperativas e todas as outras do Estado do Paraná, grandes cooperativas como a Coamo, a Cocamar, a Cocari, a Coopavel, a Copagril, a Lar, a Cotriguaçu, muitas cooperativas do Estado do Paraná aprenderam a transformar o produto primário em produto final. Nas gôndolas dos supermercados de Brasília, vemos produtos do Paraná, seja o peixe, como a tilápia, o frango, o suíno, o embutido. Podemos ir ao Nordeste, ao Estado de V. Exª, Senador Wellington, que vamos ver produtos produzidos nas cooperativas do Paraná. E podemos ir à Europa, ao Leste Europeu, à Ásia, ao continente americano quase todo, que também veremos produtos feitos no Paraná.

            O Paraná é um Estado que tem tão somente 2,3% do território nacional, mas que, sozinho, produz quase 25% de todo o PIB do agronegócio brasileiro. E o importante não é só a produção ou a alta produtividade de grãos, mas também a transformação, a agregação de valor.

            O grande desafio, por exemplo, da C.Vale - ouvi isso do seu Presidente no ato das comemorações dos seus 50 anos, onde foi apresentada a sua evolução histórica -, a grande dificuldade é a mão de obra. Acredita nisso? Na região oeste do Paraná, cooperativas como a Copacol, como a C.Vale e como a Lar vão buscar trabalhadores a 200 quilômetros todo dia. São 200 quilômetros para ir e para voltar. As dificuldades que enfrenta um cidadão no grande centro urbano, que levanta de madrugada para chegar ao emprego às 6h, às 7h, às 8h, também estão ocorrendo no interior do Paraná em pequenos centros, porque ele sai de madrugada, viaja duas ou três horas em rodovias, para chegar ao seu trabalho. Isso mostra o fruto do desenvolvimento no Paraná e a importância do Estado, tanto que produz quase 25% de toda a produção agropecuária do País, incluindo sua transformação.

            Sr. Presidente, voltar à tribuna para tratar do agronegócio brasileiro sempre é um privilégio. Aliás, nada mais apropriado, pois represento, nesta Casa, o Estado do Paraná, esse Estado cuja produção agropecuária é das maiores do País, como já dito, e cuja participação nesse setor é fundamental para a própria economia. E é função de um Senador da República representar os interesses do seu Estado.

            Eu tenho o maior orgulho de ser Senador do Estado do Paraná, de ser membro da Comissão de Agricultura, de ser membro da Frente Parlamentar Agropecuária - inclusive, sou um dos seus diretores; tenho a função de ser o coordenador político da Frente Parlamentar Agropecuária -, de ser também um dos diretores da Frencoop, que é a Frente Parlamentar do Cooperativismo. E nós sabemos a importância que tem para o meu Estado o cooperativismo.

            Sr. Presidente, temos de celebrar os resultados da produção rural nacional, especialmente quando comparados aos resultados dos demais setores da nossa economia. Afinal, de 2008 pra cá, o PIB agropecuário cresceu duas vezes mais do que o PIB nacional. No primeiro semestre deste ano, o Produto Interno Bruto do País teve uma expansão de 2,6%, enquanto a agropecuária cresceu 14,7%, ou seja, algumas vezes a mais do que o PIB nacional.

            Na minha região, a situação é ainda mais favorável à produção rural. A riqueza gerada pela agricultura e pela pecuária dos três Estados do Sul deve alcançar um crescimento de 20%, o dobro da média nacional, após a retração de 8,7%, em 2012, causada pela seca, também ocorrida em regiões do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.

            A contribuição do agronegócio para a balança comercial do País também merece destaque. O superávit do setor alcançou US$72 bilhões de janeiro a outubro deste ano, enquanto que a balança comercial de tudo o que se exporta e importa no Brasil está mais ou menos empatado. Mas o agronegócio gera um superávit de R$72 bilhões, acima do registrado em 2012, que foi US$67 bilhões. Ou seja, ainda temos dois meses a serem computados e já ultrapassamos 2012. A maior série histórica para o período no País.

            Imaginem a situação das contas do País, se não fossem as exportações do agronegócio!

            Temos um déficit, hoje, de US$1,8 bilhão. Não fossem os 72 bilhões do superávit do agronegócio, chegaríamos a quase 73 bilhões de déficit. Só o agronegócio exportou, este ano, mais de US$200 bilhões.

