O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. Bloco Maioria/PMDB - AL) - Eu quero cumprimentar todos, especialmente a Senadora Ana Amélia, a Deputada Rose de Freitas, os Deputados presentes, Maurício Quintella e quero cumprimentar sobretudo o Senador Waldemir Moka, que conduziu até agora, com o brilhantismo de sempre, esta sessão.

            Após o Outubro Rosa, no qual o Congresso Nacional, a exemplo de outras instituições, foi iluminado como a forma de chamar a atenção para a necessidade de prevenção do câncer de mama, iniciamos agora mais uma campanha de sensibilização da população. Desta feita, particularmente, destinada aos homens.

            O Novembro Azul pretende ser um alerta da necessidade do exame preventivo para detectar qualquer indício do câncer de próstata. Assim, a luz azul da qual se revestirá o conjunto arquitetônico do Congresso Nacional e ainda a Esplanada integra a programação mundial de conscientização sobre a doença. 

            O problema do câncer ganha relevância no Brasil pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando. Os dados mais recentes - já foram citados aqui - do Instituto Nacional do Câncer informam que, em 2011, cerca de 180 mil brasileiros morreram em decorrência desse mal.

            De acordo com estimativas do INCA, cerca de 500 mil casos surgiram em 2012. O conhecimento sobre a incidência de todos os tipos de câncer permite aos serviços de saúde o estabelecimento de prioridades; e, aos cidadãos, a contínua vigilância sobre todo e qualquer sintoma indicativo.

            Que o azul de novembro ilumine as atitudes e mentalidades de todos os brasileiros, deixando de lado tanto a displicência pelos cuidados com a saúde, que pode levar muitos anos de vida perdidos, quanto os preconceitos que embotam a tomada de consciência sobre as possibilidades de prevenção. 

            No Brasil - o Senador Moka sabe, a Senadora Ana Amélia também -, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de casos. Em menos de 30 anos, a taxa de mortalidade nos brasileiros por câncer de próstata aumentou 95%.

            O aparecimento desse tipo de câncer é mais comum após 60 anos de idade, entretanto, há muitos casos que costumam se manifestar antes dos 50 anos em homens com antecedentes familiares de câncer de próstata.

            Sabemos todos que muitos tipos de tumores podem ser evitados, e seus efeitos podem ser prevenidos. O câncer de próstata, como todos sabem, é uma enfermidade traiçoeira, que muitas vezes dá sinais após muitos anos de seu surgimento. As lesões tendem a crescer lentamente às vezes após oito, dez anos de idade.

            Eu tenho muitos motivos para participar dessa campanha. Como Senador por Alagoas, hoje tive oportunidade de falar sobre isso em rádios do meu Estado, como Presidente do Senado Federal e por um caso também muito particular: meu pai faleceu aos 72 anos de idade, acometido de câncer de próstata. Isso me obriga a trabalhar, cada vez mais, para que haja uma prevenção mais efetiva em nosso País.

            De modo que, mais uma vez, quero parabenizar todos, parabenizar o Senador Waldemir Moka, a Senadora Ana Amélia, a Deputada Rose de Freitas, os Deputados, assim como as entidades que fizeram questão de estar aqui presentes.

            Declaro encerrada a sessão.

            Muito obrigado a todos. (Palmas.)

            Agora nós vamos para o acendimento da iluminação, das luzes azuis.

            Muito obrigado a todos.

            Está encerrada a sessão.

            (Levanta-se a sessão às 18 horas e 55 minutos.)

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