Discurso durante a 221ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem póstuma ao ex-governador do Estado de Sergipe Marcelo Déda.

Autor
Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem póstuma ao ex-governador do Estado de Sergipe Marcelo Déda.
Publicação
Publicação no DSF de 04/12/2013 - Página 90029
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, SUBSCRIÇÃO, REQUERIMENTO, VOTO DE PESAR, PESAMES, MORTE, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SERGIPE (SE), HOMENAGEM POSTUMA, CARREIRA, POLITICA.

            O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Minoria/PSDB - PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, para solicitar a subscrição dos requerimentos já formulados de condolências à família do Governador Marcelo Déda do voto de pesar, de forma muito especial a sua esposa, Eliane.

            Há não mais do que dez dias, estive com o Governador Marcelo Déda no Sírio-Libanês, ao lado do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Pude guardar no meu coração essa última imagem de Déda, fragilizado é verdade, mas com o vigor, a energia e a força que o caracterizaram nessa trajetória interrompida tão precocemente.

            Tive o privilégio de conviver com Déda seja na Câmara dos Deputados ou em mandatos coincidentes: ele como prefeito de Aracaju; eu como prefeito de Campina Grande; ou mesmo ao tempo em que fomos governadores de nossos Estados em igual período.

            Em toda essa trajetória, o que posso testemunhar da vida tão profícua de Marcelo Déda foi uma inteligência fulgurante, uma oratória brilhante, um humor refinado, uma argumentação política sólida, um talento literário e poético incomuns no Brasil, mas muito próprios de quem tem a alma nordestina que Déda sempre teve.

            O Brasil perde muito. Não foram apenas Sergipe ou o próprio Partido dos Trabalhadores que perderam com o desaparecimento precoce de Marcelo Déda, perde o País, perde a boa política, perde o estímulo ao contraditório, perde a relação humana fraterna, descontraída, amiga, leal, mesmo nas divergências, mesmo nas diferenças.

            Então, não poderia faltar com a minha palavra e com o meu testemunho de admiração, de apreço, de amizade a Marcelo Deda, que sempre foi solidário a mim, nos meus momentos difíceis, sempre me estendeu a mão em gesto de apoio. E quero deixar registrado, publicamente, que senti - e senti muito - a morte de Déda porque com ele convivi e por ele tenho carinho e amizade.

            Fará muita falta! Fará muita falta! Que Deus o tenha em bom lugar.

            Que a família possa ter conforto. Que Eliane possa ter a força que sempre teve, uma mulher extraordinária que esteve ao lado de Déda a cada segundo, a cada instante, a cada minuto, nessa verdadeira via-crúcis que ele atravessou.

            Que possamos todos render as nossas homenagens a esse extraordinário brasileiro, a esse incomum homem público que foi Marcelo Déda. 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/12/2013 - Página 90029