            Esse é o resultado da produção agropecuária do Brasil.

            Levantamento recente, divulgado pelo Ministério da Agricultura, mostra que as exportações do agronegócio somam US$86 bilhões, valor 6,9% superior ao de janeiro a outubro de 2012, ou seja, o mesmo período. O valor correspondeu a 43% das exportações do País no período, cujo total chegou, como dito, a US$200 bilhões, a segunda maior participação na série histórica. Ou seja, só perdemos para 2009, quando a participação nas exportações do agronegócio chegou a 43,6%. Já as importações do agronegócio, de janeiro a outubro, somam tão somente US$14 bilhões, valor 5% acima do registrado em igual período. Isso demonstra crescimento na utilização principalmente de fertilizantes.

            Sr. Presidente, o estudo revela que os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o aumento de em torno de US$5,5 bilhões nas exportações do agronegócio. O complexo soja teve participação de 82% na expansão das vendas, seguido de cereais, como farinhas e preparações, com 19,6%, e das carnes, com 17,7%.

            No geral, o principal setor em valor exportado foi o complexo soja, com US$29 bilhões, 18,4% superior ao de janeiro a outubro de 2012. As vendas externas de soja em grãos foram responsáveis por cerca de 80%. Somam em torno de US$22,4 bilhões. E o valor é 30,5% superior ao acumulado no mesmo período de 2012.

            O aumento, Sr. Presidente, deve-se à ampliação em 29,5% da quantidade embarcada, de 32 milhões para 42 milhões de toneladas.

            Sr. Presidente, devemos registrar aqui também que o estudo mostra que o segundo setor no ranking das exportações foi o complexo carnes - valor agregado, que é a transformação do produto primário em produto final -, cujas vendas alcançaram cerca de US$14 bilhões de janeiro a outubro deste ano. Os técnicos destacam principalmente as exportações de carne de frango, equivalentes a US$6,2 bilhões; 5,6% superiores ao mesmo período do ano anterior.

            As vendas externas de carne suína foram 7,8% inferiores ao acumulado em 2012, somando US$1,15 bilhão. As exportações de carne bovina ultrapassaram a casa dos US$5 bilhões e cresceram em torno de 15%.

            Sr. Presidente, a produção brasileira de grãos vem batendo recordes sucessivos ao longo dos anos. O País saltou de uma safra em torno de 58 milhões de toneladas, nos anos 1990/1991, para 123 milhões de toneladas na safra de 2002/2003, atingindo o patamar de 187 milhões de toneladas na safra 2012/2013.

            Sr. Presidente, cabe aqui uma referência aos investimentos que o Governo Federal tem feito ao longo desses últimos dez anos. Eram pouco mais de R$20 bilhões disponibilizados no Plano Safra da agricultura brasileira, na safra de 2002/2003. Agora, na safra de 2013/2014, que é o Plano Safra vigente, nós temos uma disponibilização de R$156 bilhões, sendo que R$25 bilhões exclusivamente para a agricultura familiar. Só a agricultura familiar tem mais recursos do que os disponibilizados para toda a agricultura nacional nos anos 2002/2003.

            Mas, Sr. Presidente, o que mais chama a atenção é que o crescimento recente do agronegócio tem se dado através de ganhos reais de produtividade, e não mais pela expansão de novas fronteiras agrícolas. O que temos hoje de áreas utilizadas para a pecuária e agricultura! Só com a utilização dessas áreas, nós podemos mais do que dobrar a produção nacional, seja de carne bovina, de carnes como um todo e também de produção de cereais.

            E aqui merece todo um destaque a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que ajudou em muito, assim como também outras empresas: a Campo, aqui no Centro-Oeste; as Organizações das Cooperativas do Brasil; a Ocepar, no meu Estado, que é a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná; a Confederação Nacional da Agricultura; as federações de agricultura ao redor do Brasil; a Frente Parlamentar Agropecuária; a Frencoop, que é a Frente Parlamentar do Cooperativismo. Todas essas empresas têm contribuído e muito para o resultado positivo, como esse referenciado no pronunciamento desta noite.

            Sr. Presidente, basta verificar que, de 1998 a 2005, a área plantada do País cresceu 35%. Não estamos nos referindo à área de expansão agropecuária. Muito se avançou em cima da área de pastagem, numa média de 3% ao ano de crescimento. Nos sete anos seguintes, ou seja, de 2005 a 2012, o número caiu para 0,5% ao ano de expansão no crescimento de área plantada. De 2006 a 2013, a produtividade no setor agropecuário cresceu num patamar de 5% ao ano. De 2008 a 2013, no setor de grãos, a área plantada cresceu 7% contra um crescimento de 17% de produtividade, e é uma expansão de 30% da produção.

