Discurso durante a 213ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Expectativa com a visita iminente da Presidente da República ao Estado de Santa Catarina.

Autor
Casildo Maldaner (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/SC)
Nome completo: Casildo João Maldaner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC).:
  • Expectativa com a visita iminente da Presidente da República ao Estado de Santa Catarina.
Publicação
Publicação no DSF de 27/11/2013 - Página 85717
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC).
Indexação
  • ANUNCIO, VISITA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ESTADO DE SANTA CATARINA (SC), EXPECTATIVA, AUMENTO, PROXIMIDADE, DEMANDA, POPULAÇÃO, REGIÃO, ROTEIRO, LANÇAMENTO, OBRAS, INFRAESTRUTURA, AMPLIAÇÃO, DRAGAGEM, PORTOS, MUNICIPIO, SÃO FRANCISCO DO SUL (SC), FLORIANOPOLIS (SC), AUXILIO, LOGISTICA, ATIVIDADE, INDUSTRIA, AGROPECUARIA, INVESTIMENTO, MELHORAMENTO, RODOVIA, FERROVIA, EXTENSÃO, BARRAGEM, CONHECIMENTO, UNIVERSIDADE, COMUNIDADE.

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Cara Presidente, Senadora Ana Amélia, e caros colegas, antes de mais nada, eu não poderia deixar de fazer o registro, neste instante, dos vereadores de um Município do oeste catarinense, de Barra Bonita. Estão aqui três vereadores, nos honrando, na tribuna de honra da Casa, do Senado Federal.

            Eles participam de um congresso de vereadores aqui em Brasília, e nós não poderíamos deixar de fazer esse registro dos vereadores de Barra Bonita. São três colegas. Vou pedir para o Cláudio acessar os nomes - para que constem nos Anais do Senado Federal - dos vereadores que visitam, neste momento, a tribuna de honra da nossa Casa.

            Caros colegas, no dia de amanhã, se nada atrapalhar, a Presidente da República vai visitar Santa Catarina. Em seu roteiro, algumas atividades de inauguração e lançamento de obras, além da assinatura do contrato com o Governo catarinense.

            Além dos objetivos, naturalmente, que constam da pauta de amanhã, nossa expectativa é que a Presidente conheça ainda mais a realidade catarinense e suas carências, para que o Governo Federal dê ao Estado a atenção e o investimento a que faz jus, levando em conta a sua relevante contribuição no cenário econômico nacional e na arrecadação de tributos.

            Como primeira atividade da programação, está prevista uma cerimônia de conclusão das obras de ampliação do berço do porto de São Francisco do Sul.

            Trata-se de um dos mais importantes do Estado. Nós temos cinco portos em Santa Catarina e este é o mais antigo, é o principal, é considerado, eu diria, a entrada do mundo para Santa Catarina. Já a enseada de São Francisco é uma espécie de ilha praticamente, ligada pela Baía da Babitonga, para sairmos da ilha de São Francisco, é uma espécie de istmo, só uma ligação.

            Já se festejaram os 500 anos. Temos mais de 500 anos da constituição de São Francisco do Sul, que, desde o início, tem sido a porta de entrada e também uma das principais portas de saída para o mundo dos produtos que saem pelo porto, através de navios, através de São Francisco do Sul. Além dele, temos Itapoá, Itajaí, Navegantes, Laguna e Imbituba. Esses são os outros portos que compõem os quinhentos e poucos quilômetros do litoral catarinense.

            Então, a primeira análise, a primeira inauguração é mais um berço no Porto de São Francisco. Trata-se de um dos mais importantes do Estado, que atende boa parte da região, principalmente do Planalto Norte Catarinense, com forte atuação industrial e no campo da agropecuária.

            Mais tarde irá a Florianópolis e está prevista a assinatura de um contrato para dragagem do Porto de Imbituba, no sul catarinense. O Porto de Imbituba fica no sul do Estado e vai ser também um dos maiores calados que nós teremos na costa brasileira.

            Os dois atos denotam a importância dada, sem dúvida alguma, pelo Governo Federal à infraestrutura, inegavelmente um dos grandes gargalos de crescimento para Santa Catarina. Houve avanços nos últimos anos, talvez o maior deles esteja na rodovia que liga o sul e o norte, que é a BR-101. E lá nós temos a grande Ponte da Laguna, que está sendo construída, e temos também um gargalo no Morro dos Cavalos, na 101, que oferece grandes filas, muito tumulto, congestionamento e falta destrinchar isso para melhorar essa região da 101.

            A duplicação da rodovia, que se arrasta há muitos anos, há décadas, por que não dizer, parece que está chegando a sua finalização. Contudo, outras rodovias aguardam outros investimentos, que já foram fruto de muitas lutas no passado. E apenas para citar três delas: a 470, no Vale do Itajaí, na região de Blumenau; a 280, que sai de São Francisco, passa pelo Vale de Jaraguá do Sul e vai para o norte catarinense, e a 282, que vem do oeste catarinense e vai para o litoral, para os nossos portos. Essa 282 faz o escoamento principalmente da transformação de carnes, de aves, bovinocultura, suinocultura, um trajeto que vem da fronteira com a Argentina até nossos portos no Atlântico. Isso é uma velha reivindicação, um grande movimento que há em Santa Catarina.

