O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco Apoio Governo/PT - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o líder Walter Pinheiro deve ter dito “que os anjos digam amém”. (Risos.)

            Eu quero saudar V. Exª, o Senador Benedito de Lira, o Senador Walter Pinheiro, todos os presentes que nos acompanham pela Rádio e TV Senado, especialmente do meu querido Nordeste, do meu glorioso Estado do Piauí.

            Sr. Presidente, tive o privilégio de, nestes dias, participar em Teresina de uma solenidade com o título de cidadania para o cearense, Deputado Federal pelo Piauí, Nazareno Fonteles. Veja, é um cearense que é Deputado pelo Piauí. Aqui temos o Pimentel, que é um piauiense, Senador pelo Ceará. Então é essa a permuta que a gente faz com o Ceará. Devo aqui também dizer da minha gratidão a todas as lideranças que tão bem nos receberam em vários Municípios.

            Em Piracuruca, além de uma programação, tive o privilégio de participar com outros amigos do aniversário do Deputado Estadual Robert Rios, com a presença do Senador Ciro Nogueira, do Vice-Governador José Filho, do Deputado Flávio Nogueira, da Deputada Iracema Portella, da Deputada Rejane Dias. Enfim, vários Parlamentares, prefeitos, vices, lideranças, vereadores presentes ali em Piracuruca.

            Participamos, Sr. Presidente, da Festa do Leite, em São José do Divino. É uma bacia leiteira no norte do Estado do Piauí. E houve ali uma exposição agropecuária com comercialização especialmente de gado e cabra leiteira.

            Tive também oportunidade de visitar diversos Municípios, como Morro do Chapéu, onde, depois de um período de estiagem, tivemos um sinal de chuvas em praticamente em todas as regiões, ainda muito escassa em alguns Municípios, mas chegando a todas as regiões e a todos os territórios do Estado.

            Ali, naquele Município, pude presenciar uma situação estranha, que foi uma chuva de granizo. O Piauí não tem, como o Estado de V. Exª, o Rio Grande do Sul, Paraná, não são comuns chuvas de granizo. E ali em Morro do Chapéu eu pude ver e visitar, inclusive com as lideranças… Estive no Sindicato dos Trabalhadores Rurais com o Bernardo Siqueira, vereadores e outras lideranças, depois visitei a Prefeita Marilda, lá do Município. E ali todas as casas com o telhado quebrado da chuva de pedra, como diz a nossa população. O comércio, inclusive com algumas pedras maiores que colocaram acidentes, danificaram veículos, enfim.

            Então eu cito isso aqui para, de um lado, agradecermos a Deus pelas chuvas. De outro lado, orientamos que fosse feita uma avaliação de danos para que possa o Município ser socorrido pelos órgãos como o Ministério da Integração, o Secretário Nacional da Defesa Civil com quem estive hoje, relatando essa situação e uma situação para a qual, já pela segunda vez, com a Prefeita Ana Cecília, cobrávamos providência, do Município de Parnaguá.

            Dali pude visitar o Município de São João do Arraial, onde tive o privilégio de conhecer, com o Prefeito Adriano e dois ex-Prefeitos, o Francisco Lima e o Zilton, junto com vereadores e líderes comunitários, na Câmara Municipal, uma experiência brilhante na área do babaçu, onde é feito o beneficiamento do babaçu, inclusive com o que eles chamam de babalight, que é um achocolatado feito do babaçu, e sorvete, emulsão, além de um conjunto de outros produtos.

            Registro também o trabalho feito a partir do jaborandi, que é uma planta da qual se extrai uma substância para a dilatação dos olhos, o colírio. É uma planta rara. E há uma parceria com um grupo alemão, trabalhada por entidades. São cerca de 700 pessoas que atuam nessa área. Com certeza aprendi bastante sobre a importância dessa cadeia produtiva no meu Estado.

            Fomos a Campo Largo, Matias Olímpio, Porto, Nossa Senhora dos Remédios e Barras. Tive o privilégio de estar também em Cabeceiras, no dia anterior. Em todos esses locais, foi possível atualizar a pauta de reivindicações, normalmente na área de energia, de água, projetos na área de educação, de assentamentos, equipamentos. Enfim, tratamos com as lideranças e estaremos aqui acompanhando.

            Feito esse relato, Sr. Presidente, hoje trato do tema da energia eólica no Piauí. Um tema fundamental para o nosso Estado, que é a geração de energia. Eu tratei há poucos dias aqui de hidrelétricas; em outros dias da energia solar; e agora há o leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica, voltado para a energia eólica.