            No sul do meu Estado, o Estado do Paraná, a situação é ainda mais positiva. Afinal, sem espaço para ampliar as fronteiras agrícolas, a região se caracteriza pelo crescimento vertical do agronegócio, pelo aumento da produtividade nos produtos primários e pela transformação dessa proteína vegetal e proteína animal, sejam os lácteos, sejam as carnes de suínos, ovinos, inclusive frangos, especialmente - o Paraná é o maior produtor brasileiro -, bovinos e todos os seus derivados, em especial os embutidos. E também, Sr. Presidente, todos os demais estágios de processamento das matérias-primas.

            Temos o Paraná com 55% de toda a produção de frango do Brasil e 60% da agroindústria do Brasil - 60% estão no Paraná. Daí o resultado de o Paraná sozinho, mesmo tendo tão somente 2,3% do Território nacional, produzir quase um quarto de toda a produção e transformação dos produtos agropecuários nacionais, porque, sozinhos, respondemos por 60% da agroindústria do Brasil, além de contar com o maior porto de exportação de produtos do agronegócio, que é o Porto de Paranaguá.

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - Todo esse avanço do agronegócio brasileiro aponta para um futuro ainda mais promissor, quando analisamos o potencial do País, sobretudo quando comparado à situação dos demais grandes produtores agrícolas mundiais.

            Imagine, Sr. Presidente, se nós tivéssemos a infraestrutura que gostaríamos de ter - e que vamos ter no futuro Nós teríamos ainda um potencial maior.

            O ganho de eficiência da produção nacional tem sido expressivo nos últimos anos. Na safra de grãos 2008/2009, a produtividade média nacional equivalia a 3 toneladas por hectare. Nesta safra, atingimos ...

(Interrupção do som.)

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - ...Sr. Presidente, um patamar de 3,5 toneladas por hectare. Ainda estamos bastante aquém da produtividade média de 9 toneladas por hectare dos Estados Unidos da América, mas estamos reduzindo essa defasagem em ritmo acelerado.

            Segundo dados da FAO, de 2000 a 2010, a produtividade nas lavouras de grãos do Brasil cresceu em média 4,3% ao ano, enquanto, no mesmo período, nos Estados Unidos, o crescimento foi tão somente de 1,8%.

            Sr. Presidente, não é à toa que os estudos e projeções antecipam o crescimento da safra do País nos próximos 10 anos em 50%. Inclusive, numa necessidade anunciada pelo Presidente da ONU, Ban Ki-moon, na abertura da Conferência das Partes pela Sustentabilidade, a Rio+20, o Brasil será o responsável por pelo menos aumentar em 50% a produção de alimentos para nós alimentarmos os 2 bilhões a mais de seres humanos que teremos sobre o Planeta nos próximos 37 anos.

            Sr. Presidente, atingiremos quase 280 milhões de toneladas em aproximadamente 10 anos.

            O terceiro lugar é a Índia, no ranking mundial de produtores agrícolas. Teríamos a China em primeiro lugar, com 512 milhões de toneladas; os Estados Unidos, com 486 milhões; a Índia, com 280 milhões; e o Brasil, com 278 milhões de toneladas. Isso em dez anos.

            Mas nosso potencial é seguramente maior do que todos os demais grandes produtores, quando consideramos a capacidade de ampliarmos a área plantada, tanto em novas fronteiras quanto na utilização de áreas atualmente dedicadas à pecuária extensiva, mas também de elevarmos muito nossa produtividade, buscando os patamares norte-americanos, em torno de nove toneladas por hectare. Já fizemos isso e até superamos, na produção da soja.

            São notícias alvissareiras, que demonstram a importância estratégica do agronegócio para o futuro e o presente do Brasil.

            Felizmente, temos que reconhecer a Presidente Dilma como uma parceira do setor. Ela tem investido substancialmente em agilidade no escoamento da safra, em planos como o de armazenagem, em que se disponibilizaram em torno de R$25 bilhões para a armazenagem nos próximos cinco anos no Brasil. Inclusive, os investimentos em infraestrutura são substanciais. Cada novo Plano Safra, Sr. Presidente, anunciado pela Presidente Dilma, tem sido melhor do que o anterior, e a atenção em geral dada ao segmento agropecuário tem sido maior do que no passado.