            Sem menosprezar, outra grande luta, que está na pauta também, é a questão das ferrovias, causa de uma das grandes caminhadas e movimentos que se desenvolvem. Seria uma logística com custo menor e que é fundamental inclusive para o transporte de grãos do Centro-Oeste brasileiro, para a transformação de carnes nas grandes agroindústrias, nos frigoríficos que se localizam no meio-oeste e no oeste catarinense.

            No início da tarde, está programada a assinatura da ordem de serviço da ampliação das Barragens de Taió e Ituporanga. Trata-se de uma das ações incluídas em um amplo programa de intervenções voltadas à prevenção de catástrofe - atitude de planejamento e prevenção que merece nosso louvor.

            O Governador catarinense tem pleiteado isso há muito tempo. Desde o governo Luiz Henrique e de outros governos, como o do Governador Colombo, agora. A Jica desenvolveu um projeto técnico extraordinário, que envolverá um investimento de mais de R$600 milhões, desde o Alto Vale. O lançamento das duas Barragens de Taió e Ituporanga será feito amanhã, o que, sem dúvida alguma, ajudará aquela região do Vale de Blumenau e todos os Municípios próximos, para desembocar em Itajaí, o que evitará as grandes enchentes que soem acontecer sempre. É um grande problema.

            Após a implantação desse projeto, executado com minibarragens e desassoreamento, com prevenção, nós teremos para os próximos cem, duzentos anos uma certa tranquilidade, não só para os que ali trabalham ou residem, mas para as empresas e para os investimentos na costa do Itajaí-Açu, que abrange uma região industrial muito forte. Hoje, até os seguros tornam-se caros. Por que se tornam caros? Porque, para se estabelecer ali, como há o risco de haver enchentes e não haver controle, prejudica-se toda aquela região.

            Então, com esse projeto implantado, sem dúvida alguma, nós teremos uma solução perene em médio ou longo prazo. Ela oferecerá segurança a investidores, à população, à região e, sem dúvida, essas são garantias importantíssimas.

            Historicamente, eu tenho dito que o Estado tem sofrido com essas questões.

            Esse ato - a assinatura das duas barragens - será realizado no auditório do campus central da Universidade do Vale do Itajaí, a Univale, e, sem dúvida, será uma oportunidade em que a Presidente conhecerá melhor o bem-sucedido modelo das universidades comunitárias.

            Nós temos, em Santa Catarina, Senadora Ana Amélia, um modelo de universidades comunitárias muito extraordinário - e eu sei que o Rio Grande do Sul também detém algumas dessas -, que é muito importante, sem dúvida, para o Brasil. Sua Excelência vai conhecer de perto isso, que tem contribuído muito para o desenvolvimento socioeconômico em todas as regiões do Estado.

            Nós temos cerca de 12 universidades comunitárias, que procuram não visar aos lucros e investem nos resultados. Muitos colegas até pensam em conhecê-las.

            Eu vejo que a Senadora Ana Amélia, a Presidente, diz que meu tempo está esgotando, mas estou ultimando esse anúncio, esses assuntos que considero importantes.

            Quando pautadas pela agenda administrativa, pela proximidade com a realidade local e conhecimento de suas carências e demandas, as visitas presidenciais são extremamente frutíferas. Que a passagem da Presidente permita essa aproximação com os catarinenses - eu diria que é uma convicção -, para, com isso, trazer os conhecimentos, ver, trocar ideias, interagir.

(Soa a campainha.)

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC) - Sem dúvida alguma, o Estado - embora não estejamos em primeiro ou em segundo, nós estamos em quarto ou quinto na contribuição nacional - tem muito, ainda, a oferecer ao Brasil, não só aos catarinenses, mas ao Brasil.

            Eu trago essas considerações, Srª Presidente Ana Amélia e meus caros colegas, porque considero importante todos nós nos engajarmos e procurarmos encontrar os caminhos - os Governos municipais, o Governo do Estado, o Governo Federal -, debatendo com franqueza, com uma boa autocrítica, buscando trazer o que é melhor. Essa é a finalidade, a grande fundamentação.

            Nos nossos portos, que são em número de cinco, nós devemos melhorar essa logística; na logística das ferrovias, ter sempre em pauta as BRs que se lá encontram em andamento; e também, na questão da defesa civil, contornar, ter projetos que deem segurança contra as catástrofes, as enchentes. Tendo o controle...

(Soa a campainha.)

            O SR. CASILDO MALDANER (Bloco Maioria/PMDB - SC) - ... disso, sem dúvida alguma, vamos encontrar caminhos mais seguros para todos os setores.

            Essas são algumas considerações que trago neste momento, agradecendo inclusive, Presidente, a tolerância por passar do tempo que me coube ou que me cabe aqui pelo Regimento Interno.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/11/2013 - Página 85717