            Nós trabalhamos um projeto importantíssimo, que é o Programa Luz para Todos, que agora é retomado, depois de uma paralisação das atividades, em razão de algumas ações judiciais. O Piauí tinha 570 mil pontos de energia. Agora são cerca de R$1,154 milhões. São pessoas que saíram da lamparina a partir do governo do Presidente Lula. Em muitos lugares, ainda há necessidade de investimentos na área de baixa tensão, de gambiarras e de reforço de energia, e para isso mesmo, há necessidade de produção de energia. Foi no governo do Presidente Lula que se iniciou um dos maiores projetos de inclusão que este País já presenciou, o Programa Luz para Todos. O programa foi lançado no Piauí, na cidade de Novo Santo Antônio. Aliás, o Prefeito Edgar Bona, de Santo Antônio, estava conosco nesse percurso lá em Porto, São João do Arraial e Matias Olímpio. Atualmente, 94% do meu Estado já têm acesso à energia elétrica, faltando cerca de 25 mil ligações para que toda a população seja atendida. Para universalizar o acesso à luz elétrica e atender 100% da população, é preciso que o Brasil -- e o Piauí -- gere cada vez mais energia.

            Por isso, Sr. Presidente, venho comemorar hoje o resultado de mais um leilão de energia eólica que aconteceu na última semana, em São Paulo. O leilão movimentou R$7,250 bilhões em contratos de energia. A Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), com 49% de participação societária, através de três consórcios com parceiros privados, foi vitoriosa no leilão realizado no último dia 18 de novembro, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, vendendo 38% de toda a energia negociada neste leilão.

            Quero parabenizar aqui todo o know-how da nossa Chesf.

            Essa energia será gerada por 12 novos parques eólicos a serem construídos no Nordeste, com capacidade total de 338 megawatts, com o suprimento a partir de 1º de janeiro de 2016.

            As usinas eólicas devem demandar investimentos de cerca de R$3,4 bilhões, segundo estimativas do Governo. O preço médio de venda da energia foi de R$124,43 por megawatt/hora, um deságio de 1,25% frente ao preço máximo estabelecido no certame passado, de R$126,00 por megawatt.

            Quatro desses parques serão instalados no Estado de Pernambuco, em área dos Municípios de Paranatama, Iati e Saloá, em parceria com a PEC Energia Ltda. Outros dois parques eólicos, no Estado da Bahia, na região de Pindaí, também em parceria com a Sequoia Capital, em expansão em outros oito parques eólicos negociado pela Chesf.

            O maior destaque foi, mais uma vez, o Estado do Piauí, onde a Chesf, em parceria com a ContourGlobal, Salus FIP, irá construir outros seis novos parques eólicos, nos Municípios de Simões, Caldeirão Grande e Marcolândia, como expansão de sete parques eólicos negociados em igual parceria no Leilão de Energia de Reserva, realizado em agosto deste ano.

(Soa a campainha.)

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco Apoio Governo/PT - PI) - Os 13 parques eólicos que a Chesf, em sociedade com esses parceiros privados, construirá, em áreas dos Municípios mencionados do Piauí, num total de 390 megawatts, produzirão energia suficiente para abastecer 1,2 milhão de casas populares.

            Também serão beneficiados os proprietários das terras arrendadas nos locais onde serão construídos esses parques eólicos, que receberão, mensalmente, um percentual da receita obtida com a geração de energia, como royalties.

            Para a construção desses 13 parques eólicos no Piauí, o investimento previsto é de R$1,35 bilhão, gerando cerca de 950 empregos diretos. A implantação dessas usinas de energia eólica no Piauí e em outros Estados do Brasil, além de atender a demanda que temos por mais energia elétrica, também pode transformar nosso País em referência mundial na geração de energia.

(Interrupção do som.)

(Intervenção fora do microfone.)

            O SR. WELLINGTON DIAS (Bloco Apoio Governo/PT - PI) - De dois, funcionam, não é, Sr. Presidente. Nada como uma associação entre Santa Catarina e Alagoas e o Estado do Piauí.

            Mas, Sr. Presidente, na verdade eu o agradeço.

            Quero apenas dizer que por esses dias comemorei o crescimento do Produto Interno Bruto de nosso Estado. O IBGE e outros órgãos que calculam divulgam sempre atrasadamente: na verdade, primeiro divulgam o do País e, em seguida, normalmente com dois anos de atraso, o dos Estados.

            E aí foi divulgado o Produto Interno Bruto do Piauí do ano de 2011. O Brasil, em 2011, cresceu 2,7% ao ano; o Piauí cresceu 6,1%, duas vezes e meia o que cresce o Brasil. Nós temos de crescer acima do que cresce o Brasil e acima do que cresce o Nordeste.

            Investimentos como esse, no setor de energia elétrica, no setor de alimentos, de madeira, de pescado, de criação de animais, na mineração, como agora em gás, petróleo, energia elétrica, eólica, solar; enfim, é o Piauí encontrando seu eixo de desenvolvimento. Fico feliz por tudo o que ali acontece e não poderia deixar de comemorar o apoio recebido, desde o Presidente Lula e, agora, da Presidente Dilma, como também o trabalho e o esforço de nosso Povo.

            Era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.