            É natural e justo que assim seja. Afinal, os números e os resultados positivos do setor refletem de forma direta na situação econômica do nosso País, contribuindo para a balança comercial, para o crescimento do PIB, para a geração de emprego e renda, para o controle da inflação. Isso sem falar no desenvolvimento tecnológico de vanguarda experimentado no setor.

            Nosso principal desafio, seguramente, é ampliar a competitividade dos nossos produtores a partir da melhoria da nossa logística para escoamento da produção. Novamente o Governo da Presidente Dilma tem procurado atuar nessa área, e alguns avanços merecem destaque, especialmente no que se refere ao novo marco regulatório do setor portuário. As concessões no setor ferroviário são igualmente um exemplo positivo para enfrentar os conhecidos gargalos da ineficiência de transporte.

(Soa a campainha.)

            Concluindo, Sr. Presidente, ainda há muito a fazer. Os desperdícios causados pelas precárias condições de infraestrutura de transporte nacional são extraordinários em nosso País e tornam mais difícil a competitividade dos nossos produtos no mundo afora. Aí chamamos isso tudo de custo Brasil.

            Mas senhoras e senhores, caros telespectadores da TV Senado, todos os brasileiros que nos ouvem e que nos assistem, se de um lado temos que acelerar o avanço extraordinário do setor agropecuário do País e as excelentes perspectivas que se apresentam, de outro, aumenta muito a nossa responsabilidade para assegurarmos que a logística e a capacidade de transporte nacional não se transforme em impedimento para esse futuro tão promissor do nosso País.

            Espero que consigamos enfrentar tamanho desafio. Tenho confiança no Governo da Presidenta Dilma, que teve a coragem...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - ...de lançar esse Programa de Infraestrutura e Logística, o conhecido PIL, que congrega investimento, seja no setor portuário, no setor rodoviário, no setor ferroviário e também nos aeroportos ao redor do Brasil.

            Acredito no meu País e o meu país é o Brasil.

            Muito obrigado e boa noite a todos.

            O SR. PRESIDENTE (Wellington Dias. Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Parabéns aqui ao Senador Sérgio Souza!

            Dou aqui o meu testemunho aqui, do que acompanho no dia a dia do seu importante trabalho, tanto nas comissões como no plenário, como nas negociações do Colégio de Líderes, junto aos Ministérios, sempre na defesa firme dos interesses do Paraná.

            Para nós é um orgulho muito grande e um modelo importante de desenvolvimento que leva em conta uma força bastante intensa na educação, na qualificação e que tem essa preocupação sempre da produção com alta produtividade e agregação de valor.

            Realmente, o Brasil inteiro consome bons produtos vindos do Paraná. Tenho sempre destacado isso. Aliás, uma das frustrações que tenho é que tive um trabalho com uma cooperativa de Cascavel, onde estive numa feira, na época com o Presidente Lula...

(Soa a campainha.)

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - Temos o Show Rural, que é uma grande feira que acontece no início do ano, e inclusive a Presidenta Dilma já esteve lá, e temos a Expovel, que está acontecendo neste exato momento em Cascavel.

            O SR. PRESIDENTE (Wellington Dias. Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Que maravilha! Nosso abraço aqui, então, a todos que participam lá. E ali eu pude...

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - Fazendo uma referência, Sr. Presidente,...

            O SR. PRESIDENTE (Wellington Dias. Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Pois não.

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - ...que estive na abertura, na última sexta-feira, da Expovel, em Cascavel. Inclusive, a sociedade rural tem feito lá um brilhante trabalho. Será uma das grandes feiras do Brasil.

            O SR. PRESIDENTE (Wellington Dias. Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Maravilha!

            Eu era Governador, o Senador Requião também, e tivemos a oportunidade de estar lá. Um time foi para o Piauí e lá tentaram uma organização...

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - Muitos paranaenses...

            O SR. PRESIDENTE (Wellington Dias. Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Muitos estão lá trabalhando. Nesse caso, terminou enganchando numa situação de uma área, mas estamos trabalhando em prol de uma solução, se Deus quiser.

            O SR. SÉRGIO SOUZA (Bloco Maioria/PMDB - PR) - Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/11/2013 - Página 81365